Noventa e seis

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Maitê 🫀

Os últimos dias foram estressantes num tanto absurdo, Allan dormia pouco por que só ficava me olhando, tava melhorando da gripe, mas sem todas as redes sociais, só com whatsapp pra falar com minha família.

Tava aprendendo a cozinhar com uma cozinheira que ele contratou super querida, ela era mais velha uma senhora já.

Allan: Amor? — ele falou do corredor.

— Tô aqui na sala dos livros — sim ele tinha feito uma sala só pra mim ficar estudando.

Allan: tenho que dar uma saída. — ele apareceu na porta.

Virei pra ele semicerrei os olhos cruzando os braços.

— Vai na onde amor? — encarei ele.

Allan: Qual foi baixinha? — ele riu. — buscar seus pais, não funciona gps pra vim pra cá e pular no rio, resolver um bagulho.

— Eu não gosto de ficar sozinha aqui, eu tenho medo de ficar aqui — sorri fraca, sabia que ele ia demorar uns dois dias pra tá aqui comigo.

Allan: Tu vai comigo e volta com eles, daí vou direto, pode ser?

— Pode ir amor eu vou ficar bem, tô enjoando muito esses dois últimos dias e pegar estrada comigo vai atrasar seus compromissos — levantei indo até ele.

Allan: Tem certeza? — ele me olhou, me abraçando. — eu vou devagar pô, eles tão a uns 30 minutos daqui.

— Espero eles aqui amor, tô estudando tenho prova semana que vem e recuperar as demais — sorri tentando tranquilizar ele.

Ele concorda com a cabeça, me virando pra ele, sinto a mão dele passar pela minha costa, alisando minha cintura.

Ele aproxima nossos lábios, dando vários selinhos pedindo passagem com a língua em seguida.

O beijo dele tava calmo cheio de carinho, paramos o beijo cheio de selinho, depois ele beijou meu rosto por completo.

— Eu vou ficar bem eu juro pode confiar em mim, tô até aprendendo a cozinhar — ri olhando os olhos dele.

Ele fez carinho no meu cabelo, acariciando meu rosto logo depois.

Allan: Tenho um presente pra tu. — ele se afastou indo pro corredor e voltou, me entregando.

Abri a caixinha e sorri vendo o iPhone roxo que tava com laço lindo.

— amor mentira roxo sério ? — falei toda boba pegando o celular, ele ouviu eu comentando que tinha achado lindo.

Allan: Tem o chip, película e umas capinha que achei que tua ia curtir, mais levo tu pra comprar outras pô. — ele sorriu pra mim, estava usando o celular dele, que ele usava pra falar comigo e ele o de trabalho.

— amor eu amei meu celular as capinhas, você não existe mesmo, vai falando comigo a viagem toda? — fiz bico pra ele.

Allan: Vou te deixando informada quando der no caminho. — ele sorriu pra mim, beijando meu rosto seguido de um tapa na minha bunda.

— Eu te amo meu muralha — vi ele descer fui pra janela vendo ele entrar no carro me mandando beijo.

Ele saiu com o carro me fazendo ver que tinha uns caras em frente a casa, mas em pontos que de fora não veriam.

Peguei meu celular abrindo o whatsapp.

