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• Jéssica Narrando •

Falar com o Matheus mesmo que seje por poucos minutos, me deu uma certa esperança que eu já havia perdido.

Ao desligar a ligação, começaram mais uma sessão de tortura. E como sempre eu só pensava no meu bebê, meu pequeno anjinho... E ao pensar nele meu peito dói, eu acho que ele não aguentou, acho que ele não esta mais aqui comigo, faz quatro dias que não sinto ele mexer e o tanto que eu apanhei e fui estuprada, praticamente impossível ele ainda estar vivo. Era doloroso pensar isso, mas não tinha pra onde correr.

Enquanto um dos caras estavam abusando de mim, entra no quarto um dos caras mascarados empurrando o cara que estava em cima de mim.

Eles nunca falavam os nomes, nem nada do tipo. O único nome que eu sabia era do Cesár.

— Sai daqui! — diz o homem mascarado.

— Ficou louco? Será que o César vai gostar de saber que tu tá defendo a vadiazinha aí? — diz o nojento que estava abusando de mim.

— Com o César eu me viro, agora rala daqui! — diz empurrando o cara.

Sei que esse cara mascarado também está envolvido em tudo que tá rolando comigo, mas agradeci mentalmente por ele ter tirado esse nojento de cima de mim.

Eu estava tão cansada...

— Você tá bem? — pergunta se aproximando.

— Eu pareço bem? — pergunto com raiva.

Pergunta mais idiota do mundo! Pergunta que ele nem devia me fazer vendo a situação em que eu me encontro.

— Eu vou dar um jeito de tirar você daqui... — diz se aproximando.

— E por que você faria isso? — levanto uma sobrancelha.

— Porque eu gosto de você. — diz direto.

— Eu nem sei quem é você, por que usa essa máscara?

— A gente se viu apenas 1 vez... Você nem vai se lembrar de mim.

— Me tira daqui... — suplico.

— Eu vou dar um jeito.

Não falei nada apenas olhei pra baixo encarando minhas mãos.

— Você tá com fome? Mas não dessas porra estragadas que eles te dão... De comida de verdade...

— Tudo o que eu queria... Comida de verdade...

— Vou buscar pra ti — diz saindo.

Fiquei encarando a porta ao ver o tal mascarado fechar a mesma.

Quem será que é ele? Por que ele traria comida pra mim?

Será que vão me matar mas antes vão deixar eu comer bem, tipo, comida de verdade?

Alguns minutos depois o tal cara entra no quarto novamente com várias sacolas.

— Aqui — diz se sentando no chão comigo e tirando as coisas da sacola.

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