Não queira me conhecer

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• Mariana Narrando •

Sai da casa da Jéssica, pedi um Uber que rapidamente chegou.

Em questão de minutos cheguei em frente ao morro.

Paguei o Uber e desci do mesmo.

Cumprimentei os caras que estavam na barreira e subi o morro apé mesmo. Como sempre subi falando com algumas pessoas.

Eu nasci e cresci aqui, conheço todos que aqui moram.

Eu deveria ir direto para minha casa, mas depois de todo o acontecido com meu irmão, faz alguns dias que eu não vou pra minha casa, e tô ficando na casa do Matheus.

Cheguei em frente a casa do Matheus e entrei na mesma já que eu tenho a chave.

Estava tudo em silêncio, com certeza aquele dorminhoco deve estar dormindo.

Como hoje é domingo, a gente sempre faz um churrasco.

Então vou ter que acordar o Matheus pra ele dar a grana né.

Subi até o quarto dele e ao abrir a porta, vejo o filho da puta deitado na cama com outra, mas especificamente, com a vadia da Patrícia que já deu para o morro todo.

Meu sangue ferveu nesse momento. Como eu queria saber atirar...

Entro pra dentro do quarto e fecho a porta batendo a mesma com tudo fazendo o maior barulho.

Matheus e a vadia se assustaram com o barulho e acordaram rapidamente.

— Mariana... — Matheus diz assustado se levantando. Filho de uma puta.

— Matheus, eu não tô acreditando no que eu estou vendo! — digo tentando manter a calma.

— Calma que eu posso explicar, por favor, não conta nada pra Jéssica.

— Pode explicar? — grito — Não é pra mim que você tem que se explicar não Matheus, é com a Jéssica.

— Por favor, não fala nada pra ela.

— Não sei qual dos dois é mais podre! Matheus, você pediu a Jéssica em namoro ontem cara, ontem! Você se ajoelhou, fez um discurso incrivelmente lindo pra ela e agora você tá na cama com outra? Como assim cara? Que amor é esse que você diz sentir por ela? — digo indignada.

— Eu amo ela!

Falso. Mentiroso.

Quem ama, não trai porra.

— Não! Você não ama! — grito — Quem ama não trai.

A vadia da Patrícia estava olhando pra gente com um sorriso de vitoria no rosto, mais Jajá eu acabo com esse sorriso...

— Calma — Matheus diz colocando a calça rapidamente — Vamos conversar!

Era visivelmente claro, o nervosismo do Matheus.

— Patrícia, pode ir embora, depois a gente se fala!

— Depois a gente se fala? — repito o que ele falou em tom de ironia — Nao, ela não vai embora. Antes eu preciso dar uma palavra com ela.