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• Matheus Narrando •

Encarei sério a Mariana e fiquei me perguntando o que foi isso tudo que acabou de acontecer, ela ficou doida?

— Você ficou maluca, porra? — grito bravo.

— Você que está maluco, Matheus. Eu não acredito que você continua pegando essa vadia. — esbravejou irritada. Mariana não gosta de nenhuma mina que eu pego.

— Cuida da sua vida, caralho!

Eu tô a ponto de explodir com tanta raiva. Louco de vontade de gozar e essa filha da mãe me atrapalhou, puta que pariu.

— Se não fosse pela Jéssica, eu não estaria aqui. Com certeza, eu deixaria você se fuder sozinho. — diz com a voz falha.

Alá, ja vai chorar. Ela faz a merda e depois chora.

— O que tem a Jéssica? — pergunto e acabo demonstrando preocupação demais no meu tom de voz. Merda.

— Ela gosta de você!

— De novo com essa história? Para de inventar coisas, Mariana...

— Eu não tô inventando nada, quando vocês terminaram de conversar a Jéssica foi até meu quarto e me falou sobre a conversa que teve com você e acabou assumindo que gosta de você. E você vai estragar tudo, mano?

— Você sabe o que eu penso sobre isso... — digo abaixando a guarda.

— Tá na cara que você também gosta dela. O que falta pra você deixar esse orgulho idiota e ir se declarar?

— Não é fácil assim como você pensa... — suspiro.

Só eu sei os meus monstros internos.

— O que não é fácil? Me fala, então!

— Você sabe que eu sou traficante e se ela ficar comigo ela viverá em perigo constantemente.

— Eu sei e eu disse isso pra ela, e sabe o que ela me respondeu?

— O que? — pergunto curioso.

— Ela disse que não tem medo de nada disso... Ela também me disse que nunca sentiu tanta vontade de ter um relacionamento com alguém, como ela tem vontade com você. Chega de ficar com essas putas aqui do morro, tá na hora de você começar a ficar com uma mulher de verdade! Ta na hora de você criar vergonha na cara, Matheus.

— Não quero colocar ninguém em perigo, entenda isso.

— Para de ser babaca, mano. — diz andando de um lado para o outro.

— Depois eu converso com ela. — digo apenas para a Mariana me deixar em paz.

— Depois, mano? — pergunta indignada — Depois o café esfria, depois a prioridade muda, depois o encanto se perde, depois a saudade passa... depois tanta coisa muda... Não deixe nada pra depois, porque na espera do depois, você pode perder os melhores momentos, as melhores experiências, e os melhores e mais sinceros sentimentos.

— Nossa... Mariana filósofa. - debocho.

— Enfia esse deboche no cú junto com a porra do seu orgulho e vai falar com a Jéssica! — diz autoritária.

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