Capítulo 169 :

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Carla: O que foi isso Thaís? — Ela estava seria.

Thaís: Não sei, devo ter batido em algum lugar. — deu de ombros e foi até a cama de solteiro ao lado de Carla, está que a olhava desconfiada.

Carla: Isso é hematoma, Thaís. — ela se aproximou e quando tocou o rosto, Thaís soltou um "ai". — O Rafael te bateu? — pela quentura da bochecha do hematoma, aquilo tinha feito recentemente. Olhou para a cunhada e ela respirou fundo. — Não acredito Thaís.

Thaís: Não se preocupe, eu dei um soco muito mais forte nele. — ela revirou os olhos e Carla balançou a cabeça negativamente, não concordando com aquilo. — E fui demitida.

Carla: O que?

Thaís: A família dele é dona da equipe que eu corro, ele me chantageou dizendo que se eu fosse atrás do Júnior ele me demitiria. — falou como se estivesse conformada, quando Carla sabia que aquilo estava deixando-a louca.

Carla: Ele não pode fazer isso.

Thaís: Na verdade ele pode, Carlinha. — deu de ombros. — Mas não me preocupo com isso, posso resolver depois. Tenho que me acertar com o Júnior primeiro. — ela sorriu e fez Carla também sorrir.

Carla: Você ama muito ele não é? — perguntou e viu Thaís perder o foco. Ela ficou calada, pensando naquilo.

Thaís: Acho que nunca amei ninguém, Carlinha. Achei que amasse o Rafael, mas hoje eu vejo que não era nada disso. Amor não termina do jeito que aconteceu hoje, nós nos agredimos Carlinha, isso não é amor. E pelo Erivelto, eu gosto dele muito, mas não sei, acho que nem sei o que é amar alguém.

Carla: Amar alguém é fazer exatamente o que você fez. Correr atrás da pessoa que vai fazer você feliz, mesmo que o mundo inteiro diga que você está errada. É se arriscar sabendo que ele estará lá com você no fim de tudo. E abdicar coisas em troca do outro. Você ama o Erivelto, Thaís. Isso é óbvio.

Ao terminar de dizer, Thaís não disse nada, ficou parada pensando no que Carla falou. Vendo que ela precisava de um momento para ela, deu um beijo na testa da cunhada e foi para sua cama. Queria descansar, amanhã seria um longo dia. 

As oito da manhã, partiram do aeroporto Heathrow diretamente para Cingapura. Pela noite mal dormida, Thaís acabou capotando assim que o avião decolou. Enquanto Carla mexia em seu computador de mão, tentando descobrir onde era o hotel que Arthur estava hospedado. A viagem demorou pouco mais de cinco horas e era de tarde em Cingapura, por conta do fuso, quando chegaram. Pegaram um táxi direto para o hotel em Marina Bay, local onde abrigava o circuito de rua da Fórmula 1. As ruas eram completamente limpas e a paisagem arborizada era maravilhosa.

Thaís e Carla ficaram encantadas e em pouco mais de vinte minutos chegaram na frente de um suntuoso hotel. Pagaram o táxi e foram direto para a recepção. Como Carla já tinha descoberto, os pilotos e escuderias ficaram naquele hotel mesmo e comprovou isso quando viu uma comitiva da Ferrari passando pelo saguão. Pediram um quarto e despacharam a única mala para ele, nem subiram e já decidiram que era hora de ir para o circuito e acertar a vida de ambas.

Pegaram outro táxi que, em cinco minutos, deixaram elas na entrada do circuito. Como sempre, tiveram que buscar a entrada dos pilotos e funcionários da equipe, pois não tinham ingresso. E ao chegar lá se deram conta que nem a credencial tinham. Carla fez sua faceta mais bondosa e chegou perto do segurança.

Carla: Esqueci minha credencial no hotel e minha cunhada também. Somos Carla Picoli e Thaís Picoli. — ela deu um sorriso.

O segurança olhou para as duas de cima a baixo. Ambas de short jeans e blusinha regata. O tênis de Thaís apenas piorava a situação de ambas.

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora