Capítulo 159 :

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Maria Clara estava aproveitando muito a festa, nem lembrava do que tinha acontecido algumas horas antes. Dançava em companhia de suas amigas e por diversas vezes, parava para falar com os convidados. Era o que estava fazendo agora, conversando com Diego, um amigo seu de quando fazia ballet na escola que parou de ir por trabalhar na ONG. Ultimamente, tinha saído com Diego, ele estava passando por um mal momento, tinha acabado de terminar com o namorado.

E em uma dessas saídas, estava em uma cafeteira com ele, há algumas semanas atrás e Victor apareceu e quase a fulminou ao ver que estava acompanhada. De noite, apareceu em sua casa com a desculpa de falar com Lucas, mas na primeira oportunidade entrou em seu quarto, quando estava estudando para uma prova e começou a perguntar quem era o cara que estava com ela. O mundo inteiro já devia ter se dado conta que Diego era gay, mas para Victor, ele ainda acreditava que ela estava ficando com o cara, porque foi isso que Maria Clara falou, apenas para chatear-lo e ver qual seria a reação dele. A reação? Foi péssima. Se ela queria ver Victor com ciúmes, com certeza conseguiu naquele dia e nunca mais queria ver.

Mas o benefício veio, ele ligava para ela algumas vezes dando umas desculpas idiotas de que o celular de Lucas estava desligado ou que queria saber se ela estava com Alice. E em uma tarde chegou na casa dela trazendo uma cheescake de morango, seu doce preferido, dizendo que a empregada tinha feito para Alice. Quando na verdade, Maria Clara viu ele tirando a caixa da loja que vendia o doce assim que desceu do carro. Era uma sensação ótima torturar um pouco Victor. Ele sempre mereceu essa. E assim que encostou do lado de Diego para ser felicitada pelo aniversário, Victor apareceu pela primeira vez na frente dela naquela noite. Ele estava com um smoking preto e uma máscara branca cobrindo os olhos.

Victor: Sabe que eu já vi casais bem melhores que vocês... — comentou com desdém.

Diego olhou para Maria Clara, confuso. Ela fez uma careta para ele, rezando para que o amigo lembrasse do combinado dos dois. Quando Diego olhou para Victor, Maria Clara viu as segundas intenções nos olhos do amigo, até se lembrar do que Maria Clara disse.

Victor: Diego de quê? — perguntou, completamente sem educação e Maria Clara respirou fundo.

Diego: Pointer. — respondeu e Victor arregalou os olhos, fez-se de surpreso e logo começou a rir.

Victor: Diego Pointer... Hm, a lebre saltitante da família, não é? — deu um sorriso e Maria Clara olhou para ele assustada.

Maria Clara: Victor! — o repreendeu. — Está faltando com sua educação.

Diego: Não se preocupe, Clara. Se é para falar de família, começaremos pelo modelo que está namorando com seu pai ou o sócio do seu pai que sua mãe saia? — ao ouvir aquilo, Victor apertou a taça que segurava na mão e Maria Clara entrou no meio dos dois, antes que saísse alguma merda.

Maria Clara: Parem vocês dois. — pediu e Diego deu de ombros e pediu licença, não sem antes dar um selinho em Maria Clara. Victor o fuzilou com os olhos e logo depois para ela, que o olhava piedosa.

Victor: Seu mal gosto por coisas baixas me impressiona. — debochou e ela revirou os olhos. — Mas hoje é seu aniversário, não vou te tratar mal. Quero te desejar parabéns. — ele se aproximou e Maria Clara deu um passo para trás, mas foi presa pelo braço dele em sua cintura. — Está crescendo, pequena Maria Clara. — ele se aproximou ainda mais e ela respirou fundo.

Maria Clara: Já deu os parabéns, agora está ótimo. — ela tentou se soltar e ele a segurou mais forte.

Victor: E ainda continua da mesma maneira que sempre me fascinou.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora