Arthur: O Piloto II 🏁

Capítulo 144 :

Passava da uma da manhã quando Maria Clara e Arthur chegaram ao hotel, rindo como verdadeiros pai e filha. Ela segurava um balão com o rosto do Príncipe Harry e estava mais do que feliz pelo passeio com o pai. Entraram no elevador e o celular de Arthur começou a tocar.

Lucas: "Pai, amanhã às oito da manhã na sala de reunião do décimo andar reunião com a equipe. Boa noite!"

Chegaram ao andar e Arthur se despediu dela. Ao entrar no quarto e ver que estava sozinha, Maria Clara suspirou. Estava sem sono algum, por conta do fuso horário e aproveitando isso, ligou para casa para falar com Carla. Do outro lado da linha, sua mãe ficou feliz por ver a filha tão eufórica por ter feito as pazes com o pai. Era bom saber que as coisas estavam entrando nos trilhos novamente. Assim que desligou o telefone, foi tomar um banho e vestir o pijama, ainda sem sono algum pegou o notebook e começou a ver suas redes sociais, enquanto conversava com algumas amigas. Quando se deu conta eram três e meia da manhã e ela começou a se preparar para dormir, assim que apagou todas as luzes do quarto, começou a ouvir uns barulhos no corredor do seu quarto. Ouvia o barulho de vidro quebrando e batidas na parede. Levantou e abriu a porta e sem se importar muito, saiu no corredor de pijama e a visão que teve em sua frente, não foi nada agradável.

Victor estava beijando uma loira altíssima, que apenas pelo corpo visto por trás, já devia ser maravilhosa. Seus olhos desceram para a mão de Victor apertando o traseiro da loira e ao subir novamente, encontrou os olhos dele abertos, olhando para ela, enquanto beijava o pescoço da mulher. Ele parecia fazer de propósito e Maria Clara teve vontade de sair correndo e chorar. O que ele pensava que estava fazendo?

Victor: Xenia, modelo russa, vinte anos. Te apresento uma mulher de verdade.

Ele disse assim que a mulher virou de frente, olhando para Maria Clara, que naquele momento se sentiu uma formiga. Ela devia dar duas dela, os olhos era de um azul que ela nunca tinha visto de tão claros e os dentes eram perfeitamente brancos. Victor ria alto, acenou para Maria Clara e saiu andando meio torpe com a modelo para o quarto dele, três depois do de Maria Clara. Ao ver os dois entrando no quarto, entrou também no seu batendo a porta. A raiva estava queimando sua garganta de uma forma que ainda não tinha sentido.

Se sentia usada e uma idiota ao ter visto aquela cena patética. Talvez fosse orgulho ferido, mas ver Victor agarrado em outra mulher, principalmente aquele monumento de mulher, não havia sido nada agradável. Embora soubesse de tudo o que ele era, esperava pelo menos um pouco de respeito. Sem que percebesse, começou a chorar. De raiva, por se sentir tão idiota. Não acreditava que por algum momento, ela pudesse ter acreditado que ele seria bom com ela. 

Na manhã seguinte, Arthur levantou cedo, se arrumou e logo foi para o restaurante do hotel, tomar o café da manhã, sabendo que estava atrasado para a reunião com a equipe de Lucas, entrou no elevador e quando saiu no décimo andar, logo achou a sala de reuniões no final do corredor. Abriu a porta e estranhou ao ver tudo escuro e apagado, conferiu no relógio e ele estava mesmo vinte minutos atrasado. Resolveu entrar e esperar sentou- se em uma cadeira e passou a conferir alguns e-mails em seu celular. A porta se abriu e ele olhou na direção, quase não acreditando em quem viu entrando na sala.

Geovana: Onde está todo mundo? — com a testa franzida, perguntou. Arthur levantou da cadeira, engolindo em seco a presença dela.

Arthur: O que você faz aqui?

Geovana: Me mandaram vir à reunião tomar notas e aqui estou eu. — o sorriso dela deixava Arthur tenso, sempre havia alguma coisa ruim ali. — Cancelaram?

Arthur: Acho que adiaram para mais tarde, então eu volto mais tarde. — ele caminhou até ela, mas Geovana o segurou.

Geovana: Tão cedo? — os olhos dela ficaram mais escuros e ela se abaixou até o frigobar, abriu e havia apenas água e suco. Colocou o suco em duas taças e serviu para Arthur. — Um brinde ao nosso pequeno Lucas?