Capítulo 98 :

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Na segunda-feira Carla acordou cedo para levar os filhos para a escola. Arthur continuou dormindo, hoje mesmo ele iria hoje para o Bahrein, local onde seria realizada a próxima corrida da Fórmula 1. Por mais que estivesse acostumada com isso, não conseguia não ficar tensa ao ver ser marido indo ficar uma semana fora e ainda longe dela. Queria que ele ficasse com ela todos os dias, todas as horas para todo o sempre. Era difícil o ver partir, mas lhe consolava saber que o retorno dele era sempre maravilhoso.

Maria Clara levantou rapidamente e encontrou a mãe na mesa da sala. Lucas chegou alguns minutos depois com uma cara feia. Ele ainda não tinha aceitado o castigo do pai e no final de semana, pouco falou com o pai. Sentou na cadeira e começou a comer, ainda sem falar nada. Meia hora depois, Carla já estava deixando os dois na frente do colégio.

Carla: Lucas... — chamou o filho que ainda colocava a mochila nos ombros. — Não fique assim, você sabe que errou e o que precisa fazer é apenas conquistar a confiança do seu pai novamente. Ele não quer o seu mal.

Lucas: Ele está tirando de mim a única coisa que me faz feliz. A única coisa em que posso mostrar que eu sou bom. Porque de resto, tudo gira em torno dele. Então eu realmente não aceito o que ele está fazendo comigo, eu sou filho dele, não mais um dos pilotos que ele treina.

Carla: É para o seu bem, meu amor...

Lucas: Gostaria que fosse com você, para ver se você acharia que é para o seu próprio bem. Tchau mãe. — bateu a porta do carro.

Carla fechou os olhos. Respirou fundo e ligou novamente o carro. Não iria trabalhar, dedicaria seu dia a Arthur apenas.

No colégio Lucas entrou com a sensação de que todos estavam olhando para ele. Logo soube o porquê, quando encontrou no mural da escola uma folha com uma foto dele ao lado do policial no dia do racha. Fechou os olhos e tentou se acalmar.

Xxx: Ele só está aqui porque é rico, se fosse outra pessoa já estava sendo condenada. — uma menina passou dizendo ao lado dele.

Aquilo foi o bastante para ele, saiu pela escola procurando a única pessoa que era culpada por tudo aquilo. Entrou em algumas salas e ele não estava, olhou para o pátio e nada, até que viu ele entrando no banheiro. Foi atrás e logo alcançou Victor. Puxou o garoto pela camisa para trás, pego pela surpresa ele apenas arregalou os olhos e quando se deu conta, Lucas  estava o jogando na parede de umas das cabines no banheiro.

Lucas: Temos que conversar sobre algumas coisas, amigo. — disse entre dentes e Victor fez uma cara de deboche. — Mas aprendi que com você não adianta falar, temos que agir. — deu um pequeno sorriso e deu um soco no rosto de Victor. Ele não esperava por isso e caiu no chão do banheiro.

Victor: Você está louco? — tentou levantar, mas Lucas  chutou ele, fazendo com que caísse novamente no chão. Ajoelhou ao lado dele e segurou pela camisa.

Lucas: Aquele foi pelo o que aconteceu na sexta-feira. Este aqui é pelo castigo que meu pai me deu. — acertou outro soco que dessa vez pegou no nariz dele. — E mais esse é pela Alice, seu idiota. — o terceiro soco pegou no maxilar e Victor gritou. Lucas levantou do chão e olhou para o ex-amigo. — Pode procurar a diretora se quiser, já espero isso de um covarde e idiota como você. — olhou mais uma vez para Victor que sentou no chão, tentando conter o sangramento do nariz, antes de sair do banheiro.

Subiu para sua sala e a primeira pessoa que seus olhos foram parar foi em Alice. Ela estava no lugar de sempre, mas ao olhar para onde Lucas sentou ao ver o lugar que antes era de Giulia vago, pegou sua mochila e seu fichário e atravessou a sala. Deixou suas coisas em cima da mesa e sentou na cadeira, para então olhar para ele.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora