Capítulo 114 :

421 60 45
                                    

Lucas: Mas vocês não podem ir comigo? — Lucas perguntou para Carla assim que saiu do banheiro, ainda todo molhado. Carla gargalhou e Maria Clara revirou os olhos.

Carla: Não filho, você vai ter que fazer isso sozinho.

Lucas: Mas eu estou nervoso, não sei o que fazer. — ele andava para lá e para cá.

Maria Clara mexia no closet do irmão, procurando algo para ele vestir. Arthur estava passando no corredor e ouviu a voz de todos no quarto de Lucas. Abriu a porta e viu sua esposa e sua filha, fazendo o menino vestir algumas camisas sociais. Carla o fazia virar algumas vezes para falar depois que estava feio.

Arthur: O que está acontecendo aqui? — perguntou com o cenho franzido. Lucas o olhou, como quem pedisse socorro.

Lucas: Vou na casa da Alice falar com os pais dela. — ele respirou fundo, como quem tomasse coragem novamente. Arthur se surpreendeu e olhou para Carla, que sorria toda orgulhosa.

Arthur: O Luan não está para te matar? — perguntou e Lucas quase começou a chorar. Carla fez uma cara feia para o marido e ele respirou fundo, fechando a porta do quarto. — Tudo bem, vai dar tudo certo.

Lucas: O que eu tenho que fazer pai?

Arthur: Em primeiro de tudo, não se arrume tanto. — tirou das mãos de Carla uma gravata que ela iria colocar nele. — Haja naturalmente, não faça nada do que não faria normalmente. Eles te conhecem desde que você nasceu, por isso, dispense as apresentações. Coloque uma calça jeans, uma camisa clara e um blazer. Seja você mesmo sempre, não minta porque eles saberão que você está mentindo. A Alice vai estar envergonhada, por isso, não a deixe mais envergonhada, fale sobre o que você quer e esteja seguro.

Lucas: Pai...

Arthur: O Luan irá pirar e você ficará calmo e dirá que quer apenas o melhor para ela, que os dois se gostam e não tem porque ficarem separados. Se ele continuar pirando, você continuará calmo e pedirá para que ele confie em você. Caso ele continue pirando, levante como se nada tivesse acontecido e vá embora. Com o tempo ele passará a aceitar. O segredo é agir naturalmente, se mantenha calmo, tudo bem? E ah, leve flores para a Sarah e algum outro presente para a Alice. — ele terminou de falar, olhando para todos que estavam com os olhos arregalados.

Carla: Você leu isso aonde? Te ensinaram isso na escola de garotos? — debochou, começando a rir.

Arthur: Não, foi o que fiz com você e deu certo, não? Estamos aqui ainda. — ele abraçou Carla que sorriu. Lucas assentiu.

Lucas: Tudo bem, vou fazer isso. Vou me trocar... — ele entrou no banheiro com a roupa debaixo dos braços e Carla suspirou, orgulhosa de seu homenzinho.

Maria Clara: Será que vai dar certo, pai? — perguntou meio temerosa.

Arthur: Se o seu namorado fizesse isso, certamente eu acreditaria. Mas se tratando do Luan, acho pouco provável, mas ele tem que insistir. Todo homem tem que insistir pelo o que ele quer.

Maria Clara: Então se o Marcos fizer isso você vai gostar dele?

Arthur: Não, eu disse certamente, não absolutamente. Por isso, continuo não gostando dele.

Maria Clara: Mas eu gosto dele e ele gosta de mim. — fez uma carinha bonitinha e Arthur respirou fundo.

Arthur: Por enquanto é o bastante. — Suspirou.

Tentou se fazer de indiferente, por mais que sentisse ciúmes dela, sabia que sua menina estava feliz e que Marcos era um bom garoto. Mas ainda tinha que manter as aparências de um pai. Lucas saiu do banheiro com uma calça jeans, uma camisa branca, tênis também branco e um blazer azul marinho por cima. Carla bateu palmas toda orgulhosa.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora