dezoito.

647 40 22
                                    

Ohana 🫦

O último mês foi incrível Yan foi pra São Paulo pra fechar o contrato representando nosso avô, entrei 16 semana ou seja 4 meses, e estamos atrás igual doidos do apartamento que agrade os dois.

Sai da faculdade e ia fazer uma surpresa pra ele na empresa, alguns aqui já me conhecia outros sabia quem eu era por nome.

— Fernando boa tarde, o Yan ta na sala? — falei contente trazendo um ursinho de girafa que o Yan fazia questão que tivesse no quarto do bebê.

Fernando:  Está sim senhora Monteiro. — ele aponta com a cabeça para o corredor. — Pode entrar, a senhora já conhece o caminho.

Sorrio agradecendo e caminho pra sala dele no final do corredor até ouvir alguém chamar minha atenção.

Xxx: Está louca? O que está pensando em fazer em ir atrapalhar o chefe. — berra, batendo os saltos no chão.

Continuei a caminhar ouvindo uma gazela chata me chamando a atenção, que não me dei nem ao trabalho de virar pra ver quem era.

— Querida estagiária eu sei o caminho — gesticulei com a mão.

Xxx: Você é o que? A faxineira? — ela da risada, debochada. — O Yan não gosta de ser atrapalhado.

Respirei fundo parando no corredor me virando e reconhecendo aquele rosto.

— Eu sabia que reconhecia a voz de gazela de algum lugar — cruzei os braços — Carolina Guerra.

Carolina: A Ohana Gusmão. — faz cara de nojo. — Me lembra de quando ser mulher do chefe dessa empresa te demitir, isso é roupa pra se trabalhar? Pode ir pro RH pedir as contas vou notificar o Yan.

Cruzo os braços, negando ao ouvir tamanho bostejo dela.

— Ir no RH pra que Carolina? — falei engolindo a irritação que tava dela — Você é a estagiária então né, cuidado com sua fala que você pode perder seu estágio viu — falo irônica.

Carolina: E você a faxineira. — me olha de cima a baixo. — Meu cargo é maior que o seu, favelada, olha esse cabelo horroroso, está fazendo o que aqui? Isso aqui é alto padrão não é lugarzinho fuleiro igual a você.

Respiro fundo apertando a sacola na minha mão negando.

— Ainda que eu fosse a faxineira você não tinha o direito de falar assim comigo, piranha encubada do caralho, favelada sou mesmo e sobre o meu cabelo fala de novo pra vê se eu não abro um b.o de racismo contra você, artigo 5 prática de racismo inafiançável, piranha loira, agora vai pro inferno — virei e continuei indo pra sala dele, o pessoal já tava olhando.

Carolina: Isso se você tiver dinheiro pra pagar advogado, como é morar em um barraco? — ela gargalha, fazendo alguns dali rirem e outros negarem com a cabeça, se aproximando de mim. — Ainda está grávida, aposto que não sabe quem é o pai.

— Vocês que estão rindo saiba que vão pra rua, por que aqui nunca foi tolerado isso, e você vá atrás de saber quem eu sou, e mulher de quem eu sou boqueteira do Rezende — abro a porta da sala do Yan assustando ele — Ele é o pai sua vagabunda.

Carolina: O golpe da barriga, favelada do cabelo duro. — ela fala, sem saber que a porta estava aberta, se aproximando de mim. — Facinha Gusmão. — o Yan levanta da mesa sério, se aproximando.

Yan: Tá louca caralho? — olha sério pra ela e o pessoal que estava rindo para.

— EU VOU MATAR ESSA VAGABUNDA — falo indo pra cima da Carolina sentindo a irritação daquela frase "Facinha Gusmão" .

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora