Capítulo 134 :

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Maria Clara: Licença? — bateu na porta e não ouviu barulho nenhum. — Victor? — bateu novamente na porta e continuou não ouvindo nada. Abriu a porta e viu que estava vazio, nem ele nem Lucas estavam por ali. Pegou a bandeja com a comida e entrou no quarto. — Victor?

Victor: Pois não? — ele saiu do closet com uma toalha amarrada na cintura e ainda com o cabelo todo molhado. Ao ver Maria Clara, deu um sorriso malicioso e caminhou até ela. — O que quer amor?

Maria Clara: Achei que depois da sua imersão ao luxo novamente você estaria com fome. — apontou para a bandeja em cima da mesa.

Victor: Que delicado de sua parte. — apertou as bochechas dela e caminhou até a mesa, olhando a comida que parecia realmente apetitosa. — E posso dizer, que mesmo que eu não gostasse dessa comida, eu com certeza comeria porque é melhor daquelas bolachinhas nojentas que me deram. Pegaria hepatite só de tocar. — o tom esnobe fazia com que ela tivesse vontade de rir. Ele era exagerado ao extremo.

Maria Clara: Tem tanto pavor de gente pobre assim?

Victor: Claro que não. Desde que eu não tenha que passar duas horas no meio de duas poltronas uma com uma velha que estava com gases e do outro uma mulher com uma criança que fedia e gritava nos meus ouvidos. Fora isso, eu adoro ver pela televisão! — ele começou a comer enquanto ouvia as gargalhadas dela. — Você vai acabar pegando alguma doença se continuar indo para esses lugarzinhos que você costuma ir ajudar criancinhas que sabe Deus porque, parecem que vivem eternamente gripadas com aqueles narizes... — fez uma cara de nojo novamente e ela revirou os olhos.

Maria Clara: Você é fresco e é capaz de um dia acabar ficando pobre.

Victor: Meu amor, eu sou Victor Queiroz. — revirou os olhos.

Maria Clara: Você é um psicótico, sabia? — ela sorriu e ele começou a rir. Logo pararam de falar, enquanto ele comia, olhava para ela que estava já de pijama, uma camisola de cetim rosa. — E quer saber? Eu viveria sem pensar duas vezes com essa gente que você tem pavor, do que te aturar por um dia. Não é nada fácil.

Victor: Você está me provocando Maria Clara? — perguntou e ela riu. — E mesmo que vivesse com eles, não seria um deles.

Maria Clara: Se eu fosse pobre você iria querer namorar comigo? — debochou.

Victor: Você não é pobre, isso que conta. Não vê que somos perfeitos um para o outro?

Victor se aproximou dela ficando de pé atrás dela. Suas mãos tocaram a fina alça da camisola dela. Maria Clara arregalou os olhos e olhou para ele.

Victor: Veio aqui para me provocar não é?

Maria Clara: Você não faria nada comigo, não é? — ela deu um sorriso que ele quase não reconheceu. Ela estava entrando naquele joguinho também?

Victor: Não me provoca Clara.

Maria Clara: Você veio até aqui por minha causa, porque se preocupa comigo. Não faria alguma coisa que me magoasse, não é? — ela tocou o rosto dele, ficando na ponto do pé e bem próxima aos lábios dele.

Victor: E quem te disse que você tem esse poder todo? — debochou. — Vim porque nossas famílias são amigas. Vim porque tenho educação e qualquer um faria isso. Isso não quer dizer que eu vim porque me importo, mas sim porque quero que continue. — ele a segurou pelos braços e ela arregalou os olhos. — Eu só não faço nada com você, porque não quero. Porque assim que você deixar de ser virgem, vai perder toda a graça. Isso não significa que eu goste de você.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora