Liz 🌪️
Passo as mãos no cabelo da Maitê que está chorando no meu colo desde a hora que eu cheguei, minha barriga dificultava de fazermos como antes, quando ela deitava na minha barriga.
Tudo que ela disse em ligação ela está cumprindo, já tentei de tudo e mais um pouco pra tentar animar ela, pelo bebê mas nada funciona.
A casa nós chegamos e demos uma boa organizada, por sorte os móveis não foram quebrados.
— Maitê, faz mal pro bebê, ele sente. — Viro o rosto dela pra mim.
Maitê: Cara eu tô arrasada, eu sou mole eu sei — ela suspirou fundo.
— Eu sei que está, mais se ergue se não vou dar três tapas na sua cara. — levanto da cama, passando a mão na barriga.
Maitê: Meu minha cabeça tá uma bagunça terrível, eu tenho prova, não vou conseguir Liz — ela passou a mão na barriguinha que tava muito linda.
— O Yan te ajuda, ele entende as matérias em uma lida só. —murmuro, passando a mão no pé da barriga. — E você vai conseguir sim.
Maitê: Mais eu não tô funcionando muito bem, Liz — ela levantou.
— Maitê, seu futuro depende da prova então levanta coloca sua cabeça pra funcionar e faz. — falo alto, colocando as mãos na cintura.
Ela respirou fundo prendendo o cabelo.
Maitê: Eu vou tentar estudar um pouco Liz, tô um pouco enjoada, mas vou tentar resolver as coisas — a cara dela tava tipo de derrota — será que o Y me ajuda?
Concordo com a cabeça, gritando ele.
Dante estava lá embaixo com o Ber e a Ana estava dormindo com a Ariel.
Maitê: Vai acordar seus filhos maluca — ela sempre soube que eu era a mais barulhenta de nós quatro.
— Foi mal. — dou risada negando.
Maitê: A madrinha tá tão calada né, as gêmeas tá matando ela — sorri fraco .
— Elas são meu pai todinho. — dou risada. — Só fica com ele também, só que a Ariel também é mais apegada nele, pensa no caos que é.
Maitê: Mais o boyzinho é ela todo né? um amor — ela sorrio pegando os livros dela.
Yan: O que foi? — ele apareceu na porta.
— É pra você ajudar a Maitê na prova, senhor inteligentão. — passo a mão no pé da barriga, sentindo uma dorzinha ali.
Yan: Tá o que precisa princesinha — tava sentindo um começo de desconforto, me sentei na cama.
Maitê: Tenho prova e cara eu sei a matéria mas não tô conseguindo raciocinar direito — ela sorrio de lado.
Yan: tem as coisas escritas? — ele perguntou, sentando do lado dela.
Ela mostrou os cadernos pro Yan que começou ajudar ela, ele sempre foi o crânio da família e junto dela era o orgulhinho.
Senti o desconforto apertar mais, deitei me ajeitando olhando os dois estudando.
— Yan o que é uma dor normal na gravidez? — olhei pro Yan.
Yan: Cólica, dor nas costas ou no pé da barriga são comuns na gravidez, pode ser hormonal ou por conta da expansão do útero. — ele olhou pra mim. — Porque?
— Tô sentindo umas coisas — apontei pra barriga.
Maitê: quantas semanas você tá Liz? — ela me olhou.
Yan: Está sentindo o que? — ele veio pra perto de mim, pondo a mão na minha barriga.
— Uma mistura de cólica com vontade de fazer xixi acho que é isso — a Maitê olhou no celular.
Maitê: Você não pode sentir dor nenhuma Liz, tem que ir pro hospital — ela me encarou.
Yan: Está de quantos meses? — ele me olhou levantando.
— Estou de 32 semanas entrei no oitavo mês — passei a mão na barriga.
Yan: Não tem como eu ir pro hospital com você... tenho que ficar com a Duda, vou chamar o Dante. — ele beijou minha testa, saindo.
Maitê: Você trouxe algo dos gêmeos? — ela me olhou preocupada.
— Mais será que preciso ir pro médico ? — olhei pra ela confusa.
Maitê: Sua gravidez é de risco, qualquer dorzinha tem que ir Liz. — ela escreveu algo no notebook.
Sentei na cama passando a mão na barriga, era tudo que não precisava as crianças querer nascer agora.
— Não trouxe nada das crianças, tenho que amamentar o Bernardo cara — olhei meus seios escorrendo leite.
Maitê: Se nascer eu tenho umas roupinhas que o Allan comprou. — ela funga, limpando o rosto. — Tem fralda, roupa, tudo.
Olho o Dante entrar com o Bernardo e o Yan atrás dele com a Duda mamando a blusa dele.
— Me empresta algumas roupinhas prima? só pra me assegurar se eles nascerem ter algo? — olhei pra ela desviando pro Dante — Deixa eu dar mamar pra ele e a Duda a Ohana deixou leite? — olhei pra ela.
Yan: A Duda não pega mamadeira. — ele fez cara de cansado. — A que ela pega esqueci de trazer.
Maitê: Vou pegar. — ela sorriu, levantando.
— Me dá ela aqui Yan, eu dou peito pra ela — estiquei os braços pedindo ela.
Ele se aproximou me entregando ela, que estava toda de amarelo hoje com os cachinhos presos com laço.
Dante: Qual foi Gasparzinho?— ele se aproximou sentando do meu lado.
Ajeitei ela no meu colo que logo aceitou o peito, mamando com vontade a bichinha.
— Nossos bebês vão nascer provavelmente neném — sorri sem força.
Dante: não ta no dia que a velha falou lá amor, nem trouxe as parada das cria. — ele me olhou nervoso.
Foi a Duda começar a sugar que a cólica aumentou absurdamente.
— Eu sei vida, mas tô sentindo algumas dores e acho melhor ir pro hospital, é de risco né? não quero por os outros em risco neném — apertei o lençol por conta da cólica .
Olho a Maitê voltar, segurando uma bolsa e com duas saídas maternidade na mão.
Maitê: Eu tenho saída só nessas duas cores. — ela mostrou uma rosa e uma azul. — Vamos descobrir o sexo na hora de nascer, mas o Allan comprou as duas.
Peguei as saídas de maternidade sorrindo pra ela, ela sempre foi muito fofa comigo desde criança, sempre muito grudadas.
— Ai prima sério? tem certeza ? — ela tava com carinha de choro.
Maitê: pode pegar, sério. — ela limpou o rosto, entregando a bolsa pro Dante.
— Vocês vão comprar tudo novo deles juntos te prometo — sorri pra ela, a Duda soltou meu peito toda cansada de mamar com a boca cheia de leite.
Yan: Vai pro médico Liz, você tá sangrando — ele falou preocupado, vindo pegar a Duda.
Dante: Vem amor. — ele me pegou no colo, desesperado.
O Dante me pegou no colo me levando desesperado como sempre ele era, a cólica tava apertando o sangue tava intensificando, meu coração tava apertado, eu não podia perder meus bebês.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Real Vivência [M] - Livro 3
Fanfiction+18 📍Morro da Pedreira - Rio de Janeiro. Quando somos crianças nossos pais desejam tantas coisas pra nós, mas quem conduz nossa vida é nós mesmos isso que é complicado. As vezes tão iguais ao mesmo tempo tão diferentes, nem sempre a mesma aparênci...