Meninas Superpoderosas 💖

— Meninas? 🥹
Liz: Olha quem apareceu.
— Tô sozinha meus amores, me façam companhia 🥲
Liz: Ohana está dando, deixou a Duda aqui, me liga.
Mudei a chamada pra vídeo.
— Queria tá dando amiga, quer saber da minha vida?
Liz: quero, me conta. — ela encostou a cabeça na parede, fazendo careta.
— Então vamos lá... Vindo pra cá fomos atacados, fiquei doente, vazou vídeo e foto minha e dele, não viu não? — falei me deitando na cama.
Liz: Fiquei um tempo no hospital, pra ver se estava tudo certo na gestação, acabou que nem vi. — ela murmurou, pondo o Bernardo no peito. — Como assim foram atacados? E eu achando que você estava sem internet, ficou tanto tem sem mandar nada.
— Me fala da gravidez meu amor ... — olhei ela — Começaram a me mandar umas mensagens no insta falando de mim, falando do que eu fazia dentro do carro e a onde a gente estava, do nada um tiroteio terrível às 22:00 da noite, meu foi terrível sério, levaram meu celular, fiquei doente, vazaram vídeo íntimo Liz mano o único vídeo meu e dele — neguei com a cabeça.
Liz: Se eu não vi o vídeo até hoje é porque Allan tirou de todos os lugares né? — ela riu. — que bom que vocês estão bem Tetê, é sobre a gravidez, estamos bem, tudo nos conformes e sem risco, mas estou ficando de repouso mesmo assim e sem fazer esforço, Dr Dante pega no meu pé.
— Ele mandou tirar imediatamente mas assim foi péssimo, fiquei mal demais amiga — vi uma mensagem do Allan — Como você tá com essa situação? me fala...
Liz: Eu tô indo... é difícil né? Mas está indo. Acredito que tenha sido, mas garanto que quase ninguém viu, da família.
— Quer falar sobre isso? quero te ouvir, seu coraçãozinho tá como minha branquela...
Liz: Eu não podia ser mãe e eu virei mãe, eram pra ser três e um eu perdi por conta do desgraçado do orion. — os olhos dela encheu de lágrimas. — A dor de perder um filho é gigantesca Maitê, o Dante e as crianças estão sendo meu porto seguro, mais sempre dói, não somente em mim, mas peguei o Dante chorando várias vezes e se culpando por isso de madrugada.
— Como eu odeio esse Orion, ai prima queria tá ai pra te abraçar, te por no colo — respirei fundo evitando chorar .
Liz: Tá tudo bem. — ela sorriu fraco. — Olha Ber, a titia. — ela mostrou ele na câmera. — Amor meu Deus, vai se enrolar na toalha tô em chamada de vídeo. — ela aproximou o celular na cara do Ber.
— Dante eu não quero vê isso — falei rindo — Ohana saiu com o Yan?
Dante: Aqui pra tu. — ele apareceu, mostrando o dedo do meio. — Yan empatou minha foda, pra ir foder, erradão da mane. — a liz deu um tapa nele que saiu rindo.
Liz: Muito idiota esse cara meu, filho não da ideia pro que seu pai fala. — ela mostrou o Ber de novo e a Dudinha no canto da cama.
— Pelo menos eu não tô sozinha, eu tô sem meu macho, não tô transando e minha transa vazou — dei risada negando — o irmão da Dudinha vem hoje.
Liz: Não tenha dúvidas. — ela riu. — Mas como está sua gravidez? Tá com fogo né? Tudo que não transou antes está vindo à tona.
— Tô enjoada pra caramba, tô meia indisposta na grande parte do dia, e tô com fogo bizarro cara, tudo que não fiz a vida inteira, o Dante saiu né? — falei rindo — meu a gente transou no carro o negócio gigante foi pesado — dei risada com vergonha .
Liz: Saiu com as crianças, lá no tio Otto. — ela fez careta. — levou a Dudinha também, tô indisposta pra sair e ele vai trazer comida pra mim, nunca mais entro no carro do Allan.
— Ele já mandou lavar idiota, mas tá sendo bom amiga, minha casa é linda você precisa vim pra cá — sorri pra ela.
Liz: faz tour pra mim ver. — ela sorriu. — antes de ter os bebês eu vou aí, preciso relaxar.
— Eu dava tudo pra você ta aqui comigo, as crianças ia amar, é gigante amiga, tipo gigante mesmo, eu tenho sentido tanta falta de você — sorri triste.
Liz: quando menos esperar estou aí, tô morrendo de saudades.
— Eu sou feliz com o Allan prima, mas sinto muito sua falta, sinto da Ohana, mas com você é diferente, as vezes tudo que queria era teu colo e seus puxões de orelha — sorri de lado — Eu tenho medo do que ela pode fazer comigo Liz...
Liz: Dante prendeu ela junto com os homens da família, hoje cedo e uns homens do comando. — ela sussurou.
— Será que foi pra isso que o Allan foi pra aí? foi muito do nada cara, ele sempre avisa quando vai viajar ...
Liz: acho que sim Tetê.
— Estou te incomodando né? é que odeio ficar sozinha, ainda mais com essa casa gigante Li
Liz: eu tô com medo de ficar sozinha. — ela falou baixo.
— A gente fica juntas então, já pensou no nome dos babys? — ajeitei a coberta em mim.
Liz: Eu e o Dante tivemos algumas ideias e você? — ela levantou, quando um barulho se fez presente.
— Eu não pensei ainda, mas o quartinho tá montado, o Allan é muito desesperado — olhei preocupada — tá tudo bem?
Liz: Eu não sei. — ela murmurou baixo, indo pra porta. — Você me assustou filho da puta. — ela voltou a atenção pra mim, respirando aliviada. — é o Dante.
— Fala pra esse desgramado aparecer aí...
Dante: Qual foi? — ele apareceu, abraçando a Liz.
— Você pra reunião que o Allan vai? — falei preocupada.
Dante: Vou, vai ser foda. — ele murmurou. — papo de estar maior caô no comando.
— Por que? — fiz careta — Foi por causa do ataque?
Dante: Tá sabendo não? Tão tentando tirar o Allan do comando. — ele coçou a nuca. — O atentado foi a louca da Karine com o pai dela que faz parte do TCP.
— O Allan não me fala parte das coisas do tráfico Dante, me deixa fora de noventa por cento das coisas, por que tirar? Ele não fez nada — neguei com a cabeça.
Dante: No tráfico é assim pô, vários querendo seu lugar e tramando sua queda, conseguimos pegar uma parte do pessoal, mais ainda tem o caô que ele só resolve aqui no Rio.
— vai me contando por favor, tô preocupada sei lá — sorri de lado.
Dante: Vou contando. — ele deu risada, saindo da frente da câmera.

Fiquei conversando um tempão com a Liz que acabei dormindo com o celular ali, melhor odiava dormir sozinha e já tinha me acostumado a dormir grudada nele.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora