Noventa e Nove🌹

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- Vale-night ele tem sempre - eu respondi - mas ele não se aguenta de saudade e vem atrás de mim. Não é chuchu? - perguntei ao Victor, que riu e me deu dedo.

A piranha fechou a cara de vez e o assunto mudou.

Vez ou outra o Victor passava o braço ao redor do meu corpo e acariciava a minha cintura com as pontas dos dedos.

O papo tava fluindo muito bem, eles eram maras e graças ao senhor Jesus a Mariana não dirigiu mais a palavra à mim.

Lá pro finalzinho da tarde nós decidimos ir embora e o Murilo pediu uma carona pro Victor.

Me despedi de todo mundo e por último fui dar um beijo na dona Virgínia.

- Parabéns, viu dona Virgínia? Muitos anos de vida - abracei. Sou péssima em desejar feliz aniversário.

- Obrigada, minha querida. Volta mais vezes, tá? E na próxima vez que você voltar eu quero a confirmação desse namoro - ela falou e eu ri.

- Para de viajar, vó - o Victor disse. Ele a abraçou, falou algumas coisas no ouvido dela que fez ela ficar com os olhos marejados, meu coração até apertou.

- Obrigada, meu filho - ela disse depois do abraço - se cuidem, tá? Toma cuidado com o trânsito.

Demos tchau pra todo mundo e fomos levar o Murilo e a Bárbara em casa.

Depois tomamos rumo pra nossa casa, eu tava só o pó da rabiola, tinha comido igual uma porca.

O celular do Victor que estava dentro da minha bolsa estava vibrando mais que vibrador de puta.

- Tá vibrando ó - peguei o celular e mostrei a ele.

- Atende aí, po - ele falou.

- Certeza?

- Tô dirigindo, carai.

Dei de ombros e atendi sem olhar quem era no visor.

💌LIGAÇÃO💌

Eu: Alô?

-: Oi? Esse é o celular do Victor?

Eu: Sim. Quem deseja?

-: Quem tá falando? Eu quero falar com o Victor.

Eu: Sim amor, essa parte eu já peguei.

Quem é que quer falar com ele?

-: É a Luna.

💌LIGAÇÃO💌

- É uma tal de Luna - o olhei.

- Dá aqui - ele pegou o celular da minha mão.

- Ué, agora você pode falar? - perguntei e ele me ignorou.

- Oi Luna (...) tô podendo falar sim (...) não, era uma amiga minha. (...) Nem tô em casa agora (...) é que amanhã cedo eu trabalho, fica foda de sair. (...) Amanhã a noite? Vou ver e te falo, tá bom? (...) É que eu tô no trânsito (...) tá bom, beleza. (...) Tchau, morena. - ele desligou e me deu o celular.
Fiquei olhando pra cara dela. Não tava acreditando que ele tava marcando bonde com alguma piranha.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora