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• Juliana Narrando •

Sai do apartamento do Rodrigo praticamente correndo.

As pessoas me olhavam como se eu fosse uma louca, e hoje eu não estava me importando com o que essas pessoas estavam pensando ou achando.

Fui até o estacionamento do apartamento pegar o meu carro que estava ali.

Cheguei até o carro e me encostei no mesmo chorando.

Por que as coisas tem que ser tão difícil?

Abri o carro e me sentei no banco do motorista apoiando minha cabeça no volante.

Eu esperei por tanto tempo para ouvir um eu te amo do Rodrigo... E agora que finalmente ele me falou, eu não consigo acreditar!

Escuto a porta do carro abrir e rapidamente meu corpo é puxado para fora do carro, olho para a pessoa e vejo o Rodrigo me olhando com os olhos vermelhos.

Será que ele chorou?

Não. Não, ele nunca choraria por mim.

— Eu te amo! — diz me dando um selinho demorado — Eu te amo e não é pouco, é muito. Você é a mulher da minha vida.

— Rodrigo, eu já te disse... — tento argumentar.

— Eu sei o que você me disse — diz me interrompendo — Eu faço o que você quiser para provar que meu amor é verdadeiro e sincero. Olha pra mim — diz virando meu rosto pra ele — Quando fiquei sabendo que você tinha ido embora da viagem, eu enlouqueci e queria vir embora de qualquer maneira. Eu te chamei pra essa viagem comigo, pois eu queria que fosse A Nossa viagem, seria o nosso momento, eu nunca imaginei que aquela mulher fosse aparecer, pra mim ela não é nada! Eu amo você, apenas você.

— Eu vi vocês se beijando!

— Não. Ela me agarrou, eu não correspondi aquele beijo! Poxa Ju...

— Preciso pensar...

— Pensar o que? Eu te amo, você me ama... Isso tá mais que claro, você não acha? Me deixa te fazer feliz?!

— Só não minta pra mim. — peço.

Sem delongas Rodrigo me beijou e logo em seguida me abraçou apertado.

— Roubar um coração é caso sério, sua sentença é viver na mesma cela que eu. — canta no meu ouvido.

— Oooh oooh, não quero advogado, quero regime fechado com você amor — canto o refrão da música.

Sem que percebemos estávamos dançando juntos no meio do estacionamento e o pior sem música nenhuma.

Pela primeira vez na minha vida, não me importei com o que as pessoas iam pensar sobre mim. Naquele momento, só existia eu e ele.

— Vamos subir? — pergunta ainda me abraçando.

— Eu realmente preciso ir.

— Por que?

— Estou muita cansada, preciso descansar e também preciso saber aonde a Jéssica está.

Não queira me conhecer Onde histórias criam vida. Descubra agora