Setenta e nove

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Allan | LK 🎯

Festa da aninha foi maneirinha pra caralho, estar entre " família " é foda.

Estava trocando uma ideia maneirinha com a Maitê, pensa em uma garota brilhante, porra, ela é.

Pensa alto pra caralho e cheia de sonhos, se esforça pra caralho e a parte mais foda do dia é ouvir ela falando como foi o dela.

Maitê: A aniversariante já foi embora nem me deu tchau — ela falou olhando o povo que ainda tinha lá.

— Ela grudou no Caos, esquece o restante do pessoal pô. — dou risada, levando o copão de whisky na boca.

Maitê: Meu mais até a Liz foi embora e não me deu tchau, só por que o macho dela apareceu — ela mexeu no celular — meu padrinho é tudo, aliás nosso padrinho — ela riu.

— Fui apadrinhado no crime, você já é nos papel né não? — mexo o copo, colocando gelo.

Maitê: Sim mas não deixa de ser nosso padrinho, ué — ela mexeu no relógio no pulso sorrindo pra mim.

— Falando assim parece que nós é parente e da mó bagulho estranho de sentir vontade de ficar com tu. — murmuro.

Ela me olhou rápido soltando um sorriso sem graça.

Maitê: Melhor parar de beber que já tá até dando em cima de mim, coisa que sobrio não faria — ela deu risada com vergonha.

— não tô bebado. — olho pra ela. — Meu primeiro copo, tô falando sério e você tá ligada. — ofereço o copo pra ela.

Maitê: Não é possível Allan, olha você cara sai fora — ela passou mão na nuca rindo.

— Me dispensou legal. — nego rindo, deixando o copo na mesa.

Maitê: Não dispensei não — ela deu risada pegando na minha mão.

— Tua cara aí te entregando Maitê. — entrelaço meus dedos no dela, segurando o copo na outra mão.

Maitê: Tá entregando o que? — ela me olhou rindo.

— Que você não quer. — viro o líquido na boca, rindo sentindo o cheiro dela perto de mim, perto mermo.

Maitê: Minha cara não tá mostrando isso Allan, cê jura que tá mostrando isso? — ela fez carinho na minha mão.

— era só pra ter certeza que você queria. — murmuro no ouvido dela.

Maitê: Jogou verde né? — ela deu risada tímida.

Dou risada, concordando, passando a mão no rosto dela.

— Tu é foda pra caralho, admiro a mulher que tu é. — olhos nos olhos dela, vendo o cabelo pretão, a sobrancelha feita e o olhos dela escuro, era perfeitinha pra caralho.

Maitê: Allan — ela me olhou com mó sorriso bonito — Eu tô com vergonha e nem sei o que te falar Allan.

Dou risada, dando um selinho rapidão nela.

— O que tu curte comer? Fazer? — olho pra ela tímida e acaricio sua mão com cuidado.

Maitê: Eu gosto de comida japonesa, você gosta? só conheço gente que não gosta — ela me olhou com o rosto todo angelical — Tem cara que não gosta.

— Peixe cru? Com aquele bagulho lá de palito? — dou risada olhando pra ela. — Nunca comi.

Maitê: Além de comer eu sei fazer tá? alguns só — ela deu risada — Um dia eu faço e mando te entregar, mas tenho que tá inspirada.

— Vamo comprar então. — pego o celular do meu bolso.

Maitê: Comprar o que ? — ela me olhou confusa.

— Esse negócio que tu gosta. — dou o celular na mão dela.

Maitê: Mais você não gosta — ela falou toda meiga, me fodeu — a graça é comer em restaurante — ela olhou nossas mãos entrelaçadas.

Levanto, sem soltar a mão dela.

— Então vamo, se for ruim mando fechar o lugar. — dou risada vendo o bico dela.

Maitê: Eu te ensino, posso escolher pra você? — ela me olhou, mó baixinha — eu escolho só alguns pra você se acostumar.

— Pode, tem garfo nesses lugar? — entrelaço meus dedos no dela, começando a andar. 

Ela era baixinha mermo, cabeça dela ficava no meu peito parceiro.

Maitê: Claro que pode, mas eu vou te ensinar a comer com rashi, você tem cara que vai gostar — ela olhou meu tamanho e deu risada — Em São Paulo eu amava sair da faculdade e ir comer comida japonesa, tipo fiquei viciada — ela olhou pra frente virando o rosto pra algumas meninas que tava no salão.

— Que foi? — olho ela abaixar a cabeça, e aperto a mão dela fraquinho. — se tu tá falando que é bom, vou acreditar.

Ela mexeu no cabelo dela tentando disfarçar.

Maitê: Nada demais meu bem, mas sem saquê por que dá uma azia e eu não bebo — ela parou na frente do salão — você vai dirigindo? eu tô com o carro do meu pai — ela me olhou.

— Tu dirige, vou no do passageiro. — olho pra ela, guardando a chave do meu carro no bolso. — Com vinho fica bom será pô?

Ela me puxou pela mão indo na direção do carro do pai dela.

Maitê: Dirijo só não disse que bem, mentira dirijo bem, até moto — ela destravou o carro fez carinho na minha mão e entrou — Com vinho fica muito bom, esse carro é quase meu, por isso tá cheio de coisa, ignora — ela mexeu no jaleco dela, mó carro cheiroso.

— Precisa de cinto ou posso ir suave? — dou risada da cara dela, olhando o tantão de coisa que tinha atrás. — carro tem teu cheiro.

Maitê: Por segurança é melhor passar né, já pensou você se machuca comigo os bandido tudo vem atrás de mim — ela deu risada ligando o carro — Allan ignora a bagunça de trás, é coisa da faculdade, livro, caderno, notebook, fora os jalecos, tem meu cheiro? meu cheirinho — ela falou dirigindo com mó atenção.

— Confio na anã que tá dirigindo, vou sem cinto mermo, dirige como se sua vida dependesse disso, porque depende mermo. — falo em gastação, encostando a cabeça no banco.

Maitê: Pressão? Imagina gente, ele é tranquilinho, se eu soubesse tínhamos comido na minha casa — ela deu risada — cara você é muito grande sério — ela me olhou rápido voltando a atenção.

— Sempre fui altão, só malhei por uns 2 anos mermo e já faz uma caralhada de anos que não faço nada. — dou risada. — Por isso não tem tanto músculo.

Maitê: Mais você tá bonito desse jeito, com todo respeito Allan pelo amor de Deus, não pensa outra coisa — ela já falou receiosa.

— Comigo tu pode ser você mesma tá ligada? — nego com a cabeça. — Esquece o que tu passou aqui somos só Allan e Maitê tá ligada?

Maitê: Mais eu tô sendo eu mesma, com vergonha mas tô — ela sorrio pra mim — Eu gosto do seu nome, acho bem bonito — ela parou o carro na frente de um restaurante fazendo baliza.

Ela era encantadora pra caralho, cada gesto, expressão, tudo mermo que ela fazia.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora