Capítulo 73 :

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Sabendo das revistas sensacionalistas que estampariam novas fotos dele e de sua "amante" pegou o celular e discou O número de sua esposa

Tentou falar tudo com calma, mas acabava se embolando nas palavras, vendo que Carla daria um ataque, mas para sua grande surpresa, após dizer que tinha sido novamente sido pego com Geovana, ela se calou ficando por quase um minuto em silêncio, para logo depois o surpreender. 

Carla: Eu confio em você Thur, cansei de me preocupar com ela. Você não seria tão cara de pau de me ligar para dizer que foi pego com ela porque estava me traindo. Eu sei que não estava. Fique tranquilo, eu não vou pensar besteiras. — sua voz calma e doce, emocionou o marido.

Arthur: Eu me preocupo com a excessiva exposição na mídia. Com o que dizem, com o que as crianças vão pensar.

Carla: Elas sabem que o pai está trabalhando. Eles também acreditam em você, Thur. Não se preocupe, vamos todos ficar bem.

Arthur:  Você jura?

Carla: Sim, amor. Agora vai dormir, você tem que estar bem amanhã para a corrida.

Arthur: Eu amo você.

Carla: Eu amo mais.

A ligação não durou muito maia tempo, mas para Arthur tinha valido a pena, podia sentir que Carla confiava nele e isso bastava para ele.

~~~

No Domingo pela manhã, o dia começou cedo tanto para Arthur quanto para todos envolvidos na Fórmula 1. Junto de Thaís e Rafael, Arthur chegou ao circuito com vários repórteres perguntando sobre as novas fotos com Geovana.

Thaís parecia surpresa olhando para as diversas revistas que eram postas em sua frente. Se tivesse uma arma naquele momento, sem dúvidas algumas mataria Geovana. Com a raiva já ultrapassando seu limite mais alto, largou Rafael com Arthur no Box e saiu pelo paddock atrás de quem ela sabia que estaria por lá. Não foi nada difícil achar aquela destruidora de lares conversando com algum membro da McLaren. Deixou a delicadeza e a boa educação para trás e interrompeu a conversa, puxando a jornalista pelo braço.

Geovana: O que é isso? — com os olhos arregalados, ela perguntou.

Thaís a empurrou para dentro do primeiro motor home que encontrou, era de uma equipe mediana e todos que estavam por ali olharam para as duas. Thaís ergueu a revista com uma nova foto de seu irmão e Geovana, estampando a capa novamente.

Thaís: Você não deve fazer ideia, mas a Carla, a mulher do meu irmão, é como se fosse minha irmã. E é por ela que estou aqui, te vigiando. Por um erro muito grande meu, você se aproximou do meu irmão e essas fotos ridículas foram tiradas. Mas quero que saiba uma coisa, Geovana, você nunca conseguirá ser algo dele, ele nunca olhará para você de um modo diferente de como olha para um mecânico da equipe, para ele é a mesma coisa. Desiludida-se afaste-se do meu irmão, ou as coisas ficaram muito, mas muito complicadas para você.

Entre sussurros Thaís dizia para a morena que a olhava assustada, os olhos verdes bem abertos a encaravam com surpresa e Thaís podia ver um sorriso sarcástico se formando no rosto dela.

Geovana: E você acha que é quem para me impedir? — arqueou uma de suas sobrancelhas e cruzou os braços. Thaís se endireitou, passando a olhar para Geovana com raiva. Ela estava a desafiando.

Thaís: Thaís Louzada Picoli, muito prazer. E você? É o que? É quem? Alguém aqui te conhece? — ao ver um homem passando ao seu lado, ela o puxou. — Você... Você conhece essa mulher aqui? — a pergunta pegou o homem de surpresa e ele olhou para Geovana, que estava com um tom vermelho no rosto. — Conhece? — o tom sério de Thaís fez com o que o homem balançasse a cabeça negativamente. — Obrigada. Você aí. — ela gritou para outro homem, sentado no sofá. — Conhece esta mulher aqui? Sabe quem ela é? — gritou novamente e os homens envergonhados, negaram. — Alguém aqui conhece esta mulher? — gritou ainda mais alto, atraindo a atenção de todas as pessoas que passavam pelo primeiro andar do motor home. Tudo ficou em silêncio. — Está vendo... Você não é ninguém.

