Maitê 🫀
Tinha pego minha transferência pra Minas e íamos literalmente embora, meu pai ficou sentido chateado mas aos poucos aceitou, mas me fez prometer que não ia me tornar submissa ao Allan, que ele continuaria me bancando de longe e que eu sempre seria a menininha dele, enquanto minha mãe falou que eu precisava voar longe do ninho mesmo.
O Allan aproveitou o tempo que estávamos aqui e mandou construírem uma casa pra gente, do jeito que eu queria, a casa tava do meu jeito desde as pedrinhas da entrada do condomínio até os pisos das piscinas.
Allan: Vamos amor? — ele apareceu na porta do quarto. — Voltamos quando a Liz ter os bebês.
Era engraçado meu pai deixou só eu levar meus livros e roupas, a mobília ele pediu pra deixar pra caso quando eu viesse pro Rio.
Aqui sempre foi meu cantinho seguro no mundo, e sempre permanecerá sendo, não importa onde eu esteja, fechei a porta com um sentimento de felicidade tristeza mudanças.
— Vamos neném — descemos e meu pai tava sentado no sofá vendo os meninos colocar minhas malas no carro — Pai? — chamei a atenção dele.
Ele virou pra mim, com os olhos cheios de lágrimas.
Ítalo: Tem certeza que vai mesmo? — ele limpou o rosto, fungando.
Soltei do Allan indo pra perto do meu pai, ele sempre foi muito mais coração que minha mãe, sempre chorou com tudo que eu fazia, desde do primeiro dente até quando eu entrei na faculdade.
Sorri vendo o rosto dele vermelho.
— Eu vou meu amor, mas a gente vai se falar todo dia como sempre foi, inclusive antes de dormir pai — meus olhos encheu de lágrima .
Ele concordou com a cabeça, me abraçando e passou a mão na minha barriga.
Ítalo: Minha menininha cresceu né? — ele falou mais pra ele do que pra mim. — Vai voltar, se qualquer coisa acontecer entendeu? você vai ser sempre minha bebê, filha.
Minha mãe apareceu na sala, comendo um pote de doce de leite.
Beijei o rosto dele limpando as lágrimas que escorria tanto no dele quanto no meu.
— Aqui sempre será meu porto seguro, debaixo das suas asas pai, sempre — ajeito minha cabeça no pescoço dele — E toda vez que eu estiver surtando por tá grávida eu vou te ligar pra você me acalmar né bebê ? — passei a mão na barriga — Cuidado com a diabetes dona Micaela.
Mica: Não tô te entendendo? Tá me chamando de velha Maitê? Eu te bato, vai achando que só porque vai embora eu não vou.... — ela começou a chorar, colocando a colher de doce na boca.
Olhei pro Allan que abaixou a cabeça segurando o riso, meu pai cruzou os braços encarando ela.
— Claro que não mãe, você é a mais gostosa desse mundo, nem parece que será avó, eu juro agora não chora e larga esse doce — fui pra perto dela, que tava chorando real.
Mica: Deixa o meu doce. — ela soluçou, passando a costa das mãos no rosto mais não parava de chorar.
Ítalo: Que foi amor? — ele levantou, indo pra perto dela que estava literalmente soluçando com a colher na boca.
Olho o Allan que estava negando com a cabeça, rindo baixo.
— Mãe eu estou a algumas horinhas de vocês, eu venho sempre juro, e todas as vezes que você surtar com meu pai tem minha casa pra ficar — passei a mão no rosto dela.
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Real Vivência [M] - Livro 3
Fanfiction+18 📍Morro da Pedreira - Rio de Janeiro. Quando somos crianças nossos pais desejam tantas coisas pra nós, mas quem conduz nossa vida é nós mesmos isso que é complicado. As vezes tão iguais ao mesmo tempo tão diferentes, nem sempre a mesma aparênci...