Ohana 🫦
Sábado era dia obrigatório de baile faça chuva ou faça sol, aliás era o único dia que meu pai liberava de ir, nos outros dias a gente ia pra pista mesmo.
Se meus cachos estão lindos minha autoestima sobe uns cem por cento, e hoje eles estão perfeitos.
Vi a Liz chegar no baile com a cara amarrada dela de sempre, e ela veio toda brava pra perto de mim.
Liz: Tô proibida de usar ou beber qualquer coisa. — ela cruza os braços, negando com a cabeça.
— Você ontem exagerou Liz, quis pegar coisa com vapor daqui — fiz que não com a cabeça.
Liz: O meu pai não tem esse direito. — ela bate o pé, fazendo um bico enorme. — Você poderia comprar pra mim.
Olho pra ela incrédula e faço que não.
— Tá louca né Liz? Meu pai me quebra no meio cara, e você pode para de usar essas coisas — olhei o Andrezinho sorrindo pra mim — Vai beijar cara.
Liz: Ele nem vai saber. — ela fala olhando pra entrada. — Meu pai está em casa com a Ariel e minha mãe. — ela revira os olhos. — O seu pai não vem também.
Cruzo os braços pra ela e respiro fundo.
— O que você vai querer ? eu tô perguntando não tô dizendo que vou comprar — vi o Andrezinho subir no camarote.
Liz: O mais forte que tiver. — ela olha pra pista. — vou ir lá, beijo. — ela acena se afastando.
Ela literalmente não tinha medo do pai que tem, até por que todo mundo no morro tem, até eu e olha que é meu padrinho.
Vi o Andrezinho chegar perto de mim e sorrir com o fuzil nas costas.
— Olha quem veio falar comigo, só sabe mandar mensagem no insta — falei sorrindo pra ele.
Andrezinho: Seu pai é chefe né. — ele olha pros lados, beijando o canto da minha boca.
— Para pô pode falar comigo sempre, fica na porta da minha casa e nem me fala oi, tudo errado cara — tomei um gole do meu gin.
Andrezinho: Vai dar moral? — ele ri, ajeitando o fuzil e chega mais perto murmurando no meu ouvido. — Tá gostosa.
Dou risada olhando pro lado.
— Depende né André — encaro ele bebendo meu gin — Essa é a intenção.
Andrezinho: Bora pô. — ele passa a mão no meu corpo, dando uma subida no vestido, passando a mão pra minha bunda. — tô te palmeando a mó tempo.
— Aqui você vai arrumar problema se sabe né — virei meu copo de uma vez olhando pra entrada do camarote.
Andrezinho: Bora lá. — ele segura minha mão, me levando pra um beco escuro do lado do baile.
O André era um boy que eu queria ficar mas não tava no plano de transar, saímos do baile e eu bati de frente com o Yan.
O Yan me encara com uma expressão séria e feia, negando com a cabeça enquanto intercala o olhar em mim e no André, saindo sem falar nada.
Andrezinho: Moleque estranho. — ele nega, me puxando pro beco e chupando meu pescoço.
— Calma boy — sorrio desconfortável pra ele ajeitando meu vestido.
Andrezinho: Que foi? — ele me encara, descendo a mão pra minha bunda novamente.
— Tá empolgado né? — mexi no meu cabelo — Tá com pressa? — Puxei ele pela camisa pra perto de mim.
Andrezinho: Tô nada. — ele olha nos meus olhos sorrindo, deixando a mão na minha bunda.
— Quer me pegar mais nem me beijou, tudo errado cara — falei rindo.
Ele nega, aproximando a boca da minha.
Andrezinho: Tô na sua intenção po. — ele aperta minha cintura, pedindo passagem com a língua.
Boy com iniciativa eu curtia porém desesperado me brochava, tipo agora.
Dei a passagem com a língua e o beijo foi gostinho, mais a mão dele tava muito rápida pro meu gosto.
Ele subiu a mão por dentro do meu vestido subindo mais ele, descendo os beijos pro meu pescoço.
Peguei a mão dele levando pra minha cintura, e apertei.
— Segura a onda Andrezinho — falei afastando o fuzil de mim.
Andrezinho: Qual foi? Você não queria não? Agora tá dando pra trás. — ele me encara.
Encarei ele séria e cruzei os braços.
— Eu queria? Não tô te entendendo André — abaixei meu vestido — vamos pro baile André.
Ele assente abaixando e pegando meu copo, dando na minha mão com um sorriso sínico no rosto.
Andrezinho: Bora lá.
Tomei o restinho do meu gin e encostei no carro que tava ali.
— Pode ir eu já vou André — falei seria.
Andrezinho: Te espero, tá bem? — ele me olha.
— Uhum — falei com a cara fechada — Quer ir pro baile pode ri, eu me viro aqui — peguei meu celular não enxergando muito.
Andrezinho: Fico aqui com você. — ele encosta no carro.
Senti minha cabeça girar e minha visão ficar turva.
— André me leva pro baile por favor — falei ofegante.
Andrezinho: Relaxa pô. — sinto a mão dele na minha cintura.
Meu corpo tava meio dormente minha boca tava seca.
Envolvi meus braços no pescoço dele.
— Me leva por favor — senti minha fala ficar mais lenta.
Andrezinho: Depois te levo.
Senti a mão dele vagar no meu corpo, mais eu tava dormente não conseguia me defender.
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Real Vivência [M] - Livro 3
Fanfiction+18 📍Morro da Pedreira - Rio de Janeiro. Quando somos crianças nossos pais desejam tantas coisas pra nós, mas quem conduz nossa vida é nós mesmos isso que é complicado. As vezes tão iguais ao mesmo tempo tão diferentes, nem sempre a mesma aparênci...