Noventa e cinco

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Allan | LK 🎯

Tava tentando entender o bagulho que aconteceu, a Maitê tava toda caladinha, a casa tava do jeito que ela tinha falando que queria.

Ela tava deitada no sofá da sala com duas cobertas.

Passo a mão na cabeça, falando no celular com uma caralhada de gente e já tava na mão que um dos integrantes estavam junto.

Maitê: vida — ela espirrou encolhida na cama.

Ergo o olhar pra ela, desligando o celular.

— Tô aqui. — aproximo dela, pondo a mão na sua cabeça vendo que estava quente pra caralho.

Maitê: Você já comeu? tem que por uma blusa — ela tirou um cobertor me dando.

— Vem, vou por tu no chuveiro. — tiro a coberta dela. — Tu tá fervendo.

Maitê: Não precisa se preocupar amor, tá tudo bem, só tô com frio — ela puxou a coberta de volta — deita aqui comigo.

— Vem Maitê Perrini. — levanto ela do sofá que está toda mole. — Depois deito com você.

Ela se agarrou em mim toda mole queimando de febre.

Ela teve febre a madrugada toda e era 13:00 agora não tinha mudado.

Maitê: você tá com frio? — ela falou toda encolhida.

— Não amor. — coloco a mão na testa dela, vendo ela quase sumir nos travesseiros da cama. — Vou fazer uma sopa pra você.

Maitê: Deita comigo amor — ela falou fungando — eu tô melhor — ela tossiu.

Passei a madrugada e boa parte manhã intercalando entre ficar com ela e resolver esse bagulho do comando.

Os pais dela ficaram de vim pra cá na semana que vem, já que a mãe dela tem consulta nessa, mais geral tá sabendo do ocorrido.

— Você tem que comer amor, pelo bebê e por você mesmo pra melhorar logo. — pego o remédio na cômoda do lado da cama, dando pra ela.

Maitê: Pode ser um leite quente com bolacha? Por que não tô com fome, mas quero comer pelo bebê — ela tomou o remédio encostando em mim, tossindo pra caralho.

— Pode amor. — concordo com a cabeça. — Quer descer ou que eu pegue lá embaixo? — pergunto, acariciando o cabelo dela.

Maitê: Eu desço com você amor, não precisa me olhar assim — ela alisou meu rosto toda mole — Foi a Karine né? — ela falou se levantando enrolada na coberta.

Faço careta, assentindo com uma vergonha do caralho.

— Teve ajuda de um parceiro do comando. — pego ela no colo, descendo pra sala, ponho ela no sofá, indo pra cozinha.

Ela sentou no sofá toda enrolada na coberta, parecia uma menina de 15 anos ou menos.

Maitê: Eu tenho medo dela amor — ela falou baixo tossindo — E do que ela pode fazer comigo e com nosso bebê — ela respirou fundo.

Tinham levado o celular dela ou seja ela tava literalmente só comigo aqui.

Respiro fundo, esquentando o leite pra ela e colocando as bolachas em um prato, junto umas fruta.

— Ela não vai fazer nada, errei ontem mais não vou errar mais. — entrego a caneca e o prato com as bolachas e as frutas.

Ela pegou a caneca negando com a cabeça.

Maitê: Você não errou em nada, protegeu eu e nosso bebê até o último minuto, né grudinho de amor ? — ela chamava nosso bebê de grudinho de amor, por que eu falava que ela era meu grude — quer deitar no meu colo um pouquinho só enquanto eu como? — ela jogou o cabelo pra trás tossindo.

— Tá querendo me passar gripe amor. — dou risada, deitando a cabeça nas pernas dela, beijando sua barriga que cada vez crescia mais, não sei se era pelo fato dela ser pequena que aparecia mais.

Ela comeu as bolachas rindo baixo.

Maitê: Pra você ficar deitado com a gente né — ela não reclamava de nada nem de tá sem celular que era o bagulho que ela adorava — Meus pais vem? — ela comeu uma uva fazendo careta.

— Semana que vem, essa sua mãe tem consulta. — murmuro baixo, passando a mão na barriga dela, ela tava quente, só que não tanto quanto antes.

Maitê: Eu tive o primeiro desejo vida — ela falou baixo — Hoje de manhã mas você tava ocupado no telefone não ia interromper — ela sorriu passando a mão no meu cabelo.

— De que? Era só falar pô. — nego com a cabeça.

Maitê: Allan não fica bravo comigo, eu até dormi depois — ela encostou no sofá — Sua vida era toda tranquila amor depois que eu cheguei nela já te arrumei um monte de problema, não ia ser um desejo que eu ia atrapalhar mais uma coisa — ela encostou a cabeça no sofá.

— Desejo do nosso filho, vocês em primeiro lugar tava no telefone porque você estava dormindo. — nego, entendendo o lado dela. — E a culpa dos problemas não é seu é daquela desgraçada.

Maitê: Tá tudo bem — ela sorrio com cara de choro — Vou deitar amor.

Ela tava triste pra caralho, a Karine tava fodida quando eu pegasse ela.

— Qual foi? Estamos quase casados, compartilha comigo pô. — olho pra ela, entregando meu celular.

Maitê: Eu tô triste vida, eu nunca fiz nada pra essa Karine,  eu nunca provoquei ela, nunca fiz piada, nunca eu não sou assim, ela fez piada, me zoou na internet, quis me bater, eu vim pra cá pra ficar longe dela, pro nosso filho ter paz, eu só queria uma gravidez em paz, eu tô me acostumando e não queria tá passando esse nervoso — ela falou chorando — não é culpa sua amor, mas eu não sei o que fazer mais.

— Vou resolver pô. — respiro fundo. — Vou comprar um celular pra tu, vou ir atrás dela, vamos ter paz bele? Usa esse por enquanto. — limpo o rosto dela.

Maitê: Eu quero paz pra gente amor, pra você conseguir curtir nosso grudinho em paz — ela suspirou triste.

— Tô ligado amor. — me sento, puxando ela pra por a cabeça no meu peito. — Vai se resolver, eu vou resolver, prometo pa tu.

Maitê: Eu confio em você amor — ela sorrio fraco pegando meu celular, entrando nas redes dela.

Ela ficou mexendo um tempão calada, até que começou a chegar um monte de notificação.

Maitê: Vazou foto nossa, meu Deus — ela negou com a cabeça.

— Que foto? — olho pra ela, nunca tiramos foto comprometedora não que eu lembre pô.

Maitê: No dia da hidro amor, a gente filmou e tirou foto — ela me entregou o celular.

— Aparece algum bagulho aí? — pego o celular que uso pro comando mermo, mandando mensagem pro moleque tirar do ar esses bagulho.

Maitê: o vídeo um pouquinho, a foto não, o vídeo a gente tava nas preliminares, que inferno — ela negou com a cabeça.

Digito mais algumas coisas com o moleque, pra ele tirar de qualquer site que fossem repostar e já bloquear o celular dela.

— Vê se saiu o vídeo e as fotos, moleque bloqueou teu celular já. — desligo o celular, fechando os olhos.

Maitê: Desculpa amor, a gente que quis aquele dia — ela falou com voz de choro.

— Relaxa pô, tá suave. — respiro fundo, passando a mão no cabelo dela.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora