Capítulo 43 :

444 63 50
                                    


No final da tarde lá estava Arthur se despedindo de Maria e Lucas. Maria Clara choramingava enquanto abraçava o pai e Lucas desde a conversa de mais cedo, não desgrudava de Arthur.

Carla estava longe, era pedir demais para ela ver aquilo. Optou por não o acompanhar no aeroporto, se despediria em casa e evitaria dar um vexame no aeroporto, implorando para que ele ficasse ali com ela.

Assim que Maria Clara e Lucas desgrudaram de Arthur, Alice foi se despedir. Logo depois Joana. O celular de Arthur começou a tocar e Carla entendeu que ele tinha que ir agora, estava atrasado. Os dois se olharam e Arthur sorriu.

Carla o viu pegando as duas malas e sentiu no mesmo momento, seus olhos se encherem de lágrimas. Não queria vê-lo partir. Queria Arthur ali com ela como sempre, dormindo e acordando ao seu lado, queria ouvir o som de sua gargalhada, sua voz e se fosse para tê-lo ali gostaria ate mesmo de continuar ouvindo os gritos dele que a assustavam. Seguiu ele que foi colocar as malas no carro fazendo um gesto para que todos ficassem na sala. Joana assentiu e logo chamou os três para comer. Carla caminhou até onde o carro estava estacionado e encostou-se à parte lateral enquanto ele fechava o porta malas.

Carla: Eu vou com você. — disse cortando o silêncio. Arthur olhou para ela surpreso.

Arthur: O que?

Carla: Ao aeroporto. — sorriu suavemente e ele riu. — Carla correu para dentro de casa para pegar sua bolsa e voltou ao carro, sentando ao lado de Arthur no banco. — Olha o que você me faz fazer. — levantou as mãos ao alto e ele riu ao reparar na roupa que ela estava. Calça jeans, uma blusa um tanto já velha e chinelo de dedo.

Arthur: Continua linda. — inclinou-se um pouco para lhe beijar. Carla sorriu e segurou a mão dele que estava livre.

Ele a olhou. E ela sentiu tudo girar. Era impressionante o modo como os olhos de Arthur a atingiam. Muitas vezes não precisavam falar nada, apenas por um olhar se entediam. E Carla sabia o que aquele olhar significava. Ele estava com medo.

Carla: Vai dar tudo certo. — apertou a mão dele ainda mais forte. — Você nasceu para a Fórmula 1, Thur. Como piloto, como chefe de equipe, como qualquer coisa relacionada a corridas.

Arthur: É tudo diferente...

Carla: Você vai saber lidar com isso. E quando sentir que já não pode mais, eu estarei aqui esperando por você. Não vou morrer e não matará as crianças terem que fazer uma viagem. Estaremos com você assim que nos chamar. — ele continuou em silêncio, mas logo viu o sorriso que mais gostava estampado no rosto dele.

Arthur: Você promete?

Carla: Eu prometo bebê. — acariciou o rosto dele e lhe deu um beijo nos lábios.

Arthur respirou fundo e olhou para frente, vendo o aeroporto logo à frente. Carla engoliu em seco ao ver o carro sendo estacionado e Arthur descer. Soltou- se do cinto de segurança e foi atrás dele, o ajudando com uma mala. Não se importava de estar de chinelo de dedo e sem maquiagem, o que lhe importava de verdade era estar ali com Arthur. Ao passarem pela porta automática, logo viram as pessoas passarem apressadas por eles e alguns repórteres à frente logo os viram. Carla suspirou e procurou a mão de Arthur, passando a caminhar com ele de mãos dadas.

Xxx: Como se sente retornando a Fórmula 1, Arthur?

Xxx: Está confiante quanto à nova temporada?

Xxx: O que espera de Júnior nesta etapa da Austrália?

Os repórteres não se importavam de estarem o bombardeando de perguntas. Arthur sorria, relaxado com o assédio. Educadamente respondia algumas, enquanto andava para o balcão de atendimento. Ao chegar lá viu Boninho o esperando. Carla engoliu em seco e olhou para Arthur.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora