Maitê 🫀
Acabamos passando um mês e quinze dias em Minas, fomos no médico e descobri que tava grávida de dois meses ou oito semanas como quiserem.
Faltava uma hora pra chegar no Rio e eu comecei a passar bem mal, parecia que eu tava morrendo.
— Eu tô passando mal neném — abri o vidro passando a mão na nuca.
Ele me olhou preocupado, parando o carro no acostamento.
Allan: Tá sentindo o que? — ele tirou o cinto, descendo do carro e abriu a porta do meu lado.
— Eu tô suando minha pressão, eu acho que vou vomitar — coloquei as pernas pra fora do carro — Será que é enjôo?
Allan: Porra amor, pior que tem mó caminhada até chegar no Rio. — ele me ajudou a descer do carro. — Acho que é neném. — sinto as mãos dele no meu cabelo, prendendo.
— Eu só preciso por isso pra fora, mais não sei se vai sair — passei a mão no rosto sentindo ele molhado de suor.
Olho o celular dele tocar e ele pegar uma garrafinha de água, pondo na mão e passando na minha nuca, seguida do rosto.
Allan: Vou pegar o celular amor, senta aqui é o do comando que tá tocando. — ele colocou a garrafinha na minha mão.
Peguei a garrafinha tomando um gole, respirei fundo sacudindo a blusa, era um calor e um frio no mesmo tempo.
Vi ele falando no celular passando a mão no cabelo.
Allan: Não caralho, tô com minha mulher aqui porra. — ele falou alto, passando a mão no cabelo várias vezes. — Denúncia anônima e você avisa a porra do bagulho quando falta uma hora pra eu chegar no rio? — Ele aproximou de mim, me ajudando a tirar minha blusa.
— Tá tudo bem vida — sussurrei pra ele, tirando minha blusa.
Era a primeira que vi ele nervoso por que ele estava visivelmente nervoso.
Allan: Da teus pulos Jonas, não tô armado e não vou ficar com minha mulher passando mal no meio do nada. — ele desligou o celular, jogando no banco de trás e ligou o rádio.
Rádio.
Todas os aeroportos e estradas se encontram fechadas na operação que se iniciou hoje, nessa madrugada.
Uma denúncia anônima informou que um dos chefes da maior de crimes do rio estava fazendo esse trajeto.Allan: Porra do caralho. — ele abaixou na minha frente. — Não da pra voltar e nem ir, tá melhor?
Esfreguei minhas mãos no rosto.
— O que a gente vai fazer ? — olhei a expressão dele de preocupado comigo — Não muito mas eu dou um jeito.
Allan: Tô tentando pensar amor. — ele murmurou baixo, passando água no meu rosto.
Respirei fundo sentindo minha alma voltar pro lugar.
— Não dá pra gente voltar pra pousada? — peguei na mão dele — desculpa eu não sei lidar com esse enjôo se for enjôo.
Allan: Mó caminhada e você tá passando mal. — ele me ajudou a levantar, beijando minha cabeça, mas ainda estava nervoso.
— Eu aguento voltar amor, é menos perigoso pra você? — abracei ele.
Allan: Sai sem segurança pô, neurose da porra. — ele passou a mão no meu cabelo. — A gente volta de carro e vem pro rio de avião beleza? — ele colocou as mãos no meu rosto, me olhando.

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Real Vivência [M] - Livro 3
Fanfiction+18 📍Morro da Pedreira - Rio de Janeiro. Quando somos crianças nossos pais desejam tantas coisas pra nós, mas quem conduz nossa vida é nós mesmos isso que é complicado. As vezes tão iguais ao mesmo tempo tão diferentes, nem sempre a mesma aparênci...