Cinquenta e Três🌹

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Eu acordei com um peso em cima do meu corpo, abri os olhos com dificuldade e vi que era só o braço do Victor.

Será que até dormindo ele não conseguia não me agarrar?

Enrolei um pouco antes de me desvencilhar do braço dele e me virei para olhá-lo.

Dormindo tranquilo daquele jeito nem parecia o ogro que ele era, parecia até um anjinho.

Fiquei observando ele dormir por mais alguns minutos, e então decidi pentelhar.

Comecei a balançar ele para acordá-lo.

- Acorda, Victor.

- Para, caralho - ele reclamou com voz de sono sem abrir os olhos.

- Eu tô com fome - continuei sacudindo o corpo dele.

- Foda-se caralho, deixa eu dormir - ele virou de costas pra mim.

- Otário! - dei um tapa no braço dele antes de me levantar.

Fui catando as minhas roupas pelo chão e achei minha calcinha aos pedaços embaixo da cama.

Se ele fosse ficar rasgando minhas calcinhas toda as vezes que a gente fodesse eu ia sair no prejuízo. - Tá me devendo duas calcinhas, ok? - joguei a calcinha rasgada nele e ele levantou a mão pra fazer um jóinha.

Saí do quarto dele, olhei a hora, ainda era 08:30 e eu fui tomar um banho.

Iria pra casa dos meus pais pra falar sobre a Nicole e de quebra iria almoçar com eles.
Enquanto eu prendia meu cabelo no banheiro reparei de frente para o espelho as novas marcas de chupão no meu pescoço.

Já não bastava o prejuízo com as calcinhas, agora o Victor também daria prejuízo com a minha base caríssima.

Acabei rindo ao lembrar dos meus gemidos descontrolados da noite anterior e fui logo tomar meu banho.

Depois de me vestir, arrumar a mochila do trabalho e comer um biscoito eu saí de casa pra ir pra casa dos meus pais, óbvio que antes eu passei no quarto do Victor pra encher o saco mais um pouquinho, mas ele nem me deu bola.

É um idiota mesmo.

Cheguei rápido na casa deles e quem veio abrir o portão pra mim foi a mamãe.

- Oi meu amor - ela me abraçou - tá fazendo o que aqui tão cedo?

- Tava com saudade - falei com dengo.

- Ai que saudade que eu tô da minha dengosinha - ela me apertou - vem, vamos entrar.

Minha mãe é dona de casa, então ela fica em casa o dia todo arrumando tarefa pra fazer.

Ela varre a casa pelo menos três vezes ao dia, tá toda hora lavando as louças e eu fico doidinha só de acompanhar ela.

- O papai vem almoçar? - me joguei no sofá - Quero falar com vocês.

- Vem sim, por que? Aconteceu alguma coisa? Algum problema com o apartamento? Com a faculdade?

- Não mãe - a acalmei - tá tudo certo lá em casa e com a faculdade.

- Então tá - ela respirou aliviada.

- Cadê a Nic?

- Tá lá em cima dormindo, óbvio. Vai lá acordar ela.

- Vou não, deixa ela dormir.

Sabia que se eu fosse acordar ela, ela ia pirar e ia ficar criando expectativas.

Fiquei batendo um papo com a minha mãe, depois fui ajudar ela a fazer o almoço e a comida tava quase pronta quando meu pai chegou.
- Paizinho - abracei ele.

- Oi filha - beijou minha bochecha - o que você tá fazendo aqui hoje? Aposto que veio pedir alguma coisa.

- Nossa pai - fiz a ofendida - que juízo o senhor faz de mim.

- Conheço muito bem a peça - ele falou enquanto ia dar um beijinho na minha mãe.

A Nic desceu um tempo depois e ficou louca de ansiedade, tentei acalmar a louca até a hora que a gente sentou pra almoçar.

- Fala logo o que você quer, Nat. Já to morrendo de curiosidade - minha mãe falou.

- Então, não é nada demais - dei uma colherada na minha comida - só queria pedir pra vocês deixarem a Nic passar o réveillon comigo.

- Por favorzinho! - ela juntou as mãos em sinal de súplica.

- Nem pensar - meu pai falou de cara.

- Qual é pai, qual o problema?

- Onde é que tu vai passar o réveillon? - minha mãe perguntou.

- No sítio de uma amiga, vai ser muito de boa e a Laís também vai.

- E vai ter bebida nesse lugar? - ele perguntou.

- Vai né - fui sincera - mas eu prometo que cuido direitinho dela.

- Vai pai, por favor - a Nic pediu.

Meus pais se entreolharam só pra fazer um charme.

- Deixa a menina ir, Mauro - minha mãe falou - a Natasha é doida, mas é responsável.

- Tá bom - ele se deu por vencido.

- Oba! - Nicole gritou e eu ri.

- Mas quero a localização desse sítio e quero as duas com o telefone ligado a noite toda - meu pai falou.

- Sim senhor! - bati continência.

- Ai, eu te amo Nanat, você é a melhor irmã desse mundo - ela me abraçou e eu ri.
- Eu sei que eu sou.

Terminei de almoçar com eles, enrolei mais um pouquinho e pedi pro meu pai me deixar no banco. Eu abuso demais mesmo.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora