Real Vivência [M] - Livro 3

um.

Yan 💨

Sábado era o dia que eu não fazia porra nenhuma, acordei e vi a Liz do meu lado, deve ter entrado aqui pro meu pai não falar merda pra ela.

Sento na cama, balançando ela.

- Vai Liz, vaza logo. - olho ela abrir os olhos. - Anda Liz.

Liz: cala a boca Yan, minha cabeça tá doendo - ela colocou o travesseiro no rosto.

- Olha pra minha cara de quem liga, saiu porque quis. - empurro ela da cama. - Sai logo e fecha a porta.

Liz: Puta merda Yan, chatão você - ela me olhou meia tonta - Tá assim por que tá boladão terminou com ela? - ela cantarolou sonolenta.

- vai se resolver com seu pai, já aviso que ele está bem bolado. - levanto abrindo a porta pra ela sair. - Nem a Ariel está acalmando ele, boa sorte encrenca.

Liz: O que ele falou? - ela prendeu o cabelo e juntou as coisas dela do quarto - Por que tu não foi ontem?

- Porque não sou desocupado. - falo sério.

Liz: Tu estuda de manhã Yan para cara nada a ver - ela parou na minha frente - Peguei um dos seus amigos ontem, mais ou menos esperava mais - ela olhou o corredor.

- Seu pai já está sabendo de tudo que você fez ontem. - olho pra ela. - Por favor Liz, não tô afim de conversar hoje

Na real mesmo, eu estava só com ciúmes da preocupação dele com ela e comigo nada.

Dos três filhos eu sou o esquecido, não importa o que eu faça.

Liz: Ih tchau insuportável - ela deu ombros e saiu pro quarto dela.

Cansado de dar cobertura toda vez que ela faz alguma merda, já estou estudando pra ir embora de casa, está cada vez mais perto.

Tomo banho rápido e me visto colocando uma bermuda preta com a camisa azul, saio do quarto vendo meu pai fazendo o café da manhã e minha mãe com a Ariel no sofá.

Pietra: bom dia, filho - ela falou me procurando.

- Bom dia mãe. - olho os cabelos da Ariel iguais os da minha mãe, o rosto era todo do meu pai. - Fala minha princesinha.

Pietra: Tá toda dengosa por que tomou vacina, tá chorosa tá aqui - ela passou a mão no cabelo dela - Não tá falando com teu pai? - ela falou baixo.

- Ih tá chatinha então - neguei - Não vou forçar conversa com quem não quer, ele já está preocupado e ocupado com a Liz.

Pietra: Yan não começa com isso, sua irmã é caótica por isso ele fica em cima - a Ariel ficou fazendo bico pra mim - Vai pra onde sábado cedo?

- Pra dar atenção pra um, não precisa deixar de dar pro outro. - nego, rindo nervoso. - Você não entende porque meu avô deu atenção igual mãe, vou na Ohana. - dou as costas.

Pietra: Me avisa quando chegar filho - ela falou olhando pra mim.

- Certo dona Pietra. - faço joia com a mão, segurando o celular .

Cheguei rápido na casa da Ohana que era mó pertão da minha.

Abro a porta sem bater mesmo, já era de casa.

- Tem comida aqui nunca? - falo alto, lembrando que a maioria das vezes eles vão em casa.

Ohana: NÃO - ela gritou lá de cima - sobe aqui.

Subo direto pro quarto dela.

- ta bem? - pergunto entrando no quarto.

Ohana: Que cara é essa sua? - ela me olhou saindo do banheiro.

- Nada ué só tô te olhando - falei de braço cruzado.

Ohana: Tá mau humorado por que? - ela me olhou sentando na cama.

- Mesmo de sempre. - puxo ela pela mão, passando os braços na sua cintura. - Tá cheirosa.

Ela alisou meu cabelo e me fez olhar pra ela.

Ohana: Tomei banho tava com cólica, a noite foi estressante - ela ficou me olhando - me fala vai.

- Liz, meu pai. - nego. - O que você fez ontem? Quer alguma coisa? - olho pra ela, sem soltar do meu braço beijando sua testa.

Ohana: Meu a Liz causou de uma maneira absurda ontem, ficou trilouca de bala, um caos best sério - ela encostou a cabeça no meu peito - Além de passar raiva com sua irmã? peguei um boyzinho chato, que queria me levar pro carro me estressei, por que você não foi ? - ela semicerrou os olhos.

Fecho a cara, respirando fundo pra não demonstrar demais.

- Faculdade, muita prova. - minto, passsando a mão no cabelo dela.

Ohana: Você tá com alguém e não tá querendo me contar Yan Perrini - ela fechou a cara - Você não me chama pra estudar mais, eu em - ela encarou.

- To muito ocupado. - desvio o olhar, soltado ela.

Ohana: Você tá estranho Yan, ei - ela me puxou pela camisa - vai mentir pra mim? Vamos conversar branquelo, comigo pode poxa.

- Deixa de coisa, tô normal. - finjo um sorriso, sentindo as mãos dela na minha camisa.

Era foda, foda demais mesmo, ouvir os caras que ela ficou e o que ela fez enquanto eu gosto dela.

Evitava até de ir pra não ver, mas mesmo assim....

Ohana: Aí você tá chato comigo Yan, mais tudo bem quando quiser falar eu tô aqui com você - ela olhou nos meus olhos - Vai me buscar pra ir pra faculdade com você segunda ou tua ficante não deixa? - Ela jogou verde.

- Sempre te busco Ohana. - nego com a cabeça, serinho, me jogando na cama. - Você é prioridade.

Ela sorri toda felizinha me ouvindo, se jogando do meu lado.

Ohana: me promete uma coisa? - ela me olhou.

- Fala ai. - olho nos olhos dela.

Ohana: Nunca vai me trocar por nenhuma namoradinha sua? Eu nunca te troco se sabe - ela ficou me encarando.

- Prometo. - gesticulo com a mão.

Ohana: Vai pro baile hoje? - ela mexeu no celular.

Nego com a cabeça.

- Se der apareço por lá, não prometo nada. - olho pra ela, já toda animada.

Ohana: Se você não for pra ficar em casa eu fico com você, mais vamos vai tu tá estudando demais - ela passou a mão no meu rosto.

- Você sabe que não gosto de lugar assim. - olho pra ela. - Vou tentar ir, ficar um pouco.

Ohana: Por mim vai, a gente volta junto pode ser ? - ela sorrio pra mim - Se não quiser ir pra tua casa tu dorme aqui, meu pai nem liga de você.

Concordo com a cabeça, me dando por vencido.

Eu fazia as coisas pra agradar ela sem nem perceber, ele tinha um poder absurdo sobre mim e nem tinha noção disso.