Oitenta e um

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Pietra 🦋

Só por que eu não aguentava mais mulheres na minha vida, meus gêmeos era ? Duas meninas, minha Alice e Aurora.

Minha barriga tava pesando e toda vez que pesa assim já sei qual é o fim, o fim é o começo elas nascendo.

Tomei um banho vesti um pijama esperando o Caos vir com as meninas.

Olho ele entrar todo molhado, mas sem elas.

Caos: Dormiram lá, assistindo bela adormecida. — ele levantou a camisa pra tirar e abaixou novamente.

— Que foi gostoso da minha vida? — falei passando a mão na barriga, minha barriga tava baixa.

Caos: Nada pô, fica suavona. — ele pegou a roupa dele na gaveta, levando pro banheiro.

— O Allan já chegou? — falei começando a sentir contração, mas podia ser de treinamento.

Caos: chegou. — ele falou alto, já com o chuveiro ligado. — pega pra mim o sabonete chorona, por favor.

Levantei devagar indo pro banheiro pro o sabonete pro meu digníssimo.

Entreguei o sabonete caminhei sentido ao quarto, senti uma pontada forte na minha barriga, respirei fundo, abaixei o olhar vendo o chão cheio de água.

— amor elas vão nascer — falei indo lá cama.

Caos: que amor? — ele falou alto.

— Elas vão nascer amor, estourou a bolsa — levantei pegando meus documentos que o Caos já tinha deixado junto.

A maturidade depois de 3 filhos era diferente do que quando a Liz e o Yan nasceu.

Comecei a fazer respiração cachorrinho e alisar a parte debaixo da barriga.

— Segura aí mocinhas da mamãe, vocês vão sair mais se acalma — falei andando de um lado pro outro.

Essa nem consegui chegar aos 9 meses, parei nos 8 meses.

Ele saiu do banheiro vestido e saiu do quarto, pegando a bolsa delas só dava pra ouvir os passos dele pela casa.

Caos: Avisa a Liz pra vim ficar com as meninas chorona. — ele falou alto lá de baixo.

Ele sempre ficava apavorado era incrível, e eu achava lindo, era nossa 3 gravidez e tava igual dos gêmeos.

Disquei pra Liz que tocou tocou tocou e ela atendeu.

Ligação on 📱
Filha 🫶🏻

— Liz? — tava um resmungo atrás.
Liz: Oi mãe. — ela falou baixo. — Ber acordou resmungando, tô fazendo o leite.
— Suas irmãs vai nascer vem ficar com as meninas — ouvi a voz do Dante no fundo — volta aqui gasparzinho.
Liz: Já? Estamos indo mãe, te amo.

Ela desligou rápido, olho o caos aparecer colocando as bolsas dentro do carro e me estender a mão.

Caos: Vamo chorona, tá suave? — ele passou a outra mão na minha barriga.

— Tá doendo um pouquinho e eu não vou conseguir ter normal dessa vez amor — falei ofegante sentindo a ardência.

Caos: Jaé, fica suave. — ele murmurou mais pra ele mesmo, me ajudando a entrar no carro.

Me ajeitei no carro e vi a Liz pular do carro com o Bernardo beijando o pai dela.

Senti a dor apertar bem forte, apertei a porta sentindo uma dor insuportável.

— Lucca vamos que vai doer e eu não vou aguentar ter normal  as duas — respirei fundo.

Ele assentiu com a cabeça e ligou o carro dirigindo rápido.

Caos: Lembra, respira fundo e solta, se ligou? — ele gesticulou com as mão esquerda, segurando o volante com a direita.

— Eu não vou conseguir ter normal tá diferente das outras vezes amor — comecei a sentir um desespero, a médica tinha dito que eu não ia conseguir ter normal pelo tamanho das meninas.

Caos: Vai dar certo da merma forma, jaé? Fica suave. — ele parou em frente ao hospital, pegando as bolsas e segurou minha mão me ajudando a descer do carro.

— Puta merda tá doendo demais Lucca meu Deus do céu — apertei a mão dele com força.

Ele colocou a mão na minha costa, me ajudando a entrar no hospital, minha médica já estava ali esperando a gente.

Dra.Roberta: Vamos lá mãezinha, a sala já está pronta te esperando — ela sorrio pra mim.

— Eu não vou aguentar ter normal mesmo Dra, tá demais tipo nunca senti isso — o Lucca colocou a cadeira pra eu sentar, eu não parava de perder água.

Dra.Roberta: Vamos pra Cesariana, tudo bem? — ela empurrou a cadeira. — Vamos papai, você pode acompanhar.

Ele coçou a cabeça, respirando fundo.

Caos:  Jaé, vou mermo. — ele murmurou baixo.

Dra.Roberta: Veste a roupa no corredor à esquerda, quando estiver pronto pode ir pra sala. — ela continuou empurrando a cadeira de rodas.

Ela me levou pra sala, me trocou todinha, me colocando na mesa.

Dra.Roberta: Mãezinha abaixa um pouquinho as costas aqui, vai sentir uma picadinha não mexe por favor, seu marido tá aqui já — senti abrir meu jaleco passando algo frio nas minhas costas logo uma picada que pareceu ser na minha alma.

O caos aproximou, segurando minha mão.

Dra.Roberta: Pode preparar Ana. — ela se virou pra mim. — Pronto pra conhecer a princesa de vocês?!

Eles me deitaram na maca e o Caos tava igual da primeira vez, era estranho essa sensação já que tive dois filhos normal.

Só ouvia eles conversando algo e logo um chorinho muito doce e eu sabia que tinha dado certo as coisas.

Dra.Roberta: Uma mocinha já chegou mãezinha — uma enfermeira trouxeram pra gente e ela chorava bastante — sua segunda mocinha chegou também mamãe, mas tem surpresinha aqui — ouvi a risada dela.

O caos olhou pra mim e pras meninas, engraçado que menina era sempre a cara dele. 

Caos: Qual foi? Tem o que ai? — ele foi lá pra onde a Dra estava e deu risada, negando.

Dra.Roberta: tem um príncipe bem pequenininho aqui. — ela entregou ele pra enfermeira e que trouxe pra perto de mim.

— MENINO? — falei alto, procurei com os olhos e ele era miudinho demais, coisa mais linda — ele é minha cara pela primeira vez — meus olhos encheu de lágrimas.

Dra.Roberta: Elas são gêmeas idênticas, já nosso pequeno príncipe aqui não. — ela sorriu pra mim. — Temos um papai e mamãe babões por aqui.

— Amor obrigada por me dá todo essa vivência, teria que ser com você, se não fosse com você isso não teria tudo acontecido da maneira que foi, eu te amo e seja bem vindo Lucca Júnior — sorri pra ele com as lágrimas descer no meu rosto.

Ele me olhou com os olhos cheios de lágrimas e limpou rapidinho.

Caos: Eu que tenho que agradecer pô, tu me salvou várias vezes tá ligada? — ele beijou minha testa. — se tu não tivesse entrado na minha vida eu não teria mudado, e tu faz isso pô, tu é a parte boa da minha vida se ligou? Sempre vai ser, porque com tu, pode passar a porra do tempo que for, vou ser feliz pra caralho do teu lado pra sempre. — ele beijou meu rosto com carinho. — Acertei mermo veio logo três, bem vindos pivetinhos do papai.

Sorri sentindo que tudo tinha dado certo até aqui, ele era o amor da minha vida, o dono do meu amor e ele era meu ponto de paz mesmo sendo pra muitos o Caos, mas pra mim ele era a paz.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora