Capítulo 79 :

401 60 41
                                    


Rodolfo empalideceu ao ver a filha de Sarah o olhando cheio de raiva. Um segundo depois ela saiu correndo, Carla até tentou levantar da cadeira e ir atrás da afilhada, mas Sarah a impediu.

Sarah: Eu converso com ela depois.

Rodolfo: Porque não me disse que sua filha estava aqui? — começou a resmungar de um modo bruto com Sarah, que apenas deu de ombros.

Sarah: Da minha filha cuido eu.

Júnior: Oi Thaizinha! — aproximou-se de Thaís com um sorriso nos lábios. Ela novamente pegou a taça e colocou na boca, mas ainda assim olhou para ele. — Senti saudades. — abaixou- se na altura dela e tirou a taça das mãos dela. Carla olhou para os dois e arregalou os olhos.

Thaís: Oi e tchau, me deixa em paz. — disse séria e ele começou a rir.

Júnior: Nem um beijinho?

Thaís: Vai ver se eu estou na esquina, Erivelto. Com licença, eu tenho mais o que fazer.

Ela levantou bruscamente na intenção de ir embora, mas ele a puxou e atrevidamente segurou o rosto dela e lhe deu um selinho. Thaís gritou e Carla chegou a engasgar.

Thaís: Idiota! Nojento! Imbecil! Me deixa em paz. — ainda dando seu ataque, ela se afastou, deixando Júnior rindo.

Carla: Você a beijou? — levantou da cadeira, perguntou com uma cara desconfiada.

Júnior: Ela está louca por mim, Carla. Só se faz de durona. — deu um suspiro e um sorriso completamente convencido. Carla teve que ser obrigada a rir.

Carla: Você atira para todos os lados, não é mesmo?

Júnior: Claro, em quem eu acertar, já é um ponto.

Carla: Pois saiba que ela não é um alvo para seus tiros e tem uma pessoa que já marcou o ponto para ela. O namorado dela. Agora a deixa em paz e vai procurar outras para você atirar. — se retirou de perto dele ainda ouvindo os risinhos dele.

Céus, aquilo estava realmente muito confuso. Andou em direção onde estava seus filhos e os amigos deles, procurando por Alice. Mas antes de chegar lá, Lucas a parou.

Lucas: O que aconteceu com a Alice, mãe? — ele estava dizendo baixo e Carla sorriu, vendo que Giulia olhava na direção deles.

Carla: Sarah e Rodolfo estão juntos, ela não sabia e viu os dois se beijando. — suspirou. — Pode procurá-la e ver se ela está bem?

Lucas: Claro. Eu procuro sim. — deu um sorriso e já ia saindo quando Carla o puxou novamente.

Carla: Filho, fica com a Alice de vez. Eu posso ver de longe que você gosta dela de verdade e ela também. Pare de se enganar falando que gosta dessa sua namoradinha, quando você sabe que não é verdade. Uma das piores coisas que fazemos, é nos auto enganar. A gente acaba preso em mentiras que nem mesmo nós acreditamos. Pense nisso. — com um sorriso terno, ela deu um beijo na testa do filho e deu as costas, retornando à mesa que antes estava sentada.

Ainda com as palavras da mãe em sua cabeça, ele entrou na casa para procurar Alice. Começou pelo térreo, depois para o primeiro e o segundo andar. Ela não estava em nenhum lugar, em nenhum dos quartos ou das salas. Estava voltando ao jardim para procurá-la quando se lembrou do sótão da casa. No fim do corredor havia uma escada e não foi surpresa encontrar a porta destrancada. O lugar guardava alguns móveis velhos e coisas que não eram mais utilizadas, mas continuava limpo. As janelas de vidro deixavam que a luz entrasse ali e não foi difícil ver Alice sentada na beirada da janela, onde havia algumas almofadas. Ela olhou para ele assustada e logo virou o rosto, tratando de limpar as lágrimas que escorriam de seus olhos.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora