Não queira me conhecer

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• Juliana Narrando •

Se antes eu desconfiava, agora eu tenho certeza. Minha irmã está perdidamente apaixonada pelo Matheus.

Só espero que ele fique bem e que nada de ruim aconteça com ele.

Enquanto doutor André examinava a Jéssica, orei baixinho pedindo a Deus para proteger minha irmã e o Matheus.

— Bom, aparentemente ela está bem. O desmaio foi pelo choque da notícia mesmo, porém eu acho melhor amanhã vocês levarem ela ao hospital para fazerem um exame... — André avisa.

— Claro. Obrigada, André. — agradeço.

— Vocês sabem qualquer coisa me liguem, por favor.

Assenti e acompanhei o Doutor até a porta da saída.

— Não é nada grave mesmo né? — pergunto encostada na porta.

— Vamos fazer alguns exames primeiro ok?

— Ok. Novamente obrigada, André! Não tenho como te agradecer por ter deixado tudo pra trás e vindo aqui nos atender...

— Tem sim. — diz sorrindo — Me passa o número da morena?

— Quem? A Mari?

— Não sei o nome né, mas a única morena ali que eu não conheço...

— Eu não tenho o número dela, mas vou conseguir e te mando por mensagem.

— Ok, vou aguardar. Até amanhã, então.

Nós despedimos com dois beijos no rosto, esperei o doutor André dar partida no carro e fechei a porta entrando pra dentro de casa novamente.

Doutor André é um médico novo, ele deve ter mais ou menos a minha idade, não sei ao certo. Ele é muuuuuito gente boa, e pelo jeito ele gostou da Mariana.

Subo as escadas novamente e vejo a Jéssica se mechendo dando sinais de que estava acordando.

• Jéssica Narrando •

Acordo sentindo minha cabeça latejar, olho para os lados e vejo algumas coisas embaçadas, escuto vozes no fundo mas não consigo identificar que barulho são esses...

Tento me levantar mas é em vão, deito novamente colocando a mão na cabeça.

— Fica deitada aqui mais um pouco, você ainda está meia tonta. — Lucas falou me segurando.

— Ela já é tonta desde quando nasceu, impossível ficar mais.. . — Larissa zoa.

Mesmo ainda não estando 100% bem, escuto o que o Larissa falou ao meu respeito e dou um riso fraco.

— Já foi dar hoje? — pergunto fraca.

Antes que ela me respondesse sinto uma pontada forte no pé da barriga.

— Aí — digo colocando a mão no lugar da dor.

— Pra você aprender a não falar ao meu respeito.