Capítulo 56 :

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Arthur: Dê o seu melhor. Fazendo isso você ganhará com toda certeza, filho.

Lucas estava no celular com seu pai, faltava pouco tempo para o começo da corrida. Horas antes, na qualificação, ficou em segundo. Do lado de fora da garagem, estava toda sua família, seus amigos e seu pai mesmo de longe torcia por ele. Não poderia decepcioná-los.

Arthur: E mesmo se não der, lembre que nós sempre estaremos aqui, independentemente de tudo o que fizer.

Lucas: Obrigado pai... Estão me chamando, tenho que ir. Quer falar com a mamãe? — ele olhou para Carla que estava ao seu lado, esperando que Arthur quisesse falar com ela.

Arthur: Agora não filho, tenho uma reunião. Boa sorte na corrida e estou aqui torcendo por você. — após mais uma despedida do filho, ele desligou.

Não queria falar com certeza, não brigaria mais ainda com ela, já bastava tudo o que estavam falando dele na mídia e ela o julgando, sem nem ao menos ter feito nada com Geovana.

Carla abaixou o olhar assim que viu o filho desligar o celular. Ele explicou dizendo que o pai tinha uma reunião e ela sorriu, assentindo. Nunca demonstraria para seus filhos que ela e Arthur não estavam bem. Seus problemas eram com Arthur, seus filhos não tinham que estar no meio. Estava magoada e triste. Seu nome estava em todas as revistas como a esposa traída e o que Arthur fazia? Se ofendia por ela ter pedido explicações. Era completamente sem sentido.

Thaís e Sarah durante os últimos dias ficaram ao seu lado, estava se sentindo completamente sozinha a cuidavam e lhe animavam. Não foi mais ao trabalho, nem sequer saiu de casa, o assédio da mídia era grande em cima dela, queriam uma explicação, um porque do "fim do casamento". Porque era isso que estava sendo colocado na mídia. O fim de seu casamento com Arthur, quando nem mesmo ela sabia se ele tinha ou não a traído. Mas hoje não era dia para isso, seu filho estava prestes a correr e se ganhasse, lhe traria grandes benefícios. Tinha que o apoiar e torcer, apenas isso.

Carla: Está nervoso? — perguntou, ajudando-o a colocar o macacão.

Lucas: Um pouco.

Carla: Sei que seu pai que deveria estar aqui te ajudando e falando palavras que te incentivasse, mas quero que saiba que não importa qual posição que chegar hoje, estarei sempre orgulhosa de você. Não só eu, como sua irmã, sua tia, seus avós, Sarah, seus amigos... Alice. — disse sorrindo e ele fechou a cara assim que ouviu o nome de Alice. — Não pense em nada, apenas na sua corrida. Deixe os problemas para depois.

Lucas: Você e o papai vão ficar bem? — os olhos dele miraram Carla e ela o olhou surpresa.

Ainda não tinha falado de nada o que estava acontecendo com ele, nem com Maria Clara. Era óbvio que eles viam tudo o que estava acontecendo pelas revistas, jornais, sites e pela televisão, mas em nenhum momento comentavam nada.

Carla: Lógico que sim, filho. Não acredite no que estão escrevendo, é tudo mentira. Seu pai está trabalhando, apenas isso. Agora não pense mais nisso, pense na corrida.

As palavras eram as mesmas que disseram à ela nesses dias. Que ele a amava, que estava apenas trabalhando, que era tudo mentira. Falava para o filho com uma certeza que nem ela mesma sabia que tinha.

Carla: Agora vá. Estarei lá fora torcendo por você. — deu um beijo na testa do filho e então saiu do box montado próximo à pista.

Várias pessoas passavam pelo box dele para lhe desejar boa sorte. Alguns fotógrafos estavam presentes e Lucas era a atração principal do evento. Era o filho de Arthur Picoli disputando uma corrida.

Em uma parte reservada do Kartódramo principal, estavam os convidados de Lucas. A área estava em frente à pista, com várias mesas por ali. Maria Clara estava ao lado de Marcos conversando. Do lado deles, Alice. Sarah e Thaís conversavam sentadas ao lado de Beatriz. José estava em pé, junto com Boninho. Em outro canto estavam Mara e Anne. Está que causou um clima horrível assim que chegou. Ao contrário do que todos imaginavam, Sarah abriu um sorriso enorme de deboche e voltou a conversar com Thaís. Em pé, perto da grade, estava Giulia. Com quem Alice fez questão de implicar, logo que a menina chegou.

Xxx: Olá. — A voz masculina ecoou pelo ambiente e imediatamente Thaís olhou para trás, a reconhecendo.

Era Rafael. Ela deu um grito e pulou em cima dele, o beijando na boca. Carla começou a rir com o ataque dela. Sabia que eles não estavam se vendo muito e que ela ainda estava confusa com a história de casamento, por isso ele se afastou dela e decidiu viajar por um tempo.

Thaís: Que saudades, amor! — o beijou mais uma vez, enquanto Rafael ria e Beatriz repreendia a filha. — Seu idiota, por onde esteve? Deveria terminar com você agora mesmo, me abandonou, me jogou as traças.

Rafael: Thaís... — a chamou, tentando fazer com que ela parasse de falar.

Thaís: É, eu devia terminar com você. Mas não consigo, bobão. — sorriu e o abraçou mais uma vez. — Não faz mais isso comigo, Rafael. Tive que ligar até para seu irmão perguntando de você. E você sabe que eu não estou nada feliz em falar com o Luan.

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Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora