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• Jessica Narrando •

Quatro meses depois...

Hoje eu iria descobrir o sexo dos meus bebês. Sim, eu estou grávida de gêmeos. Não preciso nem dizer que eu quase tive um mini infarto ao saber, mas hoje posso dizer que estou completamente feliz e realizada.

Essa gestação está sendo bem tranquila, ao contrário da minha primeira... Graças a Deus!

Durante esses meses eu procurei não falar muito com o pessoal no Brasil, eu decidi me afastar um pouco. E eu sinto tanta falta dos meus amigos, eles são minha família também.

Todo santo dia o Lucas fica me dizendo que eu tenho que falar com o Matheus e blá blá blá, porém eu já tomei minha decisão e nada nem ninguém irá mudar minha opinião.

Quando eu liguei decidida em contar pra ele sobre a gravidez, ele disse para a Patrícia que eu não era ninguém e aquela ligação com certeza foi o fim pra mim! E se eu sou ninguém na vida dele, pra mim ele também será ninguém, e na vida dos meus filhos também! Eu e meus filhos não precisamos de migalhas. E eles serão muito mais felizes comigo, longe de toda confusão que é o pai deles.

Conversei com a Mariana ontem, depois de duas semanas... Ela me liga todo dia, mas eu estava evitando atendê-la. Na conversa que tivemos ontem, ela deixou escapar que o filho do Matheus com a piranha nasceu e que o Matheus tava bem feliz com a chegada do baby. E eu sinceramente fico feliz por ele, eu quero que ele seje muito feliz!

Balancei minha cabeça afastando alguns pensamentos e terminei de me arrumar para ir ao médico.

Todos estavam um pouco ocupados demais... Camila e Lucas estava trabalhando e Vinícius estava com sua mãe no hospital ou seja, terei que ir sozinha ao médico e pior terei que ir a pé.

O consultório não fica longe daqui e o doutor me aconselhou caminhar e andar bastante para me exercitar. Facilita na hora do parto normal.

Minha barriga estava muito grande para cinco meses e o médico estava um pouco preocupado com isso.

Saio de casa rapidamente, fechando a mesma e caminho em direção ao consultório.

Sabe quando você tá com uma sensação que alguém está te seguindo, te observando? Pois bem, eu estou assim nesse momento. E da última vez que senti isso realmente tinha alguém me observando e deu em tudo que deu lá no Brasil.

Olho para todos os lados e não vejo ninguém suspeito, então continuo a andar.

Lembrei de quando eu fui sequestrada no Brasil, e automaticamente fiquei com medo.

Não quero nunca mais passar por isso na minha vida.

Eu nunca vou esquecer aquele dia. São marcas que vão ficar eternamente em mim.

Enquanto caminhava até a clínica, comecei a procurar meu celular para ligar pro Lucas, até que alguém acaba esbarrando em mim.

— Oh caralho, desgraça tá cego porra? — praticamente grito.

— Foi mal, estressada.

Olho pra pessoa e não consigo acreditar que esse ser está aqui.

— Ah é você... Pensei que você morasse no Brasil. — digo desconfiada. Era o carinha que estranhamente me seguia, o tal do Cadu.

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