Capítulo 195 :

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Lucas: Heitor? Serio que vai ser Heitor o nome do bebê? — perguntou com um sorriso no rosto assim que ficou a par da notícia dada por sua mãe, assim que encontrou com ela no box dentro do autódromo de Interlagos.

Carla: Gostou do nome? — ela abriu um sorriso vendo o filho com a mão em sua barriga.

Aquele carinho de Lucas com o bebê era lindo, durante esse tempo que passaram longe, entre uma corrida e outra, ele mandava uma mensagem todo dia para o celular da mãe, perguntando como estavam as coisas e como o bebê estava. Por mais que não quisesse se aproximar da família, ele queria estar perto das notícias sobre o irmãozinho.

Lucas: Eu adorei, é lindo. Vai ser um garotão lindo. — sorriu e sentiu o bebê chutar mais uma vez. Carla segurou a mão do filho e o olhou nos olhos.

Carla: Vou te visitar essa semana, preciso conversar sério com você. — disse e Lucas apenas assentiu.

Pela primeira vez desde que chegou, Carla viu de longe Júnior caminhando, ele vinha em direção ao box com a cabeça baixa e ao ver o rosto dele, mal acreditou que era Júnior. Estava com uma barba enorme, mal feita e os olhos deles completamente escuros por conta de olheiras. Se não soubesse o motivo daquilo, acharia que ele estava doente.

Lucas também o olhou e apenas suspirou. Júnior não era mais o mesmo, não sorria, não conversava, apenas vegetava. Nem acreditava que ele tinha vindo para a corrida, pois os rumores na fábrica era que ele não apareceria e pagaria uma multa exorbitante.

Carla: Tenho que ir ver como ele está, filho. Fica bem. — deu um beijo na testa de Lucas e caminhou na direção de Júnior. Ele estava tão desligado que quase atropelou Carla, por não ver ela parada bem em sua frente. — Oi Erivelto! — ela deu um sorriso e ele apenas a fitou. — Vamos conversar?

Júnior: Não estou para conversar, Carla. Tenho que ir trabalhar.

Carla: Você não vai me corrigir por ter ti chamado de Erivelto?

Júnior: É o meu nome não é ? E o que está na minha certidão.  — Deu um tapinha no ombro dela e saiu de perto dela rapidamente. Carla ficou parada, vendo ele se afastar.

Xxx: Meu menino está definhando...

Uma voz despertou Carla e fez ela olhar para trás. Era uma senhora de aparentemente cinquenta anos de idade, com o cabelo loiro preso em um coque e uma roupa aparentemente simples.

Xxx: Sou Olga, mãe do Júnior. — esticou a mão para Carla que abriu o sorriso, feliz por saber que Júnior estava recebendo o apoio da família naquele momento difícil.

Carla: Que bom lhe conhecer, Júnior já me falou muito da senhora. Sou a Carla.

Olga: Sei quem você é menina, já lhe vi muitas vezes na tv. — abriu um sorriso simples e fofo. Carla também sorriu. — Aprecio sua amizade com o meu menino.

Carla: Ele é um menino de ouro, o admiro muito. — ela sorriu ao ver Júnior sentado olhando para o carro dentro do box. — Não gosto de ver ele assim. Dói o coração, mas fico feliz que a senhora esteja aqui com ele agora.

Olga: Ele me procurou em casa há dois dias, chegou chorando. Eu nunca vi ele chorar e eu, meu marido e minha filha acabamos vindo com ele. É horrível ver ele assim, Dona Carla.

Carla: Chame-me apenas de Carla. — disse simpaticamente e a senhora apenas assentiu. — Não está sendo fácil para ninguém, não sei se sabe, mas Thaís é minha cunhada. Ela está morando comigo agora, me dá agonia ver tanto sofrimento de ambos.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora