Não queira me conhecer

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• Matheus Narrando •

Já estava ficando tarde, quando decidi subir para o meu barraco.

Fechei minha salinha e sai da boca cumprimentando alguns dos caras que estavam ali.

Subi na minha moto, dei partida e subi o morro.

Cheguei na minha casa, guardei a moto na garagem e entrei dentro de casa.

Estava tudo em silêncio e apagado, o que me fez ficar desconfiado. Pois as meninas estavam aqui e silêncio com aquelas três não combinam.

Fui me aproximando da sala e avistei um monte de colchão na sala e a Jéssica dormindo enrolada em um cobertor.

Ela dormia tão serenamente que eu preferi nem acorda - lá.

Subi ainda em silêncio e com cuidado para não fazer barulho, antes de entrar no meu quarto escuto alguém chorar baixinho.

Me aproximo do quarto ao lado do meu e vejo Mariana chorando.

— O que foi? — pergunto me aproximando.

— Leandro... — diz com a voz falha por conta do choro.

— O que ele fez dessa vez?

— Ele me ligou... — diz suspirando fundo.

— E o que ele queria?

Geralmente, eu não tenho muita paciência para conversar não, mas com a Mariana é diferente. Ela é minha irmãzinha.

— Ele estava transtornado, disse que irá se vingar de todos nós, mas principalmente da Jéssica.

Jéssica?

Por que principalmente dela?

— Por que justo ela? — pergunto sem entender.

— É o que eu tô pensando... Ele também me disse que não estava sozinho.

— Droga! — digo dando um soco na parede.

— O que foi? — me olha com os olhos vermelhos de tanto chorar.

— Cj tá de volta, você acha que eles podem estar juntos?

— Pensei que ele estivesse morto!

— Todos pensamos que ele estava morto, mas infelizmente ele está mais vivo do que nunca.

— Ele vai querer se vingar de você, Matheus...

— Eu sei. Mas, não tem como ele me atingir com ninguém.

— Será ? — pergunta me questionando.

— Será o quê?

— Quem você quer enganar? Ta na cara que tá rolando alguma coisa entre você e a Jéssica... Talvez seje por isso que e o Leandro disse que iria se vingar dela...

— Não tem como Mariana, ninguém sabe sobre a Jéssica...

— Ah, então você assume que sente alguma coisa por ela?!