Setenta e sete

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Liz 🌪️

Enfim chegou o dia da festa da minha princesa que tava toda feliz pulando no meu pai toda hora, o Bernardo tava melhor das vacinas graças a Deus.

O Dante tem uma semana que não tenho notícias dele, tava triste óbvio mas eu queria deixar as crianças bem, e pra isso tava ficando bem por elas.

A Ana quis por que quis a festa da Princesa e o Sapo, tava toda linda toda princesa da mamãe.

O salão tava lindo e ela já tava brincando com as crianças que eu tinha chamado que ela tinha contado.

O Yan chegou com a Ohana e a Dudinha que era a coisa mais linda desse mundo.

Yan: Cadê o Dante? — ele me olhou, segurando a Dudinha. — O Allan já chegou.

— Oi princesa da dinda — fugi do assunto — fala oi pro titio filho — o Ber tava todo lindo, todo de Lacoste verde.

O Yan me olhou estranho, negando.

Yan: Vou levar ela pro pai ver, tá me fuzilando com o olhar. — ele beija meu rosto, falando com a Ana que estava do meu lado.

Analua: Cadê o papai, mamain? — ela me olhou, em seguida procurando por ele, na porta.

Ele não ia fazer isso não por mim mas sim por ela.

— seu papai já já chega tá bom? olha quem chegou a tia Ohana, vai mostrar seu vestido — sorri mesmo quebrada por dentro, a Maitê entrou e veio pra perto de mim.

Maitê: Quem vai ser o sapo em? — ela beijou meu rosto, cheirando o Ber que estava dormindo no meu colo. — O que foi Liz?

— Vamos no banheiro Maitê — sorri pra ela, evitando que qualquer pessoa visse minha tristeza.

Entrei no banheiro que tava reservado só pra Ana e família.

— Ele não vai vim Maitê — sorri triste.

Maitê: Como assim ele não vai vim, porque? — ela arrumou o cabelo, me olhando.

— Também não sei mas sei que ele não vem, o que me mata é que a Ana tá perguntando dele, e eu já nem sei mais o que mentir — passei a mão no rostinho do Ber.

Maitê: Ele abandonou os filhos? — ela começou a andar de um lado pro outro. — Manda o padrinho matar ele, meu Deus.

Ela sempre foi apavorada e sem inteligência emocional.

— Já tem uma semana que a gente não se vê e nem se fala, não por mim por que eu não espero nada de homem Maitê, mais por eles sabe — olhei pra cima evitando chorar pra não borrar a maquiagem.

Maitê: Você não foi atrás pra saber? — ela passou água na nuca dela.

— Não fui May, eu só queria que ele se lembrasse dos filhos dele apenas — olhei pra ela — Tá passando mal Maitê?

Maitê: Não, eu li que passar água na nuca alivia o estresse. — ela deu risada.

Neguei rindo vendo ela toda nervosa.

— Você é idiota cara, fica perto de mim prima, não quero estressar meu pai mas queria falar com o Yan — sorri fraco.

Maitê: Eu vou com você, mas estou com vontade daquele hot dog que vi pela entrada. — ela riu, segurando minha mão.

— Você tá linda viu? — olhei pra ela toda princesinha como sempre — O Allan tá ai, vocês tem se falado ou não? — falei saindo do banheiro com o sorriso mais bonito.

Analua: Papai, mamain cadê? — ela me olhou chorando.

Peguei na mãozinha dela a puxando pro canto.

— Papai tá dodói amor, mais na hora do parabéns a gente assopra a velinha com muita força e ele fica bem, o que você acha? — falei abaixada segurando o Bê.

Analua: Quer o papai, Nalu não quer festa só o papai. — ela voltou a chorar saindo correndo.

Olhei pro meu pai sentado com minha mãe, levantei rápido indo até ele.

— Pai segura o Ber pra mim por favor — falei entregando ele pro meu pai.

Ele pegou o Bernardo do meu colo, ajudando minha mãe a sentar.

Sai correndo atrás da Ana que tinha sumido no meio das pessoas.

— Analua não faz isso comigo pelo amor de Deus — procurei ela nos brinquedos não encontrando, desci pra entrada do salão, vendo ele chegar derrotado mais tinha chego.

Ele estava com a fantasia de sapo na sacola, na mão dele, respirando fundo várias vezes.

— A Ana sumiu Dante — falei agoniada procurando ela.

Dante: Como assim sumiu? — ele me olhou. — Procurou direito aí dentro?

— Ela sumiu por que não te viu Dante — trombei no ombro dele procurando ela em volta do salão.

Dante: Não começa querer jogar a culpa pra cima de mim Liz, na moral. — ele sai de perto de mim. — se eu não viesse tenho motivo pra isso.

— De não querer participar do aniversário da sua filha entendi — fui pra parte de trás do jardim da festa.

Dante: Nem tudo gira em torno dos seus bagulho, minha mãe de suicidou hoje na minha frente caralho. — ele falou puto atrás de mim. — você é chatona.

Lembrei que ele falou que a mãe dele tinha se matado no dia que a Analua nasceu.

— Você é muito legal né Dante, filha — vi ela sentada na grama chorando.

Analua: Nalu não quer conversar, quer o papai. — ela falou soluçando.

Sorri de lado olhando ela desviei o olhar pra ele.

— Se você parar de chorar, por que a princesa Analua não chora, falar que ama muito o papai eu tenho certeza que ele aparece — me sentei no chão com ela.

Analua: Nalu ama muito o papai. — ela soluçou, limpando o rosto.

— Olha o papai atrás de você chorona — falei pra ela com o coração mais aliviado.

Analua: Papai. — ela saiu correndo segurando a perna dele. — Feliz nivesario.

Dante: Feliz aniversário filha. — ele pegou ela no colo, abraçando ela.

Engoli seco lembrando que tinha esquecido do aniversário dele, levantei do chão, sorri vendo ela fazendo carinho nele.

— Mamãe vai entrar tá bom, aproveita com seu papai — sorri pra ela vendo ele nem olhar pra mim quase.

Analua: Nalu já vai, ficar poquinho papai. — ela falou baixo, passando a mão no cabelo dele.

Ele tinha emagrecido e tava com olheiras gigantes, voltou a não dormir pelo visto.

Voltei pra festa e quem convidou tudo isso de gente? Eu mesma, já tô arrependida, mas tava linda.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora