Arthur: O Piloto II 🏁

Capítulo 184 :

Arthur: Estou muito feliz de um profissional com sua pouca idade e tão qualificado como você, trabalhar na minha equipe, meus parabéns garoto.

Lucas: Muito obrigado senhor, faço o meu melhor. E quem me dera ser seu filho, seria um grande... Orgulho. — nem ele conseguiu dizer aquilo muito bem. As palavras saíram estranguladas.

Arthur se surpreendeu com aquilo, lembrando-se novamente de Lucas. Como gostaria que seu filho algum dia falasse aquilo para ele.

Lucas: Tenho que fazer mais alguns acertos no carro do Júnior, já posso ir?

Arthur: Claro que sim, tenha uma boa noite. — disse e viu o garoto sair quase correndo do escritório.

Arthur sorriu assim que viu a porta sendo fechada, ajeitou alguns papéis com a cabeça em Luigi, era gratificante ver um garoto com pouca idade tão empenhado em um trabalho como ele estava. Não era de hoje que sabia de todo o empenho que ele tinha com os carros, tanto nas corridas quanto na fábrica em Maranello. Vinha sendo muito elogiado por todos os funcionários e Arthur agora sabia o porque. 

Lucas mal conseguia andar direito de tanto nervoso após sair do escritório. Por mais que estivesse à beira de um colapso nervoso, estava satisfeito com o elogio que recebeu de seu próprio pai. Além é claro, de ter sido lembrado como filho, isso significava que mesmo após tudo o que fez, seu pai ainda não tinha o esquecido. Passando pelos corredores do motorhome, acabou ouvindo a voz de Alice em uma das salas. Ela estava deitada em um sofá, conversando com o namorado. A curiosidade foi muito mais forte e ele abriu a porta, aproveitando que eles estavam de costas para a porta e tentou ouvir a conversa.

Alice: Mas eu tenho medo...

Pela voz dela que Lucas conhecia muito bem, ela estava quase chorando. Podia ver em sua mente o rostinho triste e os olhos azuis ficando cristalinos pelas lágrimas.

Anthony: Você veio aqui para conversar com ele, não foi? Tem que ser forte o bastante e contesta-lo.

Alice: E se ele não me quiser? Se nem ligar para mim? Meu pai já me odeia, nunca me tratou como eu gostaria que ele me tratasse. E se o Rodolfo fizer a mesma coisa caso seja mesmo meu pai?

Ao ouvir aquilo, Lucas não pode conter sua boca sendo aberta em choque. Que história maluca era aquela agora?

Anthony: Você não vai descobrir, se não tentar, minha princesa. — ele segurou o rosto dela e lhe deu um beijo.

Lucas ao ver aquilo, sentiu seu estômago embrulhando. Era um dos seus piores pesadelos ver Alice beijando outro cara e agora estava acontecendo bem em sua frente e ele não poderia fazer absolutamente nada.

Anthony: Aproveita que ele está na sala dele agora, vai lá. — deu uma piscada para Alice que assentiu e respirou fundo.

No mesmo momento que Lucas viu ela levantando do sofá ele fechou a porta e se escondeu em uma das portas do corredor. Não demorou para Alice passar por ele e caminhar até a porta da sala de Rodolfo. Lucas ainda estava chocado com oque ouviu e por isso, seguiu Alice até a porta. Estava decidido que iria ajudar a garota até o fim, mesmo que ela nem fizesse ideia que ele estava fazendo algo por ela.

Alice bateu na porta e ouviu que podia entrar, assim que entrou e encontrou com Rodolfo a olhando estranhamente e um tanto surpreso, ela literalmente perdeu a coragem. Pensou em dizer que entrou na sala errada e sair correndo dali. Mas algo a prendeu era a vontade de descobrir por fim quem ela era realmente. Sua vida estava uma bagunça, precisava começar a se organizar de algum modo.