Ela chorou por mais um tempo ainda grudada em mim, acabou molhando minha camisa, mas eu não me importei.
A Natasha respirou fundo e saiu do abraço, enxugando o rosto dela com as mãos.
- Que droga - ela fungou - é a segunda vez que eu choro na tua frente - ela enxugou o rosto mais uma vez e prendeu o cabelo.
- Todo mundo chora, po.
- É, mas eu odeio chorar. Ainda mais na frente dos outros assim, me sinto impotente demais.
Odeio me sentir assim.
- Já te falei que tu pode tirar essa máscara de guria fortona na minha frente - eu falei e ela acabou sorrindo.
- Eu gosto dessa máscara - ela brincou com o edredom dela - prefiro ser assim do que parecer frágil.
Balancei a cabeça negativa. - Não vou insistir então, Natasha. - falei e ela balançou a cabeça positivamente, desviando o olhar do meu para o nada - Tá melhor?
Ela balançou a cabeça positivamente.
- Tô sim. Só quero ficar aqui na minha um pouquinho - ela me olhou de novo.
- Beleza. Eu deixo tu aqui. Mas eu comprei comida, tu não vai querer?
Ela negou com a cabeça. - Valeu.
- Tem certeza? Comprei daquele italiano que tu curte.
- Certeza. Tô sem fome - ela voltou a deitar na cama e se cobriu.
- Ok então, vou parar de encher seu saco, tá bom? - levantei - Qualquer coisa tu me chama.
- Ok...
A observei se encolher debaixo da coberta e fechar os olhos.
Fiquei alguns poucos segundos só a observando e então saí do quarto.
Entendia que ela queria a privacidade dela, e por mais que quisesse ficar ali com ela, mas iria respeitá-la.
- MARIANA.
Já estava mofando na empresa.
A maioria do pessoal já tinha ido embora e eu estava na minha sala ainda esperando o Vini mandar mensagem dizendo que havia chegado, e já estava impaciente, querendo chegar em casa e tomar um banho.
Liguei pro Vinicius pela décima vez, mas mais uma vez ele não atendeu.
Perdi a paciência e resolvi ir pro ponto de ônibus mesmo.
A condução demorou um pouquinho a chegar, tava quase igual uma lata de sardinha, mas se eu não pegasse aquele ônibus o próximo iria demorar muito pra passar.
Cheguei em casa já tirando o salto pelo meio do caminho, abri o portão e ainda de fora eu vi que as luzes estavam todas acesas e a tv estava ligada.
- Jura que você esqueceu de mim, Vini? - perguntei depois de abrir a porta e encontrá-lo deitado no sofá vendo televisão.
- Esqueci o que? - o olhei.
- Dã, de me buscar - disse como se fosse óbvio.
Deixei meus sapatos no canto da sala e tirei meu óculos, o pendurando na minha blusa.
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Regra Número 3
Romance+18 "É amor quando a gente sente que não deveria estar em outro lugar..." "- Não transformar a casa em um motel, cada um com a sua própria comida... - ele lia com atenção, até chegar à regra número três, onde ele me olhou com um sorriso sarcástico n...