Xxx: O que está fazendo Thaís? — uma voz feminina fez com que Thaís desviasse a atenção de Geovana para a porta. Era Anne, surpresa com o pequeno showzinho que ela estava dando.

Thaís: Anne, que bom que chegou. Venha até aqui. — com um sorriso nos lábios ela pediu. Anne envergonhada foi até o lado dela. — Está é Anne, Geovana. É irmã da Carla. E ela também está de comum acordo comigo... Ou se afasta, ou será muito pior para você. Não é Anne?

Anne: O que? — arregalou os olhos.

Thaís: Por um obséquio você sabe quem é essa mulher? A não ser o que sabemos, a vagabunda que está se aproveitando da fama do meu irmão. Sabe de mais alguma coisa?

Thaís perguntou e Anne apenas negou com a cabeça. Geovana estava petrificada, assim como todas as outras pessoas presentes.

Thaís: Já está avisada... Se afaste do meu irmão, ou além de fama de vagabunda, ficará desempregada e com várias cicatrizes. Ou eu não me chamo Thaís Louzada Picoli! — concluiu com um sorriso no rosto. — Vamos Anne, temos mais o que fazer.

Pegou a mão da Anne e saiu arrastando ela do motor home. Não olhou para trás, mas podia ver a confusão que se formava em volta de Geovana.

Thaís: Pelo amor de Deus, você deveria ao menos defender sua irmã. Ficou mais perdida do que uma barata cega em um tiroteio. — começou a reclamar enquanto caminhavam em direção ao motorhome da Ferrari.

Anne: Eu não gosto de me envolver nos problemas dos outros.

Thaís: Não são outros, é sua irmã. Sua família. — revirou os olhos. — As vezes acho que sou muito mais irmã da Carla, do que você.

Anne: Talvez seja. Ela te considera mesmo muito mais irmã dela do que eu. Sempre foi assim, não se lembra? — suspirou.

Thaís olhou com mais atenção para Anne, ela parecia triste e abatida. Talvez toda esta confusão com Viana estivesse a fazendo mal.

Thaís: Não é isso. A relação de vocês duas tem apenas um problema.

Anne: Qual?

Thaís: Ciúmes. — respondeu sorrindo. — Carla tem ciúmes de você e você dela. Sempre foi assim, não vêem o quanto lutam para chamar a atenção?

Anne: Não é isso, ela que não gosta de mim.

Thaís: E você faz algo para isso mudar?

Anne: E ela algum dia já fez? — rebateu.

As duas se calaram e entraram no motor home, no fundo do primeiro andar, havia uma sala de descanso com sofás e televisores, estava vazia e ambas se sentaram ali.

Thaís: Posso te fazer uma pergunta indiscreta?

Anne: Claro.

Thaís: Você acha mesmo que vale a pena acabar com uma família por apenas uma aventura? Digo, não me leve a mal o que estou falando, é apenas uma curiosidade. Carla também a tem, mas não pode perguntar ou então sairá briga. Você gosta mesmo do Luan e ele de você, ao ponto de acontecer tudo isso?

Thaís com toda sua sinceridade, disse. Olhou para Anne e ela parecia surpresa, talvez nunca ninguém tivesse dito algo para ela de um modo tão sincero.

Anne: Não. Eu não gosto e nem ele gosta tanto assim de mim. — a resposta foi simples e ela se calou.

Thaís olhou para ela, como quem quisesse mais informações, mas ela continuou calada. Anne era uma pessoa difícil, esta era a única vez, desde que ela tinha sido adotada, que passou mais de cinco minutos conversando. Talvez fossem muitas poucas pessoas que conseguiam fazer Anne se abrir.

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