Cinquenta

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Liz 🌪️

Foi um clima terrível dos meus pais no hospital, meu pai era a base da minha vida e o carinho dele foi tudo que eu precisava.

O Dante foi buscar o carro e só tava eu e meu pai.

- volta logo pra casa pai - tava sentada com ele na cama.

Caos: Não vejo a hora pô, aguento mais esse bagulho não se ligou? - ele falou bolado negando com a cabeça.

- Nossa pai que saudade de acordar com seu café e seu carinho - sorri pra ele triste - A casa do Dante é muito boa mas não é minha casa pai.

Caos: Tão metendo a mão na minha cozinha? - ele me olha desesperado. - Logo tu volta pra casa, eu também se ligou? Mó paz, mas tô puto com a tua mãe.

- Não tem ninguém lá pai, tá tudo fechado lá, só tão limpando o Yan vai lá sempre - sorri fazendo carinho nele - Pai eu te entendo mais entendo ela também sabe, ela ficou transtornada, mas a Ariel sentiu muito sua falta pai - olhei pra ele.

Caos: Ariel mama no peito porra, é um neném se ligou? - ele me olhou bolado. - Ela tem que vim antes de mim jaé? Nem é discutível um bagulho desses, entendo o lado dela mais ela tem que vim primeiro pô.

- Ela vacilou pai, mais eu nunca que irei falar tipo nunca, eu tô com toda ficha suja com vocês - dou risada sem graça - mais ela pirou real.

Ele nega, olhando a Ariel dormir no peito dele, ela chega está roncando.

Caos: Para de loucura filha da puta. - sinto o tapa dele na minha testa.

- Que saudade dessa sua forma de carinho, ogro - faço careta - Eu tô muito feia pai?

Caos: Não pô, tá suave. - ele me olhou. - tá de boa, tu?

- Pai as vezes sim as vezes não, depende sabe? o Dante falou pra mim voltar a usar minhas roupas, mas pai eu não consigo ainda - sorri de lado.

Caos: Quanto mais tempo tu adiar mais difícil é, se ligou? - ele me olhou com carinho. - é difícil pra caralho, tô ligado pô, mais tu tem tua família pra te ajudar, tem eu, tua mãe. - ele segurou minha mão. - não se prende nesse bagulho, solta essa merda e vai viver tranquilinha pô.

Sorrio sentindo as lágrimas descendo no meu rosto.

- Pai eu sinto muitas dores ainda e foi tudo difícil, não sei se consigo voltar a viver como antes sabe? - suspirei cansada - Não sei se consigo me envolver com alguém, eu vou ter medo de viver tudo isso, no geral pai tudo mesmo, não sei se vou conseguir e tô com problema de toque - falei sem graça abaixando a cabeça.

Caos: Aquele bagulho lá porra, psico alguma coisa jaé? - ele cruza os braços. - para de ter dó de você Liz, ao invés de ficar soltando que " não sabe " começa a fazer os bagulho aos poucos, um dia tu põe um vestido, outro fala com alguém se ligou?

- É que assim pai, meu corpo tá tipo horrível, eles me cortaram e queimaram, eu tenho vergonha de mostrar - respirei fundo - o Dante falou que me acha bonita pai, e eu fiquei sei lá sabe - a melhor coisa era conversar com ele.

Caos: Marca que tu sobreviveu a parada toda liz. - ele negou, mostrando o ombro e o braço dele.

- Você é o melhor dessa vida pai, mais quando eu quiser um colo você me dá? - sorri pra ele - Ultimamente eu só queria seu colo seu ouvido e seu carinho.

Caos: Um dia neguei isso pra tu? se liga. - ele riu de lado. - meio sumido de tu por causa da pivetinha aqui.

- Ela precisa mais de você acima de todos, mais eu quero um pouquinho do meu pai também né, minhas amigas tá tudo de namorado é estranho, só tenho você que tava doente, ai me mata né - sorri pra ele.

Caos: Amo tu, cuzona. - ele gargalhou pra mim. - deixo até tu escolher o nome da tua irmã, jaé? Pensa rápido pô.

- Alice pai com toda certeza Alice - sorri feliz pra ele - É menina?

Caos: Monteiro só tem filha mulher, tô te falando parceira. - ele passou a mão no cabelinho da Ariel. - Mais vai que, se for moleque tu quer qual?

- Bernardo eu gosto pai, todo bravinho igual eu - me gabei rindo.

Caos: Nem fodendo, pensa outro tá malucona? - ele emburrou a cara. - maior nome de playboy.

- E o Yan é o que pai me fala - falo rindo - O Yan é o mais playboy do mundo.

Caos: Mais é pequeno porra, moleque vai tiver três dias pra escrever só a parada do primeiro nome.

Dou risada negando pra ele.

- Quero Bernardo pai, você me pediu eu falei - dei ombros - posso te contar fofocas - falei animada

Caos: Ben? Hum? - ele propôs me olhando sério. - Merma coisa que o que tu quer e desenrola os bagulho.

- Da pra chamar de Bê pai, fica legal sério - olhei pra ele confusa - Não tô te entendendo senhor Lucca, eu em, então a Maitê tá de coisinha com o Orion, vi um status dela andando de moto sei não viu...

Ele mudou o semblante feliz dele pra cara fechada e de bolado.

Caos: problema dela, otaria da porra.

Passei a mão no rosto dele igual fazia quando criança.

- Calmô meu amor, e eu não tenho fofoca minha - olhei pra ele.

Caos: bom mermo, quando meter o pé daqui quero tu em casa, jaé?

- Com toda certeza da vida pai - sorri pra ele - te amo pra sempre, mas agora vou por que o dono encrenca tá mandando mensagem.

Caos: Amo tu, Liz encrenca. - ele faz joia. - Ariel vai ficar jaé?

- Tem certeza que tá tudo bem pra ela ficar? - sorri pra ele levantando ajeitando a blusa.

Caos: Tenho pô, ela tem que acostumar com a tua mãe também. - ele murmurou baixo.

Sorri pra ele balançando a cabeça.

Um peso das minhas costas saiu ao ver meu pai e ouvir as palavras dele pra mim, ele era minha base junto com minha mãe e o Yan, mas o amor pelo meu pai ultrapassava tudo.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora