Vinte e Cinco🌹

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— VICTOR.

O cansaço de ter ido na praia mais aquele escuro fez com que o sono batesse cedão.

Fazia um bom tempo que eu não sentia sono tão cedo, ainda mais num sábado.

Fechei os olhos e peguei no sono tão rápido, sentado mesmo, que quando acordei tomei um puta susto com um peso em cima de mim.

Ainda tava escuro, mas eu pude ver o rosto da Natasha ressonando em cima do meu ombro, com o celular com a lanterna ainda ligada em uma das mãos.

Foi impossível não rir, a louca tinha tanto medo que acabou dormindo por cima de mim.

Peguei o celular da mão dela pra ver a hora e desligar a lanterna, já passava da meia-noite.

Não podia deixar a mina dormir daquele jeito toda torta, então o único jeito foi pegá-la no colo do jeito que dava e levá-la até o quarto dela.

Nunca nem tinha entrado ali, mas mesmo com o escuro a luz do luar iluminava um pouco o cômodo eu consegui enxergar a cama.

A deitei da forma mais suave que eu consegui, já tava me afastando dela quando ela agarrou meu braço, tomei um susto do caralho.

- A luz já voltou? - sua voz era de sono.

- Não.

Ela suspirou e abriu os olhos.

- Fica aqui... Por favor.

Nosso primeiro fim de semana em casa e a mina tava me pedindo pra dormir com ela.

Isso porque ela disse que seria como se ela nem estivesse ali.

- Vai abusar de mim não, né? - a zoei e ela riu, chegando pro lado e me dando espaço.

- Posso pegar meu travesseiro pelo menos?

Ela balançou a cabeça positivamente e eu fui até meu quarto pegar meu travesseiro e edredom.

Voltei e a encontrei encolhida no canto da cama, deu até vontade de rir.

Deitei do lado dela e encarei o teto, ela só sussurrou um bom noite e se virou de costas pra mim.

O sono até tinha passado, o tédio havia voltado, e o que me restou foi observar o que dava do quarto dela.

Os móveis eram exatamente como os meus, exceto por um puff, mas tinha muito mais coisas dela ali.

Algumas malas ainda estavam pelo chão, alguns sapatos jogados, sua mochila estava largada no meio do quarto e tudo ali tinha o mesmo cheiro.

Virei-me de costas pra ela e acabei pegando no sono alguns poucos minutos depois.

Acordei sozinho na manhã seguinte com um puta calor, quando abri os olhos dei de cara com a Natasha ainda dormindo com um sorriso sereno nos lábios.

Ela tinha agarrado no meu braço e tava tão perto, que eu conseguia sentir seu cheiro misturado com sua respiração quente batendo contra o meu rosto.

O cabelo dela tava meio jogado sobre rosto e minha mão até coçou pra eu colocá-lo atrás da orelha.

Me desvencilhei de sua mão com cuidado pra não acordá-la e levantei com calma, acendi a luz do quarto dela e me assegurei que a luz tinha voltado.

Tava tirando meu edredom da cama quando ela se movimentou e acabou acordando.

- Oi... - a mesma voz de sono de antes - Bom dia! - sorriu.

- Bom dia.

- Você passou a noite aqui mesmo? - ela se sentou na cama prendendo o cabelo.

- Tu agarrou no meu braço e não me deixou mais sair, né.

Ela riu meio sem jeito.

- Obrigada mesmo, Victor. Mais uma vez eu tô te devendo uma.

- Vou começar a anotar.

Ela riu e eu saí do quarto dela, passei na sala pra olhar a hora e ainda era bem cedo.

Fui tomar um banho frio porque realmente tava quente pra caralho e depois fui caçar o que comer.

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora