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• Matheus Narrando •

1 mês sem ela e a sua falta já é tão grande, destruidora, dolorosa, angustiante, torturadora.

Confesso que antes eu ainda ficava olhando pra porta e lhe esperando, eu ficava pensando "Ela vai chegar, ela vai dizer que tudo foi uma brincadeira", mas ela não chegou e nem vai mais chegar pois realmente aquele dia aconteceu. Ela foi embora...

Nos primeiros dias foram cruéis, eu acho que eu nunca sofri tanto na minha vida. Eu estava ficando paranóico, com certeza. Quando eu dormia, eu sonhava com essa guria. Quando eu ia dá umas voltas, eu via um casal e lembrava de nos dois. Minha vontade era matar todo mundo que estava feliz, porque se eu não tava feliz e com minha mulher comigo, ninguém poderia estar feliz.

Apenas nesse mês, eu matei mais de 20 pessoas inocentes, eu não me orgulho disso, pelo contrário, se a Jéssica souber disso ela vai me odiar ainda mais, mas eu precisava descarregar minha raiva em alguém.

Cada dia que se passava e eu via que ela não voltaria, eu me transformava.

Meus dias e noites se basearam em drogas e bebidas.

Eu não queria saber de mais nada, apenas queria Jéssica comigo novamente.

Mas eu sou burro! E acabei perdendo a mulher da minha vida, por idiotice minha, toda vez que eu me lembro o quão desgraçado eu fui, eu sinto vontade de me matar!

Já cheguei a tentar fazer isso, mas a Mariana chegou bem na hora, e depois disso ela não desgrudou mais de mim, pior que chiclete.

Faz 3 semanas que a Patrícia está morando aqui comigo e em uma noite que eu estava mais que bêbado acabei assumindo ela como fiel.

Resultado: Ela grudou e não me deixa mais respirar.

Decidi fazer uma resenha aqui no meu barraco hoje, chamei apenas os mais próximos.

Mariana, Arthur e Larissa estavam muito estranhos fazia alguns dias, e eu estava apenas observando eles...

Vi os três indo até o banheiro e se trancando lá dentro.

Suruba?

Patrícia estava em meu colo, pedi para a mesma sair que eu iria no banheiro.

Me aproximei do banheiro e ouvi os três numa conversa animada, tentei ouvir o que eles tanto falavam mas não consegui, então decidi me pronunciar.

— Qual foi? Vão ficar presos ai no banheiro mesmo? Tô de olho nos três cheios de segredinhos.

— Estamos indo, Matt. — Mariana respondeu.

— Acho que seis tão é fazendo suruba — digo rindo.

— Amor, o bebê tá chutando — Patricia diz se aproximando de mim.

Me viro pra ela e acaricio sua barriga, eu fico todo bobo quando meu filho meche.

Patrícia estava de 7 meses e sua barriga estava bem grande.

— Vamos sentar ali — diz me puxando novamente pra varanda se sentando em meu colo.

Fiquei ali acariciando sua barriga quando vi Mariana, Larissa e Arthur se sentando com uma cara de cú.

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