Fiquei observando aquela cena meio atônita.
A Mariana que me achava piranha tava se saindo uma muito melhor que eu, com o marido provavelmente em casa e ela num bloco de rua enchendo a cara e pegando todo mundo.
Meu celular vibrou mais uma vez, me fazendo despertar daquele pequeno transe e me fazendo lembrar da Nic que estava me esperando.
Segui até o banco com a Mariana na cabeça e encontrei a Nicole do lado de fora dele, com uma fantasia de Diabinha.
- Que demora, eu hein - ela reclamou antes de me abraçar. Ela estava com uma mochila nas costas que provavelmente eram as coisas que ela usaria lá em casa.
- Tu não tá vendo que isso aqui lá lotado pra caralho? - perguntei enquanto íamos nos enfiando de volta no meio das pessoas - E o seu boy? Cadê?
- Não chegou ainda - ela olhou o celular dela - daqui a pouco ele tá aí.
- Hmmmmm vai me apresentar?
- Sai. Não é nada sério. É só um bofe da escola.
- Então é boy mirim ainda, nem tem graça - a zoei e ela revirou os olhos.
Mandei mensagem pra Laís perguntando onde eles estavam e ela disse que estavam na mesma barraca.
Guardei o celular de vez porque aquele vuco-vuco estava propício para um furto.
Quando passamos pela Rua 7 na volta o trio já não estava mais ali e eu pensei no quão burra eu fui por não ter tirado uma fotinha sequer.
Por mais que eu não fosse a maior fã do Vinicius, traição não é legal não importa com quem quer que seja. Ele não merecia aquilo e nem o Victor merecia ser enganado.
- Oieee - a Nicole cumprimentou ele quando chegamos.
Lá estavam a Fefa, a Luna, uma amiga da Fefa na qual eu não lembrava o nome e um guri. A Laís bebia uma cerveja com o Kauã e o Victor também bebia.
- Já me deu perdido, né? - o Victor me puxou pela cintura assim que eu me aproximei, cheirando meu cabelo em seguida - Deixei tua cerveja paga lá na tenda.
- Arrasou - dei um tapinha na bunda dele antes de soltá-lo pra pegar minha latinha na barraca. Peguei uma Skol, abri e voltei pra onde eles estavam.
- E esse rabão, Nanat? - a Fefa perguntou - Resolveu pôr pra jogo hoje?
- Pra você tô sempre pra jogo, gata - brinquei e tomei um gole da cerveja.
Ela riu e me chamou com o dedo indicador.
- Eu apoio isso aí hein - Kauã falou.
- Eu também! - Laís concordou.
Fiz uma careta. - Garota, você pode me respeitar que eu sou sua melhor amiga?
- Respeito, ué. Mas também não nego se eu for convidada - ela disse e eu fiz careta.
- Essa é a minha garota! - Kauã riu e beijou a bochecha dela.
- Blé - fiz cara de nojo e me virei pro Victor que tava falando alguma coisa com o guri que eu não conhecia e que também não fez questão de se apresentar - ei - o chamei e ele me olhou sorridente - posso falar com você rápidinho?
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Regra Número 3
Romance+18 "É amor quando a gente sente que não deveria estar em outro lugar..." "- Não transformar a casa em um motel, cada um com a sua própria comida... - ele lia com atenção, até chegar à regra número três, onde ele me olhou com um sorriso sarcástico n...