Real Vivência [M] - Livro 3

Oitenta e oito

Allan | LK 🎯

Olho ela dormir, toda descoberta com a mão na barriga.

É pô, vou ser pai mermo, papo de estar uma confusão do caralho na mente que não sei como por no lugar.

Achei que não podia ter filho, foram dez anos e agora eu vou ter um filho com a Maitê, assustador pra caralho ao mermo tempo que tô ansioso.

Ela tava toda chorosa achando que eu não tinha gostado, dormiu de tanto que chorou, nem é isso, mais é um bagulho novo pra mim, na minha mente.

Ela se mexeu na cama passando a mão do lado que eu durmo.

O grude que ela era e eu curtia pra caralho, sento do lado de fora, acendendo a maconha depois de um mês sem, a noite tava bonitona e papo que nem era 00h ainda.

Fiquei mó cota lá fora olhando o céu pensando mil bagulho, como seria ser pai nessa altura da vida.

E a voz dela apareceu atrás de mim.

Maitê: Não quer dormir comigo mais? — olhei no relógio e era três e quarenta da manhã, ela tava com cara de sono.

A cara dela tava inchadona de sono e as mãos na cintura com o cabelo todo para trás.

— Estava fumando amor.  — olho nos olhos dela, chamando pra sentar no meu colo.

Ela mexeu no cabelo vindo sentar no meu colo toda emburradinha, braços cruzados.

Maitê: Tá tudo bem? — ela me olhou sem graça.

— Tá suave o cheiro pra você? — olho nos olhos dela, passando a mão no seu rosto, concordando com a cabeça pra pergunta dela. — Se tá suave?

Ela concordou com a cabeça envolvendo seus braços no meu pescoço.

Maitê: Não ligo pro cheiro não, meu pai vivia com esse cheiro amor, tive só um pesadelo aí não te encontrei na cama, achei que tinha saído — ela sorrio olhando o céu.

— Deixar tu sozinha esse horário? — nego com a cabeça, encostando ela no meu peito.

Maitê: Ah não sei neném podia ter sido emergência né — ela sorrio me olhando.

— Mermo assim, levaria tu. — beijo o rosto dela, passando a mão no teu cabelo.

Maitê: É meu grudinho né? — ela passou a mão no meu pescoço.

— Tá suave o cheiro mermo? Tu tá grávida vai que né tu só não quer falar. — cheiro o pescoço dela, vendo no relógio marcar quatro da manhã. — Sonhou com o que?

Maitê: Eu não tô enjoando ainda neném, tá tudo normal ainda — ela sorrio fraco — que você ia preso, levavam você pra outro estado, meu pai não deixava eu ir te visitar você nem podia ver nosso filho, não foi legal — ela respirou fundo.

Coço a nuca olhando pra ela.

— Vai acontecer não pô, fica de boa neném. — olho os olhos dela cheios de lágrimas, passando a mão.

Maitê: Eu não quero que isso aconteça Allan, eu Maitê amo de ter você comigo, a todos os momentos sabe, e essa é a fase que eu não sei como será, e a que eu mais preciso, preciso aprender disso com você, pra gente aprender junto, e pensar que você não vai tá comigo me causa desespero — ela passou a mão no rosto.

— E vamos aprender juntos, vou ficar aqui do teu lado mermo, tá ligada? Por tu e pelo neném. — passo a mão no cabelo dela, toda encolhida no meu colo.

Maitê: Eu não sou a Liz e nem a Ohana, eu não tenho nenhum jeito com criança, então vamos ter que aprender, a gente pode ficar aqui pra sempre? — ela grudou em mim.

— Se tu quiser. — dou risada. — mais a apresentação no comando é no rio amor, vamos prender a cuidar do nosso filho não pensa muito nisso agora não pô.