trinta e cinco

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Maratona Bia triste 2/15
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Yan 💨

Acordo assustado, com o celular tocando e vejo no visor que era meu sogro, atendo no automático levando ao ouvido vendo a Ohana dormir.

Ligação On
— Alô?
Otto: Levaram teu pai Yan — ele falou rápido, no fundo ouvi o choro da Ariel.
— Como assim caralho? — falo alto, acordando a Ohana. — Puta merda Otto, tô indo para aí.
Otto: Eu tô com a Ariel mais tua mãe não quer sair daqui, tá foda — a voz dele tava foda.
— Eu tô indo, segura as pontas aí, da a camisa branca do meu pai e da pra Ariel, tô saindo.

Desligo o celular, colocando a bermuda rápido vendo a Ohana levantar com cara de sono.

Ohana: O que foi amor ? — ela me olhou confusa.

— Levaram meu pai. — falo rápido, vendo ela passar a mão na barriga. — Minha mãe e seu pai estão destruídos, a Ariel está chorando, tô indo pra lá, vai ir?

A expressão dela mudou rápido.

Ohana: Óbvio amor, bora então — ela pegou o celular e pegou uma camisa jogando por cima do top dela.

Jogo o cabelo pro lado, vestindo a camisa e coloco o chinelo mesmo, saindo do apartamento com a Ohana.

A Ohana tava meia dormindo ainda, enquanto minha cabeça tava fervendo, entramos no carro e nunca dirigi tão rápido com a Ohana como dirigi hoje.

Entro no morro, subindo mais rápido que tudo e paro na frente de casa.

— vem amor, fica aqui na sala esperando pode ser? — murmuro pra ela que abriu os olhos, desço do carro abrindo a porta pra ela.

Ohana: Tá bom amor — a casa tava toda estranhona, nada arrombado, deixei ela sentada na sala.

Subi as escadas indo direto pro quarto deles, abrindo a porta devagar.

Pietra: Eu falei pra você se esconder com a gente Lucca, eu te pedi — minha mãe tava sentada no chão encostada na cama.

Entro no quarto, aproximando dela vendo o tanto de sangue que tinha espalhado ali e ela com a corrente dele na mão.

— Mãe? Vamos, faz mal pro bebê. — toco o ombro dela.

Ela negou com a cabeça.

Pietra: Ele podia ter se escondido com a gente, a Ariel sabia Yan ela sabia — o pijama dela tava todo sujo de sangue.

— Ele salvou vocês mãe.... — engulo a vontade de chorar. — O cofre não tranca por dentro, ele tá vivo mãe, vai voltar. O que a Ariel sabia? — me aproximo dela, a levantando devagar.

Ela agarrou na minha camisa e abaixou a cabeça chorando.

Pietra: Ela sabia que seu pai ia embora Yan, ela sabia — ela soltou minha camisa levando as mãos na cabeça — Eu não consigo sem ele Yan.

— você consegue mãe, tem eu, a liz, a Ariel o bebê, sua neta. — murmuro. — a família toda, ele vai voltar mãe. — ouço o choro da Ariel.

Pietra: Só cuida das suas irmãs Yan, eu não consigo pensar em não ter ele comigo, não consigo — ela negou com a cabeça se soltando de mim com as mãos na cabeça andando pelo quarto.

— MÃE! — falo alto, vendo ela em pânico. — Vai dar tudo certo, vamos ir atrás dele! Tá tudo bem, vem cá. — puxo ela, a abraçando sentindo suas lágrimas no meu ombro.

Real Vivência [M]  - Livro 3 Onde histórias criam vida. Descubra agora