Capítulo 102 :

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Geovana: Desculpa a gritaria, mas precisava que você me esperasse.

Arthur: Para? — perguntou, sem interesse algum. Ela aumentou ainda mais o sorriso e arrumou o vestido.

Geovana: Gostaria de te convidar para tomar alguma coisa, eu realmente preciso falar contigo. Você aceita?

Arthur: Eu estou tão cansado Geovana, minha maior vontade é cair na cama do hotel e dormir. Não pode ser amanhã?

Geovana: Amanhã você estará mais cansado, pois tem treinos. Para mim não há problemas de conversarmos no seu quarto, prometo que será breve. — ela o olhou e viu nos olhos dele a surpresa com a proposta dela. — Não se preocupe, é apenas uma conversa sobre carros.

Arthur: Não acho que seja uma situação adequada, Geovana.

Geovana: Não há nada demais Arthur. É apenas uma conversa, confie em mim. Dez minutos e te deixo dormir. Minha matéria precisaria ir ao ar amanhã e só você pode me ajudar.

A cara que ela estava fazendo, convenceu a Arthur. Ela não poderia ser tão má assim, a ponto de tramar alguma coisa. Ela precisava trabalhar, assim como ele também. Concordou e juntos foram até o hotel, guardou o carro no estacionamento e subiram de elevador até a suíte dele. Ela sorriu ao estar dentro do quarto, vendo a luxuosa decoração e a presença imponente de Arthur atrás dela.

Arthur: Vou tomar um banho e trocar de roupa, antes das suas perguntas, tudo bem? — ele caminhou até a poltrona do quarto, largando sua pasta.

Ela deu alguns passos, até a janela e concordou. Ele saiu do quarto e fechou a porta do banheiro, ouvindo o barulho da televisão sendo ligada. Entrou no chuveiro e não ouviu mais nada. Permaneceu ali por mais dez minutos e se não tivesse Geovana o esperando para a entrevista, ficaria por mais um bom tempo ali. Secou-se e vestiu uma calça de moletom e uma camiseta branca, saiu do banheiro ainda com os cabelos pingando e pouco se importando de não estar devidamente arrumado.

Arthur: Geovana? — perguntou ao ver tudo escuro no quarto, a televisão estava desligada e as cortinas fechadas.

Geovana: Estou aqui. — a voz dela estava diferente e no segundo depois, foi acessa a luz do abajur.

Arthur quase gritou e deu um passo para trás ao ver Geovana deitada na cama, com um sorriso malicioso nos lábios, demorou mais dois segundos para ver que ela estava sem roupa alguma, apenas com um conjunto de lingerie branca. Ela levantou, ficando sentada, ainda com o sorriso que agora o perturbava.

Geovana: Achei que você gostaria de ter a nossa entrevista comigo vestida assim. — a voz dela tinha mudado, era rouca e baixa.

Arthur ainda olhava aquilo com os olhos arregalados e buscava em sua mente, uma forma de se livrar dela o mais rápido possível.

Arthur: Você está louca? Vista suas roupas agora mesmo e vá embora. Não quero mais falar nada. — ele se aproximou da cama, tentando ver onde ela tinha jogado as roupas dela, mas não achava.

A mão dela tocou em seu braço e aquilo fez ele olhar para ela. Os olhos verdes dela brilhavam e ela sorria, sorria de um modo que estava lhe dando nojo. Seus olhos caíram para mais para baixo, onde teve a visão dos seios dela, volumosos pelo sutiã.

Geovana: Tenho em mente algo mais divertido do que uma entrevista. — ela pulou da cama, indo até de frente para ele.

Ela era poucos centímetros mais baixa que ele, o que permitia que ele mirasse os olhos dela de igual. Ela colocou mais uma mão em seu braço e seus dedos percorriam toda a extensão.

Arthur: Vai embora daqui Geovana. Eu sou casado e não quero nada com você. — ele pegou ela pelos dois braços e a empurrou para a cama. Geovana caiu deitada, mas rapidamente se ergueu com os cotovelos e olhou sorridente para ele.

Geovana: Não tente se enganar Picoli. Qual é a graça de ser casado com uma mulher por quase vinte anos, não há mais novidade. Estou te proporcionando isso e ela nunca saberá, porque está do outro lado do mundo. Viva um pouco mais a sua vida. — ela ficou de joelhos e habilidosamente tirou o sutiã.

Arthur arregalou os olhos, não acreditando que aquilo estava acontecendo realmente. Ele avançou em cima dela, pegando ela sem delicadeza alguma. A arrastou até a porta do quarto, mas ela começou a se debater e grudou o outro braço no pescoço dele. Com o mesmo sorriso infernal dela, conseguiu se soltar da mão de Arthur e segurou o rosto dele com essa mão, conseguindo por breves segundos o segurar e nestes segundos, a boca dela se se encostou à dele.

Arthur ao se dar conta do que estava acontecendo e sentir a língua dela dentro de sua boca, não mediu sua força e empurrou-a para longe. Geovana caiu sentada no chão, mas ainda assim continuou sorrindo.

Geovana: Adoro homens brutos. — maliciosamente ela levantou, tentando se aproximar novamente dele.

Arthur: Você perdeu a noção, Geovana? Está ficando louca? Eu não estou nem um pouco interessado em você. Não gosto de você e quero que fique longe de mim, sua maluca. A única mulher que me interessa está do outro lado do mundo, como você disse. Agora saia do meu quarto e suma da minha vida, vagabunda.

Geovana: Não ligo que me xingue nem se oponha, você vai ser meu, Arthur. Eu estou apaixonada por você e pouco me importo com sua mulher e seus filhos. — ela levantou do chão.

Arthur avançou novamente em cima dela, puxou ela com força, abriu a porta do quarto e a empurrou para fora. Havia um casal passando por ali e se assustaram ao verem a moça apenas de calcinha.

Arthur: Não olha mais para a minha cara, sua vagabunda. — dito isso, fechou a porta com força.

Ao olhar para o quarto vazio, fechou os olhos e passou a mão pelo rosto, respirando profundamente. Sua vontade de pegar o pescoço de Geovana e apertar até que ela não respirasse mais era grande. E quando se acalmou, pensou em Carla. Se ela descobrisse isso, ela o mataria. E ele não conseguiria conviver escondendo isso dela. Tinham jurado fidelidade e mesmo que não tivesse sido culpa dele, ela devia explicações à ela.

Arthur: Amor sou eu.

Ele sabia que mal tinha amanhecido no Brasil ainda, ainda mais pela voz sonolenta de Carla. Ela reclamou um pouco e ele só ouviu, sorrindo.

Arthur: Carlinha, tenho que te contar uma coisa. — ela pediu para que ele ligasse mais tarde, mas foi interrompida. — Aconteceu uma coisa. — ele fechou os olhos e apenas despejou tudo para sua esposa.

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Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora