Capítulo 151 :

461 62 89
                                    


Sarah: Você não me contou do seu caso com o médico bonitão.

Carla: Por favor Sarah... — revirou os olhos e Sarah colocou as mãos na cintura. Carla voltou a enxugar os pratos, enquanto Sarah lavava.

Sarah: Eu preciso saber Carlinha!

Carla: Sarah, ele é o meu médico e por um acaso do destino ele se interessou por mim e nós sei lá, temos uma relação estranha. É apenas isso. — falou como se fosse algo do cotidiano e foi a vez de Sarah revirar os olhos.

Sarah: Carla, até onde eu sei você se separou do Arthur e mesmo com esse fato, eu vi o modo como você ainda o olha. Você ainda é apaixonada por ele.

Carla: Eu finalmente aprendi que em uma relação não é o amor que basta apenas. O Arthur é o homem da minha vida, tudo que eu sempre sonhei, até o momento que ele passa a mal se importar com a minha felicidade e a me desrespeitar. Ele me traiu, mentiu, fez tudo o que eu mais odeio em uma pessoa. Não tenho mais como continuar com ele no meio de tantas histórias mal contadas, mal resolvidas. Eu não sou mais uma adolescente que aceita tudo pelo amor, que esquece das coisas para continuar vivendo um conto de fadas. Eu tenho que me preservar e me amar em primeiro lugar. Ele me expos para o mundo inteiro, eu passo na rua e as pessoas me olham como se eu tivesse morta, me olham com piedade porque meu marido me traiu com uma vagabunda e isso eu não posso aceitar. Quando nos terminamos quando ainda namorávamos, foi por causa que ele não aceitava que eu ficasse exposta para a mídia. E o que eu fiz? Mudei completamente, me escondi e me preservei de todas as maneiras, para no final, o meu marido aparecer com outra nas revistas e eu ficar como a traída desconsolada.

Sarah: Você não seria capaz de perdoar a traição e passar por cima de tudo para continuar com ele? — perguntou, assustada.

Carla: Eu aceitaria em outros tempos, porque colocava o amor acima de tudo. Mas hoje, não. Eu não perdoaria. Ele é quem está perdendo, não eu, Sarah. E sobre o Leandro, ele é um homem maravilhoso, lindo e gentil, foi um presente encontrar esse homem no meio de tudo isso. Mas Sarah, nada é mais igual. Eu acho que nunca vou sentir a mesma coisa que senti pelo Arthur. Infelizmente, o Leandro já deve estar percebendo isso. Eu não consigo nem aceitar a proposta dele de visitar seu apartamento. — deu de ombros enquanto Sarah começou a gargalhar.

Sarah: Você está perdendo de ter um Deus Grego na sua cama, porque ainda ama seu ex-marido e mesmo assim é orgulhosa de perdoar ele? Ai fica na seca, sem o Deus Grego do médico e o gostoso do Arthur. Você é uma idiota sabia? — ela disse e as duas começaram a gargalhar.

Era impressionante que nenhum assunto sério com as duas acabam sério e sim em gargalhadas. Ouviram então o barulho do vidro batendo no mármore da bancada e ao olharem para trás, estava Arthur colocando vinho na taça. As duas se olharam e Carla ficou vermelha.

Carla: Está aí desde que horas?

Arthur: Desde a hora que você falou que não consegue transar com o Deus Grego do seu médico porque ainda ama o gostoso aqui.

O sorriso malicioso dele, deixou Carla tão vermelha, mas tão vermelha, que não conseguiu falar nada. Sarah começou a ter um ataque de risos.

Carla: Saia daqui agora, Arthú. — fechou os olhos, falando com raiva. Sarah e Arthur riam escandalosamente. — Quer saber, eu que saio. Vou chamar meus filhos para irem embora.

Minutos mais tarde Carla se despediu de Alice e Sarah e entrou no carro vendo Arthur acenando ao lado da Ferrari reluzente dele ainda com o sorriso malicioso dele que a tirava do sério. Maria Clara e Lucas entraram no carro com ela, girou a chave e o motor roncou de um modo diferente, tremeu e logo morreu. Carla olhou para Lucas ao lado dela e ele negou com a cabeça. Ela tentou de novo e o carro respondeu da mesma forma e logo morreu novamente. 

Arthur: O Piloto II 🏁Onde histórias criam vida. Descubra agora