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• Matheus Narrando •

1 semana depois...

Finalmente, hoje eu sairei dessa prisão que é o hospital.

Eu não estava mais aguentando ficar nessa cama o dia todo sem poder me mecher direito.

Eu queria meu barraco, minha humilde residência.

Tive que ficar durante mais uma semana no hospital, pois meu estado de saúde tinha tido complicações, mas hoje enfim, o Doutor Raul decidiu me dar alta.

Nesse momento, estou deitado observando a Jéssica que estava arrumando minhas coisas.

Jéssica, ficou ao meu lado durante toda a semana. Ela nem queria ir embora para tomar banho direito, pois queria ficar aqui comigo.

Enquanto Jéssica arrumava minhas coisas, Arthur entra no quarto carregando uma cadeira de rodas.

— Fala viado, ainda bem que tu já tá de alta em meu irmão! — Arthur diz me cumprimentando.

— Por que dessa cadeira? — pergunto já bolado.

— Você tá conseguindo mecher as pernas? — pergunta se aproximando da cama.

Tentei mecher a perna mas não consegui, então balancei a cabeça negativamente me chingando de todos os nomes possíveis por não estar conseguindo.

Depois que eu recebi a notícia que seria pai, no dia seguinte, eu não consegui mecher as pernas. Por tanto, o médico preferiu que eu ficasse aqui no hospital durante a semana toda para fazer exames para ver o porquê de eu não conseguir me mecher.

Resultado: Todos os exames estavam ok!

E até agora é um mistério, minha perna não mecher, na verdade, eu não consigo nem sentir ela.

— Vai ser por pouco tempo. — Arthur diz.

— É amor, não desanima. — Jéssica diz se aproximando de mim e me dando um selinho.

No primeiro dia, eu não queria aceitar que eu não estava mechendo as pernas, ainda mais porque o resultado dos exames não tinham saído ainda, e eu poderia ter prejudicado a coluna ou algo do tipo, mas ao longo dos dias, com a ajuda da Jéssica consegui no mínimo "Ficar mais tranquilo".

— Vamos?

— Vamos! — Jéssica respondeu animada — Me ajuda a colocar o Matheus na cadeira? — pergunta para o Arthur.

— Negativo! Você vai ficar bem quietinha aí, você tá grávida e não pode se esforçar. — digo firme.

— Ah que frescura no rabo mano, para de graça, e vamos acabar com isso logo!

— Fica de boa Jéssica, eu consigo pegar ele de boa. — Arthur diz.

Jéssica bufou, e cruzou os braços nos olhando.

Arthur então se aproximou da cama e começou a tentar me tirar da cama todo desajeitado.

— Cuidado com ele, Arthur! — diz preocupada.

Não queira me conhecer Onde histórias criam vida. Descubra agora