Cento e dezessete

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Maitê 🫀

Minha criança tava afim de nascer e quem disse que eu parava o estágio, parei de forma nenhuma e o Allan me ligava a cada 30 min.

Tinha chego em casa tomado um belo banho, tava deitada por que meus pés tava inchado pra caramba, o Allan tinha ido no centro de Minas resolver umas coisas dele mas já tava chegando, meu celular tocou e era a Liz.

Liz 💖 — chamada de vídeo.
— minha gatinha loira — sorri pra ela.
Liz: Tetê. — ela falou sorrindo fraco, mostrando a Ana dormindo abraçada nela.
— Que foi dessa carinha, Aninha tá aí ? — franzi a testa.
Liz: Tetê, o Dante trouxe ela pra me ver... — ela me contou tudo que aconteceu. — Ele está doido, Tetê. — ela limpou o rosto.
— Gente ele pirou demais, como pode gente — neguei com a cabeça — E você como tá?
Liz: Tô mal, tete. — ela fungou. — Ele nem quis ver os gêmeos, nenhum contato, nem consegui segurar o Ber...
— Gente por que ele tá sendo tão moleque Liz, sinceramente não faz sentido não entra na minha cabeça — passei a mão no rosto — Os gêmeos nem precisa dele, precisa de você babaca, aí desculpa prima, tô brava cara...
Liz: Depois eu te ligo pra conversarmos melhor, vou dar mama pros gêmeos. — ela sorriu. — Nosso pacotinho aí, vamos falar dele jaja. — ela desligou.

Entrei no insta do Dante e tava bem bloqueada, vi meu marido entrar no quarto com uma sacola.

Allan: que foi neném?— ele me deu um selinho.

Abri a sacola e era coisa de comer, eu engordei basicamente por tudo que o Allan me dava, por que tive poucos desejos.

— neném o Dante enlouqueceu ... — falei tudo pra ele, comendo os bombons.

Allan: ele deve não estar sabendo lidar com os bagulho. — ele deitou na cama. — ele tá suave na gestão do morro.

Pela primeira vez eu ia usar meu poder a favor de alguém que eu amava.

Me ajeitei no peitoral exposto dele sentindo o carinho na barriga.

— Mais vida ele pode tá suave na gestão por enquanto né, por que ele já ameaçou o padrinho — fiz aspas — Era bom ele ficar distante da gestão do morro um pouco, só até ele refrescar as ideias dele né? pra não dar mais problema pra você né — falei calminha engolindo todo ódio que queria por pra fora.

Ele me olhou e assentiu, mexendo no celular rápido e desligou em seguida.

— O que você fez? — coloquei um bombom na boca dele.

Allan: Tirei ele da gestão. — ele falou, comendo o bombom.

Sorri por dentro ele ia sofrer pelo menos um pingo do que minha prima tava sofrendo.

Fiquei papeando com ele pois ainda tava tentando convencer ele que queria ter o parto em casa, mas ele não queria, luta que eu precisava vencer.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora