Capítulo 183 :

478 63 44
                                    


Logo pela manhã, Thaís abriu os olhos e que tateou pela cama algum sinal de Júnior, mas a única coisa que encontrou foi um bilhete dizendo que ele teve que sair cedo com Arthur para uma reunião com todos os funcionários da Ferrari antes do treino. Um tanto decepcionada, levantou da cama e imediatamente foi até sua bolsa, da onde retirou uma sacolinha com o teste de gravidez que tinha comprado ontem pela noite. Só de tocar na embalagem, ela sentiu suas mãos tremerem, tinha muito medo do que aconteceria a partir do momento que fizesse aquele teste.

Foi até o banheiro e deixou o teste pelo tempo que mandava na embalagem em cima da pia, enquanto esperava foi tomar banho se policiando por as vezes olhar pela fresta do box para aquele potinho em cima da pia, aquele pequeno exame poderia mudar sua vida totalmente. Assim que achou que o tempo foi zerado, ela se enrolou em uma toalha e foi até a pia com os olhos fechados, tirou a tirinha do potinho e abriu os olhos.

 Assim que achou que o tempo foi zerado, ela se enrolou em uma toalha e foi até a pia com os olhos fechados, tirou a tirinha do potinho e abriu os olhos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Thaís: Minha Nossa Senhora. — ela se segurou na pia quando viu aquelas duas listras cor de rosa quase ficando em 3D de tão forte que estavam.

Pela terceira vez leu o manual de instruções e teve certeza que não estava enganada. Estava oficialmente grávida. Quando entrou no closet e se deu conta do que estava passando, ela sentou no sofá que tinha ali e colocou a mão na testa. Como contaria isso para Júnior? Eles namoravam a menos de três meses, mal se conheciam e ele estava prestes a se tornar campeão do mundo, ou seja, estava completamente dedicado ao seu trabalho. Enquanto ela, que nunca se quer pensou na possibilidade de ser mãe, queria se concentrar em encontrar um novo emprego no ano que vem, queria retornar as pistas em grande estilo e agora tudo aquilo estava acontecendo. Começou a chorar de desespero, pensando em que tipo de mãe ela se tornaria. O que a criança pensaria de uma mulher que nunca desejou que ela viesse ao mundo, mas que aconteceu por acidente? Era cruel pensar desse modo, ela sabia, mas era naquilo que pensava apenas.

Naquele mesmo minuto, Carla bateu na porta do quarto e vendo que ninguém respondia, girou a maçaneta e viu que estava aberta. Ansiosa por saber de Thaís que estava sumida desde o jantar de ontem, entrou no quarto e ouviu alguns soluços do fundo do quarto. Quando finalmente chegou até o closet e viu Thaís toda encolhida no sofá, chorando como não era de se esperar de Thaís, foi imediatamente até a amiga e se sentou ao lado dela.

Thaís: O que eu faço da minha vida agora Carla? — perguntou abraçando a cunhada. Carla arregalou os olhos e apenas a abraçou, sabendo muito bem o motivo daquele choro todo.

Carla: Você tem ideia da benção que você está tendo nesse momento? — perguntou e colocou a mão na barriga dela. Thaís abriu os olhos e apenas olhou a mão de Carla e voltou a chorar. — Não tem porque chorar Thaís é um bebezinho que só vai iluminar sua vida e a do Júnior.

Thaís: Mas eu não quero iluminação nenhuma Carlinha. Eu não tenho ideia do que fazer com uma criança, como eu vou viver, alimentar e cuidar de um ser que é dependente de mim? Eu quase matava seus filhos de tanto derruba-los quando eles eram bebê.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora