Capítulo 1 :

2.9K 93 50
                                    


O despertador barulhento a fez abrir os olhos de mau gosto, vendo que o sol já clareava o quarto. Porque tinha que levantar em plena seis e meia da manhã? Ah sim claro, para levar seus filhos ao colégio.

Levantou da cama ainda em um completo mau gosto e foi até o banheiro, tomar seu banho e ver se assim, a água levava embora seu mau humor matutino. Vestiu um vestido com sandália e voltou ao quarto e todo o mau humor, se esvaiu ao ver seu marido sentado na cama, com a maior cara de sono.

É, talvez acordar tão cedo tenha lá seus benefícios.

Carla: Bom dia amor! — pulou na cama e foi até ele que coçava os olhos como uma criança de dois anos de idade. Ela sorriu e depositou um beijo nos lábios dele.

Arthur: Bem humorada a uma hora dessas? — ele sorriu e beijou a testa de Carla, para logo depois levantar da cama.

Carla: Você que pensa querido... — concluiu sorrindo.

E agora, a parte mais difícil de todos os dias. Acordar Lucas e Maria Clara para o colégio.

Carla: Já está de dia, hora de acordar. — dizia enquanto retirava os fones de ouvido dele, que se remexia, mas ainda permanecia com os olhos fechados. — Vamos monstrinho, vai se atrasar. — abriu as cortinas e sorriu ao ver a bela visão do amplo jardim de sua casa. — Lucas, se não acordar agora, nada de treinos. — cruzou os braços e permaneceu encostada no batente da porta, com um sorriso nos lábios.

Lucas: Ah tá mãe... — ele levantou da cama rindo. — Esqueceu que sem treinos, sem corridas, sem corridas sem conquistas, sem conquistas...

Carla: Nunca vai chegar à Fórmula 1. Já sei. — revirou os olhos e ouviu a gargalhada do filho. — Agora vai tomar banho. — depositou um beijo na testa de seu bebê e ao vê-lo entrando no banheiro, longe da tentação de voltar para a cama e dormir, saiu do quarto para o segundo round.

Lucas era um dos motivos de suas preocupações. Ainda o achava um bebê, seu eterno bebê, mas tinha que dividi-lo com as pistas. Com quinze anos, tinha de lidar com corridas que participava, as categorias de acesso à Fórmula 1, toda a pressão que existia em cima dele por ter a família que tem e conciliar tudo isso com o estudo. Mas não tinha o que fazer por ele, era tudo isso que ele sempre sonhou e não restava nada para Carla, a não ser apoiá-lo.

Carla: Princesa... Está na hora de acordar. — disse enquanto beijava o rosto da filha que ressonava tranquilamente. Ela resmungou um pouco, mas acabou abrindo os olhos.

Maria Clara: Ah não mãe... Me deixa aqui. — fez uma carinha para Carla que riu.

Carla: Nada disso menina, hora de ir para a escola.

Maria Clara: Nem mais um minutinho? — gesticulou com os dedos.

Carla: Nem meio minutinho, vamos. — tirou o edredom que a cobria e ela levantou, tropeçando em seus próprios pés. Se não fosse filha de Carla, não seria tão parecida...

Maria Clara: Você me maltrata demais, mãe. — reclamou até entrar no chuveiro e Carla saiu do quarto da menina ainda rindo.

Desceu as escadas e foi até a cozinha, onde encontrou Joana e mais duas mulheres preparando o café da manhã.

Carla: Muito bem. — pegou uma maçã da fruteira e voltou à sala, acompanhada de Joana que comentava sobre ter que ir ao mercado hoje a tarde.

Joana: E as crianças? Arthur?

Carla: Estão descendo.

Arthur: Já estou aqui. — chegou na sala sorridente como sempre, abraçando a cintura de Carla e dando um beijo na testa de Joana.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora