Cento e vinte três

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Liz 🌪️

Ele não era o Dante que eu me apaixonei talvez fosse o Dante de anos atrás quando tudo aconteceu, mas ele soltava sorrisos comigo, e as vezes mostrava o cara que eu amei ou amava.

— Dante — chamei ele na cozinha.

Dante: Pera aí. — ele falou, aparecendo em seguida com o Bernardo no colo, que colocava o dedo na boca do pai.

— Deixa eu cortar seu cabelo? — ele não fazia a barba e nem cortava o cabelo, sentia falta dele ser aquele cara charmoso.

Dante: Não precisa, tá bom assim. — Ele sorriu pra mim.

— Não tá não, você é super gato deixa eu cortar, eu corto certo pergunta pro Yan — falei rindo.

Ele faz cara de quem não queria, mas concordou com a cabeça.

Dante: Jaé, lança um risquinho maneiro. — ele fez joia com a mão, cheirando o Bernardo.

Quando eu disse que na compra que eu fiz eu trouxe coisas desnecessárias era sério, mas que seria útil agora, já tinha preparado tudo no banheiro pra tirar a barba dele.

— Vem Dante, põe o Ber no andador — coloquei os gêmeos no meu campo de visão na porta do banheiro no carrinho.

Ele fez o que eu mandei, tirando a camisa e vindo pra dentro do banheiro, me fazendo reparar em algumas cicatrizes que não haviam ali.

Dante: Faz a inicial das cria, tu sabe? — ele me encarou, fazendo careta.

— A gente podia ter feito filho com a letra I e tudo seria mais fácil te garanto — falei rindo — Saber é uma palavra forte, mas a gente tenta né — comecei a cortar o seu cabelo vendo diversas cicatrizes na cabeça dele.

Dante: Vou ver só quando terminar Gasparzinho, pior que tava não fica. — ele deu risada, ficando parado.

— Dante com certeza fica põe toda essa fé em mim não — eu sabia cortar cabelo por que quando pequena queria ter um cabeleireiro seu Caos como muito incentivador me colocou num curso, tive o salão? não mas fiz.

O cabelo ficou perfeito lancei o risquinho e as iniciais pequenas, o B quase ficou de bosta mas deu certo.

— Tá gato cara, as gata vai vim pra cima agora ein — fiquei na altura do olhar dele pra fazer sua barba.

Ele fez careta, me mandando dedo do meio todo engraçadinho.

Dante: Sai fora, põe de volta o cabelo Liz.

— Nem adianta você ficou bonito Dante, lancei até o risquinho na sombrancelha, te deixei mó novinho gato — passei a espuma no rosto dele.

Dante: Sou bonitão de qualquer forma. — ele piscou o olho.

— Só por que o olho é bonito, só por isso — cheguei mais perto dele, essa era uma parte que eu tinha medo de machucar — Ana não encosta na mamãe.

Ana: Papai tá olhando a boca da mamain. — ela falou batendo palmas.

Abaixei a cabeça segurando a risada olhando em seguida pra ela.

— Você tá muito faladeira viu mocinha, já olhou seus irmãos? — olhei pra ele que tava rindo baixo.

Ana: Nalu já olhou né mamain, mas o papai quer beijar a mamain e a mamain não quer o papai, ai quando o papai apalece com outra mamain fica chorando igual aquela noite. — ela disparou a falar. — Aquela noite que a mamain achou que papai já tinha ota.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora