vinte.

613 41 13
                                    

Yan 💨

Minha cabeça tava doendo e as coisas tava estranho, tinha uma menina bonita pra caramba no meu quarto falando que era minha namorada e eu não conseguia lembrar.

Sai do banho secando a cabeça e vendo ela ali, toda sorridente.

— você ainda está aí. — olho ela, sentada na minha cama.

Ohana: Eu durmo aqui com você quase sempre, olha essas fotos nossas — ela trouxe pra perto de mim — É a gente.

Pego as fotos, olhando uma por uma era eu nelas, mas eu não me lembrava de nada…

Ohana: Lembrou amor? A gente se conhece a vida inteira — ela falou sorrindo — Você que tirou meu bv — ela deu risada.

Nego com a cabeça, vendo os olhos dela encherem de lágrimas.

— me desculpa….

Ohana: Tá tudo bem, é só por hoje — ela fungou indo pra perto da cama — vem deitar você precisa descansar.

— Nós vamos dormir juntos? — aponto pra nós dois.

Ela assente com a cabeça se sentando na cama.

Ohana: A vida inteira quase foi assim — ela falou baixo.

— você se importaria de ir embora, só hoje? Eu, só preciso pensar… um pouco, desculpa. — olho pra ela, coçando a nuca.

Ela me olhou com os olhos cheios de água deixando escorrer, ela limpou rápido e levantou.

Ohana: Não, não Yan, vou sim sem problemas, só vou pegar umas coisas — ela falou com voz de choro.

— Tudo bem… obrigado. — olho ela mexer em algumas coisas pegando, enquanto me sento na cama.

Ela encheu uma mochila e sorrio fraco.

Ohana: Eu vou descer tá? Tchau e melhoras Yan — ela falou chorando com a mochila na mão — Você tem que jantar agora, por que tem remédio pra tomar daqui 20 min — ela falou fungando.

— Obrigado pela preocupação… tchau Ohana. — aceno com a mão vendo ela sair do quarto.

Liz: Yan vem comer otário — a Liz gritou — Ohana que foi...

Ouço a voz da Liz, negando com a cabeça, tomo o remédio e coloco os fones, começando a ler minhas anotações, com o fone no ouvido.

Ouço o barulho da porta e meu pai passar bolado por ela, me fazendo tirar os fones.

Caos: Tá louco cuzão do caralho? — ele fala alto. — Uma parada é tu não lembrar da garota, a porra da casa é minha, jaé? — ele gesticula com a mão. — Ela tá grávida de tu, tu respeita o bagulho, tu não lembra mais ela tá, se acontecer alguma parada com a cria ou com ela eu te amasso se ligou não?

— Qual foi pai, eu não maltratei ela não, só pedi pra ela ir embora — encarei ele — A menina ia ficar aqui e eu não ia lembrar nada dela, é pior pô — falei tentando puxar ela na mente.

Caos: Criei tu dessa forma não. — ele aponta o dedo na minha cara. — Tá vendo a porra das foto aqui não? — ele joga o álbum na minha cara. — Escreve o que tô te falando, se acontecer alguma parada com ela ou com a cria vai ser cobrado de tu.

Encaro ele olhando o álbum, que merda eu não lembrava.

— Eu não sei nem o que aconteceu comigo, acordei no hospital com uma garota falando que tá grávida e namora comigo, nem disso eu lembro — mostrei a aliança — Então deixa ela longe de mim e não vai acontecer nada.

Caos: repete da forma que tu falou comigo se tu for homem. — ele se aproxima de mim, apertando meu braço. — Tá tirando caralho, faço tu esquecer ate que nasceu da minha porra com o murro que tu vai levar na cara, filho da puta.

— É só deixar ela longe ... — repeti e vi a Liz entrar no quarto rápido.

Liz : Pai para se não vai tudo ficar pior por favor — ela entrou no meio do meu pai e eu.

Quem é essa menina que geral considera nessa casa, minha namorada só?

Só senti o impacto do soco que meu pai deu em mim.

Caos: Passa longe de mim, tô cheio de ódio da tua cara. — ele se vira pra dar outro quando minha mãe entra no quarto gritando.

Pietra: Lucca é o Yan para caralho — ela gritou com meu pai, passei a mão no nariz sentindo o sangue descer.

— Tá maluco — a Liz colocou a mão na minha boca .

Liz: Cala a boca porra — ela me fez sentar na cama.

Caos: Abre o caralho da tua boca pra me responder. — ele aponta o dedo na minha cara. — Filho da puta do caralho, se ta fodido comigo Yan, se liga não pra tu ver. — ele solta o braço da mão da minha mão, abaixando a mão de soco só quando a Ariel começa a chorar, saindo do quarto.

Liz: Meu tá louco de responder ele? Essa função é minha — ela falou passando um algodão no meu nariz.

— Quer levar na cara também? — faço cara de dor com ela passando o algodão no meu nariz, vendo minha mãe perdida em pé. — Tá bem mãe?

Liz: Cabeçudo esqueceu que seu pai se torna o Caos quando respondem ele? — ela passou mais fundo, me fazendo afastar.

Pietra: Yan eu quero te bater de raiva, tudo que não bati quando criança — ela passou a mão no cabelo preto dela — a Ohana foi embora chorando caralho — minha mãe não falava palavrão quase nunca.

— Eu não tenho culpa, eu não lembro dela! — falo alto, sentindo a Liz apertar meu nariz. — Ai!

Pietra: Escuta uma coisa você vai ir pedir desculpas e aperta essa merda Liz — ela saiu batendo a porta.

Ouço o barulho da porta da frente batendo com força e o barulho do carro do meu pai se afastando.

— não me olha assim Liz, a culpa não é minha. — nego, sentindo ela apertar.

Liz: Ela te ama mais que tudo Yan, faz um esforço vai — ela enfiou um bolo de algodão no meu nariz — Nem que seja um bombom, Rafaello Yan é o preferido dela — ela falou saindo do quarto.

Me deito na cama, sentindo meu nariz latejar.

Pensando se deveria ou não fazer o que a Liz falou por uma total desconhecida.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora