Capítulo 121 :

515 65 47
                                    


Carla não soube o que fazer, sua vontade era descer da passarela e ir atrás dele, mas tinha que voltar. E foi o que fez, meio grogue saiu da passarela com os aplausos e encontrou Sarah com os olhos arregalados lhe esperando.

Carla: O Arthur estava aqui.

Sarah: Eu vi. — ela suspirou. — Temos que voltar para o encerramento.

Carla: Vá você, eu vou atrás do meu marido. — ela saiu correndo no mesmo segundo, ouvindo os gritos de Sarah que a pedia para voltar.

Ela segurou a cauda do vestido que a atrapalhava e atraiu a atenção das pessoas que estavam no salão. Seguiu o caminho que ele fez, mas ele não estava mais ali. Chegou até a porta do salão e olhou para frente, sabendo que ele estava indo embora e olhou para trás, vendo todo o evento que ela tinha produzido acontecendo. Ela tinha que escolher agora o que queria. E mais uma vez escolheu seu marido. Saiu pela calçada e logo o reconheceu pegando um carro que estava com o manobrista. Saiu correndo gritando o nome dele e viu quando ele a olhou.

Carla: Me espera! — ele entrou dentro do carro e fechou a porta, quando faltava uns cinco metros para ela o alcançar. — Arthur não faz isso. — ouviu o barulho do motor e arrancou com o carro, quase passando por cima dela.

Carla gritou para ele, que nem ao menos parou com o carro. Logo sumiu pela avenida. Ela respirou fundo e olhou para o chão, vendo o buquê de flores que ele antes carregava agora jogado na rua. Pegou com um certo cuidado e viu as flores amassadas pela roda do carro. Gilberto chegou perto dela, respirando com dificuldade.

Gilberto: Você tem que voltar para lá Carla! Tem que estar no coquetel.

Carla: Eu estou indo para a minha casa, Gil. — olhou para ele e novamente abaixou a cabeça, caminhando com as flores pela calçada.

Logo o carro com o motorista parou ali e a deixou no hotel. Ligou para Arthur todo o tempo e ele não a atendia. Ligou para o aeroporto para reservar sua passagem, arrumou suas malas, fechou a conta do hotel e só conseguiu entrar no avião quando passava das seis da manhã. Chegou ao Rio de Janeiro uma hora depois, cansada demais pela viagem e com um monte de malas que ela tinha que carregar sozinha, colocou tudo em um carro de aplicativo e vinte minutos depois estava na frente de casa.

O segurança a ajudou com as malas e ela pediu para que ele as levasse para dentro. Saiu correndo pelo jardim, subiu as escadas e abriu a porta de casa. Joana estava conversando com uma empregada, quando viu Carla arregalou os olhos. Carla olhou para a sala e estava com três malas no canto.

Carla: Cadê o Arthur?

Joana: No escritório.

No mesmo momento, Carla saiu correndo para o corredor onde na última porta, estava o escritório de Arthur. Ela abriu a porta bruscamente e viu ele parado olhando para a janela, que dava para o jardim da casa falando ao telefone. Com o barulho, ele olhou para trás e viu Carla parada do lado da porta.

Arthur: Tenho que desligar, Boninho. Até mais. — ele apertou o botão do celular e o jogou no sofá. Carla, fechou a porta e se aproximou dele.

Carla: Depois de ter me feito correr tanto, quase ter me atropelado e me largado em São Paulo, espero que você não dê um ataque, por favor Arthur. — pediu, se aproximando do marido. Ele a olhou de um modo estranho, que ela nunca tinha visto.

Arthur: Acho que não temos muito que conversar. — deu de ombros.

Carla: Que malas são aquelas na sala?

Arthur: São minhas.

Carla: Onde você está indo Arthur? — seus olhos começaram a se encher de lágrimas e ele respirou fundo.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora