132

5.3K 225 12
                                    

- NATASHA.

A Alice com aquela cara de nojenta que ela tinha, escondia bem o fato dela ser uma guria muito legal.

Nós fizemos uma leve bagunça na cozinha da Fefa só pra abrir uma garrafa de Skol que estava trincando de tão gelada, do jeito que eu gosto.

Servimos nossos copos e então eu levei a garrafa pra onde o pessoal tava antes de arrastar ela pra onde as gurias dançavam aquele pagodinho suave.

- E aí meus mores - falei. A Luna também estava ali, mas não tinha necessidade de ignorar ela, a não ser que ela viesse pisar no meu calo. E ela estava com cara de quem queria pisar, mas enquanto não pisasse, eu ia seguir plena - Alice, essa aqui é a Laís, minha amiga. Ami, essa é a Alice que os meninos vivem falando - fiz as devidas apresentações só por educação, porque o sorrisinho falso da Lolis pra garota dispensava qualquer apresentação.

- Oi - a Alice sorriu pra ela. Pelo jeito ela não sabia da treta com o Kauã. - que olhão maravilhoso é esse garota? - ela riu - Muito lindo.

- Obrigada - a Laís sorriu pra ela e então me olhou com aquela cara de quem dizia "eu quero te matar". Dei de ombros, dei aquele gole na minha cervejinha gelada e comecei a acompanhar a Fefa no samba enquanto nós conversávamos.

- A pergunta que não quer calar dona Felipa: o gato do seu primo vai vir? - a Alice perguntou e a Fefa riu.

- Então... Aquele puto ia vim de manhã pra me ajudar com as carnes, porque ele que manja dessa churrasqueira daqui de casa, sabe? Mas ele tava num rolê ontem a noite que eu nem sei o que era direito, ele também não quis explicar o que era - a Fefa explicou.

- Nossa, mas o Rapha é cheio dos mistérios, né? - a Laís falou.

- Como assim? - a Fefa perguntou.
A Lolis então contou pra ela daquele acontecimento estranho no restaurante.

- E o mais estranho foi que ele tinha me dito que ia pra casa dos pais dele nesse dia, entendeu? - complementei o que a Laís tinha dito.

- Ele disse que era uma tia dele? - a Fefa perguntou - Estranho, porque minha mãe não vem em Vitória já faz um tempo, nem nossos tios. E os parentes dele do interior vêm na capital tipo duas vezes no ano, ou menos.

- E a bicha era tão linda - a Laís falou - tipo aquelas mulheres mais velhas socialites bem ricas.

- Sério? - Fefa disse franzindo o cenho - Não conheço nenhuma tia do Rapha que seja assim não...

- Ai gente, será que não era uma peguete dele? - Luna falou.

- O Raphael pegando mulher velha? - a Alice disse - Que desperdício... Eu aqui, bem novinha, só esperando ele me notar - ela disse e nós rimos.

- Aff, só eu que nunca vi esse tal Raphael? Ele é tudo isso mesmo? - a Luna perguntou.

- Eu acho que a Nat saberia te explicar melhor - a Laís disse e fez cara de inocente enquanto bebia a cerveja dela.

- Nat?! Você já pegou? - Alice perguntou e deu risada - Aí sim, mulher!

- Pegou? - a Luna perguntou entre risadas - Calma aí né garota, dá uma brechinha pras colegas também - ela tava falando do Rapha, mas sabia que no fundo ela também tava se referindo ao Victor.

- Fazer o que se eles insistem tanto, né mores? - me gabei e ri - Brincadeira. Mas a brecha pro Rapha tá aí ó, bem grande, quem pegar pegou.

- E pegar saliva sua?! Tô muito bem, obrigada - a Alice riu.

- Sem contar que o Rapha não pode nem ver a Nat que só tem olhos pra ela - a Fefa falou e revirou os olhos em seguida - essa aí passou mel.

- Me respeita, ferrugem - impliquei com ela - sério gente, eu nem tenho nada com o Rapha. Se quiserem investir...

Regra Número 3Onde histórias criam vida. Descubra agora