Capítulo 67 :

558 65 82
                                    


Entrou no carro e dirigiu até seu trabalho, encontrou Mary logo na entrada, ela já foi passando as reuniões agendadas e o que tinha para fazer hoje. Assim que entrou em sua sala, encontrou Sarah sentada na sua cadeira mexendo no notebook. 

Carla: Está tudo bem Sarah? — franziu a testa, estranhando o sorriso enorme que Sarah lhe deu.

Ela olhou para Mary e a mulher entendeu, se retirando da sala. Assim que a porta fechou, Sarah deu um pulo da cadeira de Carla e começou a rir.

Carla: Está drogada? — se aproximou da amiga que sabia apenas rir.

Sarah: Estou feliz, Carla. Feliz como há muito tempo não estava.

Carla: E qual é o motivo? — com um sorriso, ela sentou em sua cadeira e novamente olhou para Sarah, ela estava sentada em cima de sua mesa. Ainda com aquele sorriso como se tivesse visto um passarinho rosa com brilhantes cravejados na frente.

Sarah: Eu vou te contar, mas antes tem que me prometer que não vai contar para ninguém. Nem para o Arthur. Para ninguém, Carla!

Carla: Quem é ele? — cruzou os braços com um sorriso malicioso no rosto. Sarah começou a rir e Carla pode ver os olhos da amiga brilhar.

Sarah: Não brigue comigo, por favor. Antes de tudo, lhe explico que me sinto como se tivesse vinte e poucos anos com ele, é maravilhoso. É o Rodolfo. — disse por fim e olhou para Carla, pode ver gradativamente a amiga perder a cor. — Carla não passa mal, por favor.

Carla: Rodolfo? O Rodolfo? Aquele Rodolfo? O da Ferrari? O amigo do Arthur? — a cada pergunta ela tentava respirar, mas estava difícil. Sarah desceu da mesa e assentindo foi acudir Carla. — Você estava duas semanas atrás chorando pelo Luan...

Sarah: A vida girou. — com a cara mais normal de todas, ela disse e Carla arregalou os olhos. — Eu ainda amo o Luan, mais do que qualquer homem que já amei em toda minha vida. Mas não posso continuar sofrendo por ele. Aí veio o Rodolfo novamente, você sabe como é Carlinha, eu fico toda tonta perto dele. Eu não o amo, mas é atração física, desde sei lá quanto tempo. Não fique brava comigo.

Carla: Não estou brava, estou surpresa. — ela começou a rir e foi acompanhada de Sarah. — Se você acha que é o melhor para você, o que vai te fazer feliz, estou ao seu lado. O Rodolfo é doido, mas sei que não passará de umas boas noitadas, até você voltar com o Luan. É sempre assim.

Sarah: Obrigada Carlinha. — abraçou a amiga. Carla retribuiu, ainda rindo. — Quer saber de uma coisa?

Carla: O que?

Sarah: O cara ainda é um leão na cama... — maliciosamente ela disse e Carla explodiu em uma gargalhada. Era sempre o mesmo comentário, desde de que Sarah saiu com Rodolfo pela primeira vez. — No sofá. No tapete. Na piscina. Na bancada...

Carla: Já entendi Sarah, me poupe dos detalhes sórdidos. — com as duas mãos para frente, ela segurou o rosto de Sarah, fazendo a loira ficar quieta. — Vamos trabalhar, loira.

~~~

O sinal do intervalo soou e o pátio central em poucos segundos se encheu com os alunos. Em uma mesa do refeitório, Lucas estava sentado junto de Marcos, Giulia e para sua surpresa Maria Clara. Isso só provava o quanto ela estava estranha, pois nunca foi de se misturar com seus amigos na escola, muito menos se sentar com ele no intervalo, como vinha fazendo há alguns dias. Ela estava muito estranha.

Ela conversava com Marcos, enquanto ele ouvia ou fingia ouvir Giulia tagarelando sobre a viagem à Suíça que faria nas férias de julho. Não estava em clima de ouvir nada. Sua cabeça ainda rodava na noite de sexta-feira, da briga de Alice e o pai. Desde então, não tinha mais visto ela. Até hoje em que a viu chegar atrasada e arrastando-se foi até sua carteira. Ela não falou com nenhuma das amigas delas, muito menos com Victor que do fundo da sala, chamava ela.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora